Olho
As pessoas são tão maravilhosas quanto o pôr-do-sol, se as deixar ser. Quando olho para um pôr-do-sol, não dou comigo a dizer 'suavize o laranja um pouco no canto direito'. Não tento controlar um pôr-do-sol. Eu assisto com admiração enquanto se revela.
Quando contemplo as estrelas, lembro-me do teu sorriso e quando olho para um imenso mar verde, lembro-me dos teus olhos...
Você me faz feliz pelo simples fato de existir em minha vida e por sempre dar um jeito de juntar meus pedaços!
Estou a divagar, mas eis a falha: os mortos são visíveis apenas através do terrível olho vigilante da memória. Os vivos, graças aos céus, mantém a capacidade de surpreender e decepcionar.
Olho para traz e vejo o quanto o caminho do auto-conhecimento nos faz forte.
Olho a minha estrada e observo portas que precisei entrar para que eu pudesse me curar.
E antes da cura chegar, eu precisei me rasgar, me deparar com meus monstros interiores, meus medos, meu silêncio, minha escuridão. Precisei notar que não tinha pra aonde correr, se não fosse para dentro de mim mesma e da minha fé.
Esses processos vieram sempre de encontro com aquilo que eu mais temia.
Sim, para renascermos é preciso enfrentar o que mais temos medo, pois só assim conheceremos a nossa força.
Eu diria que por muitas vezes, me questionei sobre estar no lugar certo, me questionei sobre minhas verdades, me questionei sobre a minha fé...Mas hoje sei que foram os questionamentos que me fizeram buscar
Sou uma caminhante com a plena certeza que a minha passagem nessa terra, é para algo melhor à minha essência. Em cada pedra do caminho, lembro-me que foi um presente da Grande Mãe para ir erguendo meu castelo.
Fácil? Não é
Desafiador? Sim
E diante desses desafios, sigo com a certeza, se eu não me conhecer, não conhecerei o mundo
Em cada busca uma gratidão
Em cada caminho uma reverencia
Em cada processo, uma evolução
Em cada evolução, uma Cura
Eu escancarei a porta – ridiculamente ansiosa – e lá estava ele, meu milagre pessoal. Meus olhos acompanharam suas feições: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios – agora retorcidos num sorriso –, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maças do rosto…
Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. Eles eram grandes, calorosos como ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária – como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar. De novo.
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
E eu olho para o telefone,
Ele ainda não ligou
E você se sente tão fraca, que não consegue sentir mais nada
E você relembra quando nós dissemos
''Pra sempre e sempre''
Olho os teus lábios
quero deixa-los molhados
estão com sede de beijos
loucamente apaixonados
teus lábios me querem
minha boca ardente
e a minha língua quente
Meu olhar te pede:
Vem cá!!!
vem me amar.
Olho tuas mãos
desejosas de movimentos
querem deslizar em nossos corpos
de sentir a nossa pele
arrepiando-se aos poucos
Olho nossas almas
são uma unica forma
na palma de nossa mãos
Vem cá!!!
vem me amar.
(Fouquet, 2010)
Humildade? Ihhhhh...Fique de olho! Isso é coisa de mentirosos ou de humildes. Os mentirosos dizem que o são, mas nunca praticam. Os humildes praticam e jamais dizem que o são. Portanto, fique de olho!
Eu acho que essa é apenas uma música boba sobre você
E sobre como eu perdi você
E os seus olhos castanhos
TRIBUTO A CHICO XAVIER
Quanto mais te olho,
Tanto mais me observo.
Quanto mais te aceito,
Tanto mais me entendo.
Tuas palavras, irmão querido,
Não são tuas palavras,
São pensamentos articulados
De outros Deuses.
Vives comigo, contudo
Não habitas minha morada,
Vagas por prados e campos
De outras esferas.
Tua dimensão é a dimensão do amor
Que gostaria de visitá-la
Ainda que fosse em sonhos.
Diga-me, irmão querido:
Quem coloriu de serenidade tua aura?
Quem te legou esta leveza tanta
E esta humildade santa?
Ah! Irmão, me diz uma canção bonita,
Destas que a gente acredita existir
Como um mantra,
Para proteger da tempestade,
O irmão dileto, para lhe fortalecer
No pântano das convicções enganosas,
Para lhe mostrar,
Uma brecha no nevoeiro...
Tributo a Chico Xavier – (1910+2002)
Escrita em 2002 (Chico já hospitalizado)
"Sou cego de um olho, não ouço muito bem.. tenho espasmos musculares e tremores continuos, as vezes perco a linha do pensamento... Mas sabe de uma coisa? Deus tem me lembrando sempre da sorte que tenho por estar vivo"
Você é incrivel de todas as formas!
De todos os ângulos!
Pois quando olho para os seus belos olhos castanhos, posso ver sua essência, sua alma.
É tudo é tão lindo...
Tão puro...
Extraordinário...
Jamais deixe alguém dizer o contrário!
O Tigre
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
Que a furna noturna abrasa,
Que olho ou mão armaria
Tua feroz simetria?
Em que céu se foi forjar
O fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chama?
Que mão colheu esta flama?
Que força fez retorcer
Em nervos todo o teu ser?
E o som do teu coração
De aço, que cor, que ação?
Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo? Que fornalha
O moldou? Que mão, que garra
Seu terror mortal amarra?
Quando as lanças das estrelas
Cortaram os céus, ao vê-las,
Quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
Que a furna noturna abrasa,
Que olho ou mão armaria
Tua feroz simetria?
Sempre que te olho, seus olhos verdes
Verdes como o mar ,
Profundo, escuro.
E teus cabelos negros,
Bagunçados, mal penteados
Tão lindo, tão amável
Tão encantador, meu amor.
Estou triste, olho para as paredes e nada vejo, busco em lembranças consolo e nas escolhas, respostas. Por vezes lembro das palavras de Gandhi "Qualquer coisa que você faça será insignificante, mas é muito importante que você o faça. Pois ninguém o fará por você." Que me trazem conforto quando olho ao redor e vejo que por vezes me doei tanto, fiz escolhas não por mim, e agora me parece que tudo que fiz foi insignificante, não para mim, sim para todos, e por isto minha única companhia são as paredes vazias, a música de melodia suave e minhas lágrimas. Tudo passa, e eu espero a luz de um novo amanhecer, a tristeza é uma amiga que tem muito a nos ensinar.
as fotografias que tiro de objetos e paisagens são um meio direto de conhecer o mundo aos meus olhos; portanto cuidado.
