Oferece Flores
Um nojo úmido, umas flores.
Acordar depois das dez tem suas vantagens. Menina do dia que sempre fui, descobri isso tarde. O dia, sem dúvida alguma, passa mais rápido. E quando esse dia é domingo, a gente apenas comemora, certo? Odiosa de finais, fechamento de ciclos, detesto o último dia da semana. Mas hoje, não. O sol aberto, o céu brilhante, as nuvens escassas. Nada deixou com que eu detestasse esse dia. Em família, como tantos que gradualmente vem se configurando, nessa categoria. Porém, aquilo foi me cansando. Como quando tudo vai bem demais, explodi. Não dá pra ver um castelo de areia bonito, e construído, não? Piso com força, sem medo; destruo sem dó. Piedade? O que é isso? Eu quis a paz, mas não essa calmaria. E depois tento construir com pressa e perfeccionismo, dois adjacentes. Não dá. Explodo, estrago tudo, e é por amor. Amor demais. Minha família me ama muito. Tanto, que eu não sei aceitar. Certa vez, construí toda uma teoria sobre o assunto. Meus pais e irmãos gostam de mim de forma tão intensa e gratificante, que não dão espaço para outras pessoas me amarem. Isso mesmo. Penso que, todos recebemos a mesma dose diária, semanal ou mensal, - que seja - de amor. E quando você recebe tanto, mas tanto amor de uma dessas vertentes, a outra fica corrompida. E que toda essa superproteção, essa paixão indomável, me davam amor fraternal - e eu ficava escassa de amor carnal. Típico pensamento chave pra encaixar na fechadura da minha má sorte amorosa.
E então você sente um nojo dessa hipocrisia toda. Dessas pessoas que prometem, e não cumprem. Desses tipos que fingem, e não são. De tentar ser feliz, e conseguir muito raramente. Com intensidade, mas em poucas ocasiões. Você vê pouca realidade, nos sonhos que a sua cabeça fraca e o seu coração burro construíram.Você dá segundas, terceiras e quartas chances, e as pessoas rasgam fora. Depositam no lixo, toda a sua nuvem de algodão, o seu cetim e seus paetês emocionais. Ninguém te conforta, e os erros são os mesmos. Te avisei, alguns dizem. Eu já sabia, eu já sabia, eu já sabia, respondo. E pior: não saem do pé. Sarna pra se coçar, que eu mesma fiz questão de selecionar. Mesmo que chacoalhe, perseguição é a resposta. E quinta chance, é complicado. Melhor não. Papel de palhaça é o destino. E não entendendo muito dessa vida, querendo que alguma coisa (boa) aconteça com urgência, você vai vivendo. Sem muita esperança, e como a vida ordena. Com aquela velha vontade de viajar e sumir, sem volta, no bolso. Pra ver se os seres se tocam, as coisas tomem rumos certos. E apenas decepção. Um nojo úmido, um vazio incompleto e a mesma vontade de ser dura, de incorporar a rude, que na maioria das vezes, não consigo. Karma que é ser toda boazinha e coração, e perdoar desculpas inúteis e gente desmerecedora.
Volto pra minha cama, meu momento de solidão facultativa. Quero ficar sozinha, apenas. Meus três livros, bolsa no final da cama. O armário bagunçado, superlotado. Entre um amor tão grandioso, e vibrante, e gente que me cansa, quebras-cabeças incompatíveis, minha companhia própria e inconfundível. Sabendo que, descendo a escada, o amor está ali. Carnal ou fraterno, amor. Flores do meu cotidiano, entre tantas poças de limo, lama e o nojo dessa umidade cinzenta. Obrigada.
Garotas devem ganhar flores e nós, garotos, devemos dedicar nosso tempo para fazê-las se sentirem especiais. É assim que tem que ser.
Armada de Flores
Sou menina, mas sou guerreira!
Me armo de flores.
Os espinhos só cortam minhas próprias mãos,
Mas o aroma das flores,
Me protege do ódio de quem está a minha volta
E atrai para mim, o beijo das abelhas.
Flores negras brotam nocivamente no jardim dos corações, e seu perfume inebriante sufocam as borboletas dos sonhos.
Meu Jardim
Plantei umas sementes,
De flores tão lindas em meu jardim.
Enfeitá-lo para que quando você, ao
Passar por ele, olhasse um pouco para mim.
Você passou por ele e não me notou!
Só me restou contemplar meu jardim,
Que com carinho a cada dia reguei
A um amor que nunca mais vi.
Meu jardim cada manhã ficou mais lindo.
Borboletas, beija-flores, pássaros a cantar
Foi então que percebi que para o verdadeiro amor
É preciso apenas semear.
Não sei se já estou pronta, quero uma entrega maior, como dias de primavera que as flores se abrem e se dão ao mundo, se deixam acariciar pelo sol, e ao escurecer mais resguardadas recebem o orvalho da noite, mas estando pronta ou não, é assim que me encontro, desabrochando, amanhecendo, se dando para a vida, talvez ainda num caminhar incerto, mas o tempo é feito de incertezas, de vacilações, e é desta forma que sou, inconstante, feita de metades e incompletudes que se complementam e se inteiram entre si. Mulher de fases! E neste momento minha face está iluminada pelo dia, sendo que a outra face está voltada para o escuro da noite que também permanece em mim.
A sombra do cajueiro
O campo verde,o cheiro de mato
Flores silvestres decorando um jarro
O rumurejar das águas do riacho
O canto dos pássaros
O silencio,a paz,eu,a casa!
Um cajueiro florando
O tempo que passa de leve
O sol ao poente e a tristeza
maior que mágica da sua beleza!
E eu aqui sozinha e quieta
vendo a vida passando
e eu, sentada a sombro desse cajue
a sonhor com o meu amor, primeiro.
É. Então é assim. Ontem você quebrou o caule das flores, hoje um copo, amanhã será um vaso vermelho. E você não conserta as coisas. Nunca. Passado um tempo, você empilha elas sobre a mesa e finge que estão como sempre estiveram. Como sempre deveriam estar.
Na mesa (quebrada) as flores (partidas) apodrecem no vaso (trincado). E você sorri, me abraçando como se tudo estivesse bem. Como se ruínas fossem belezas ainda frescas.
Não são.
Eu vejo os vincos. Eu me corto nos cacos. Eu sei dos armários abarrotados de louça partida. Dos baús repletos de roupas rasgadas. Fiapos de cortina não cobrem o sol, meu amor.
É. Então é bem assim. Um dia você vai perceber que a única coisa inteira na casa toda é o espelho. Mas, se o espelho está inteiro, minha querida, então somos nós que estamos partidos.
Mulher
Mulher, tão frágil e tão forte,
Mulher, de flores e de aço,
Mulher, tão singular e tão plural
Mulher que luta
Mulher que vibra
Mulher que chora
Mulher que canta
Mulher que ama...
Mulher que ama!
Enquanto suas flores coloridas enfeitam o seu jardim. Meus girassóis embelezam e alimentam um campo na mesma direção do sol.
Depressão
A luz do sol já não clareia,
O mundo não tem cores,
Não há perfumes nas flores,
Tudo é monótono.
Por mais que a luz se faça,
Só a escuridão predomina,
Antes a falta de visão fosse
Pelo excesso de luz que cega.
Sinto o calor do sol,
Ouço a energia da vida,
Mas só quero continuar escondida,
E nada mais ver.
Para tal questão,
Busco a devida explicação,
Mas meu frio interno é confortável,
E ao mesmo tempo inexplicável.
O isolamento é meu conforto,
Como um feto no útero materno,
Alheio ao mundo externo,
Como se fugisse do inferno.
Não há motivo aparente,
Só a duvida crescente,
Onde está o verdadeiro inferno,
Dentro ou fora de mim?
Embriaga com o perfume vindo das flores
que a deixa leve, suave, por dentro. Rega com mel
os sentimentos. Borda com fios multicores seus sonhos.
Abre a sua janela e deixa o dia sorrir.
Aquele que espera a primavera para admirar as flores,
perde a beleza das raras e singelas, que desabrocham inesperadamente
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