Oi tudo bem
Hoje estou com uma moleza por dentro, uma coisa que não sei bem explicar como é, parece um imenso tapete de algodão embranquecendo tudo.
Ainda bem que algumas coisas salvam a gente. Sabe, sempre tem algo que salva a gente. E se não tiver, invente. A minha regra é clara: volta e meia preciso fugir do mundo real, não por maluquice ou coisa parecida, é por pura sobrevivência.
De alguma forma absurda, nunca estive tão bem. Armado com as armas de Jorge. Os muros continuam brancos, mas agora são de um sobrado colonial espanhol que me faz pensar em García Lorca; o portão pode ser aberto a qualquer hora para entrar ou sair; há uma palmeira, rosas cor-de-rosa no jardim. Chama-se Menino Deus este lugar cantado por Caetano, e eu sempre soube que era aqui o porto.
Tem gente que só de passar em nossas vidas já nos faz um bem enorme. Tem gente que é assim, perfumada em ações, que tem carinho no olhar e amor no coração. Gente que nos enche de sorrisos, gente alegre que partilha com a vida o sabor que ela tem.
É muito bom quando a gente sente as coisas, mas não sabe muito bem como expressar. E aí, chega alguém e desnuda as verdades em que a gente acredita.
Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa(...) Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.
Sempre me orgulhei muito de cuidar da minha vida sozinha. Sou uma sobrevivente solitária. Sou Eleanor Oliphant. Não preciso de mais ninguém – não há nenhum grande vazio em minha vida, nenhuma parte faltando em meu quebra-cabeça particular. Sou uma entidade independente. De qualquer forma, isso foi o que sempre disse a mim mesma.
Há cicatrizes em meu coração, tão grossas e desfigurantes quanto as de meu rosto. Sei que estão ali. Espero que reste algum tecido ileso, uma área através da qual o amor possa entrar e fluir para fora. Espero.
Hoje em dia, a solidão é o novo câncer – uma coisa vergonhosa e embaraçosa, que se abate sobre você de um jeito obscuro. Uma coisa temível e incurável, tão horrenda que você não ousa mencionar; as outras pessoas não querem ouvir a palavra dita em voz alta por medo de também serem atingidas, ou que ela possa tentar o destino a impor um horror parecido sobre elas.
Algumas pessoas, pessoas fracas, temem a solidão. O que elas não conseguiam entender é que há algo realmente libertador nela; quando você percebe que não precisa de ninguém, pode cuidar de si mesmo. A questão é essa: é melhor cuidar apenas de si mesmo.
O sucesso social costuma ser erguido sobre um pouco de fingimento. Pessoas populares às vezes precisam rir de coisas que não acham muito engraçadas, fazer coisas que não desejam em especial fazer, com pessoas de cuja companhia particularmente não gostam. Eu, não. Eu tinha decidido, anos antes, que se houvesse uma escolha entre isso ou um voo solo, voaria sozinha.
Permiti que minha mente divagasse. Achava essa uma maneira bem eficaz de passar o tempo; você pega uma situação ou uma pessoa e começa a imaginar coisas boas que podiam acontecer. Você pode fazer qualquer coisa acontecer, qualquer coisa mesmo, dentro de um devaneio.
Sabe, se fosse mais legal, nós e vocês poderíamos ser amigos, pois as pessoas daqui cuidam umas das outras.
Nos mudamos porque queríamos nos sentir seguros, não? E está sendo o oposto.
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