Olhando o Mar

Quando vi teus olhos de mar
Entendi a onda e a areia
Num beijo eterno se enlaçam
No sol ou na chuva se incendeiam.

Para mim.
Teu olhar é como o horizonte do mar, sem fim...
Teu sorriso me trás esperança, ilumina meu caminho...
Teu abraço me faz eu me sentir mais forte...
Teu beijo é único para mim, é como se fosse todas essas coisas juntas dentro de mim...
Como é bom te amar...Moça...

Para que o sol,
Se posso ver teus olhos bem de perto,
Para que a brisa do mar,
Se posso sentir teu rosto a cada vez de mim mais perto,
E para que o mar,
Se toda a água que preciso está em tua boca?

A beleza no mar
No silêncio do olhar
A onda vem lamber a areia

Levando toda a dor
Onda branca feito renda
Vão e vem teu íntimo sentir

Se olhar para o mar à noite, verá um imenso horizonte escuro, sem luz, mas ainda com visão para as ondas. Ou seja, nada está perdido.

Foi terrível, reconheço, mas a borrasca passou e agora estou à beira-mar olhando para o oceano revolto que me sacudiu até poucos minutos atrás.

REFLEXO

O rio às vezes mergulha
Nos teus olhos insaciáveis.
Queres o mar e outras conquistas
O que distingues com o teu olhar
Acedidos nas nuvens precipitadas.
O que tem pra ti no que distingues
Que não haja em mim
Todo refeito?

Meu amor revolve o meu amor
Ao teu coração mais uma vez
Por que mais sofro
Vendo os teus olhos assim
Abismados por outra coisa
Que não sejam os meus.

Eu tantas vezes procuro
O teu olhar perdido
Nas matas ribeirinhas
E lavo e me ponho com o sol
Na desistência do dia
Na enfermidade do arrebol.

Passas agoniada com teu frio
Da ausência de mim a me desfazer
E eu bem que sei ser cobertor
Meu amor volves o teu olhar pra mim
A descrença com que olhas o nada
Descrito entre mim e o cais do rio.

Que sejas teu o semblante do mundo
E que tu o guardes em teus olhos mudos
Porém abranges nesta área oca
Eu que te aceno, eu que te cerco
Eu que sou água e quero ser um inclinado
Para refletir o teu olhar tão lindo.

[...] Com o mar sonhava...
Em meus olhos estavam
a água; Água de sal
salgado mal, vazio horizontal [...]

Espelho seu

Seus olhos-de-cana
me atraem pra cama,
levam-me ao mar,
fazendo incendiar.

Tens beijos molhados,
doces,
amargos,
salgados.

Cabelos mexidos
revelam segredos
e os lindos vestidos
encobrem-te aos pés
sob encantos fiéis.

Nossos corpos amarrados,
cheiros entrelaçados
num abraço colado
qual fazem-me amado.

Sorriso aberto
sinto-me certo.

Sinto-me bom.
Sinto-me um.
Sinto-me eu.
Sinto-me dois.
Sinto-me nós.

Escuto sua voz
que me leva pra longe
e depois nos esconde.

Deixa eu te amar,
deixa eu sonhar
deixa eu falar.

Só não me deixe
recordar.

Vontade de ir à praia, ficar sozinho olhando o mar, esquecer de tudo, sem preocupação, sem ninguém no pé, chorar, rir, achar o caminho certo e bola pra frente...

Eu olhava o mar

Fui à praia para tentar encontrar o meu amor.
Eu pensava que poderia encontrá-lo nas ondas do mar, nas estrelas, no vento, na areia.
Escrevi o nome dele nas alvas praias, onde bate o mar.
Olhando para as estrelas, fiz letras e soletrei.
Tudo isso numa bela noite ao mórbido luar.
As estrelas morreram; à água transubstancia-se e apaga o nome que estava escrito na areia.
Fiquei apavorada!
Descobrir que o seu nome foi apenas um sonho. Um sonho do passado; porque nem tudo o que busco encontro.
E nem tudo que encontro, eu amo.

DESCOBRI NO TEU OLHAR

Descobri no teu olhar
O paraíso único:
Uma ilha bela
No meu mar de tristeza.

Descobri no teu olhar
O sol intenso,
Que luziu os meus caminhos
Pelos vales das trevas.

Descobri no teu olhar
Uma constelação,
Que fez de noites
Preliminares de desejos ardentes.

Descobri no teu olhar
Contudo o céu,
Nele vejo pássaros
Cantando e voando,
Vejo nuvens de algodão
Que estancam minhas feridas.
Até com lágrimas de chuva é lindo!
Rega o meu jardim de amor.

Amei-te
como quem olha para desertos e vê canteiros
como quem mergulha num mar frio e vê infinitos
como quem toca em espinhos e vê encantos
como quem voa em vazios e toca em plumas...
Sai de mim .

Tentei gritar , romper , fugir ,fingir não ver ...
Mas os teus ensejos e trejeitos faziam do meu
peito um cordel de brinquedos.
Desalentos ...

Amei-te
como quem esquece dos seus templos
como quem adormece os seus desejos
como quem fere a honra sem calma
como quem rasga com estupidez sua alma ...
Como quem carrega nos ombros o peso da utopia .
Agonia ...

Amei-te
e não quis mais amar-te
Findou-se o tempo
Calaram-se as canções
Morreram-se as flores
Emudeceram-se os versos
Sobrou o silêncio.
Re-nasceu a lucidez .
Calmaria ...

Sentir o vento na alma,ao som do mar com teu sorriso em meu olhar

É como estar numa praia olhando o mar.
É como saborear minha comida preferida.
É como sentir aquele frio na barriga quando seu desejo se concretiza.
É como amar sem medida sem explicação o desconhecido.

Aquela tarde de frio tão insistente
Como uma onda no mar que sufoca a gente.

Olho pela janela e vejo a chuva cair
Me lembro do dia em que eu te vi partir.

Ah solidão,que ecoa silêncio no meu coração.
Como eu queria você aqui.

Aquele chocolate quente
seu olhar penetrante
e seu sorriso envolvente.

E naquela tarde de frio
Só resta o vazio...
De memórias sem fim.

VIAGEM NO TEMPO

Lanço ao mar meu olhar,
ele é minha ponte
com o horizonte,
olhos atentos de navegar,

visão lisa, assaz precisa,
me da o norte,
da nossa sorte,
ao destino que não invisa,

minha pele cheira alvorada
respira nova liberdade,
pois nunca é tarde,
se meu lugar é tua parada,

ouço sons verdes de farfalhar,
é a brisa da nova sina,
ou talvez tua saia menina,
talvez ambas a me esperar,

Ó mar, ó amar, provei teu sal,
temperei meus anseios,
me deitei em teus seios,
agora fujo para o teu madrigal.

Pérsio Pereira de Mendonça – 14/07/2016

Ah, ela...

Ela tinha um olhar
De quem já explorou o mar
Conheceu outros mundos
E que está sempre à sonhar

Ela tinha planos
Não queria namorar
Ela amava à si mesma
Afinal, quem não iria amar?

Teu olhar teu sorriso tua voz

Teu olhar são ondas revoltas do mar
onde vivo a navegar
Teu sorriso é fonte crstalina e inebriante. Tua voz soa como melodia vibrante
És parte de um passado distante sempre presente
Pois es a lembrança que embala o meu viver
e abranda o meu sofrer.

Olhe o sol, a chuva, o mar as montanhas!
A noite vem a lua e as estrelas.
Barulhos ao longe.
Silêncio...onde?
Este mesmo sol.
Esta mesma lua, brilha para todos!
Não sou privilegiada.
Olhe ao seu redor! Descubra seu lugar.
É meu? É seu?
Hoje sim!
Amanhã?
Não seremos deste mundo!