O Velho Poema

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Chinelo Velho

Quem nunca se perguntou se existe o felizes para sempre, ou se almas gêmeas se encontram, ou até mesmo onde está sua alma gêmea para viverem felizes para sempre.
É sabido que não existe uma pessoa feita para outa, mas sim aquela que te faça feliz independente das diferenças, dos defeitos. Pessoa perfeita não existe, existe aquela que sonhamos e idealizamos que julgamos que seria a nossa metade.
Todos buscam a felicidade, e muitas vezes projetamos a idealização dela naquela pessoa que chegaria e mudaria nossa vida de ponta a cabeça. É normal termos esses tipos de devaneios, mas, o medo e a racionalidade mantêm nossos pés no chão.
Já que a sombra de relacionamentos anteriores, o medo de compromisso entre outros freiam nossos sentimentos.
A vida é cheia de surpresas não devemos criar expectativas, e sim, aproveitar as oportunidades ao lado não daquele príncipe encantado, mas sim, ao lado daquele chinelo velho que as vezes pode estar ao nosso lado e não percebemos!

Jamais me esqueço que sonhei um dia
Que numa tarde quente de um janeiro
Um velho homem de expressões grosseiro
Uma carruagem pobre conduzia

Nessa carruagem muita carga havia
E o bicho que puxava não ligeiro
Trazia marcas em seu corpo inteiro
Pois que o seu dono tanto lhe batia.

Furiosa ao ver tal ato vergonhoso
Um fogo me subiu e, em tom honroso
Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça


“O mundo gira e, então, não perca o siso
“O mesmo fado provedor do riso
“Torná-lo pode um dia o que padeça”.

NUNCA SOLTEI....
Sempre passeei com os meus três filhos quando eram pequenos, o mais velho, a do meio e a caçula...
Não sei se eles se lembram, mas pegava em suas mãos e caminhávamos aqui ou ali, tomar sorvete, comer pipoca... coisas assim que participamos com as crianças...
Mas eles crescem, ganham autonomia, governando suas vidas com os seus próprios meios.
O primeiro chega um dia já com os seus 18 é diz: "Pai to indo"
Aí eu aperto, bem apertado, sua mão a minha, ele solta, mas o meu aperto foi tão forte que minha mão ficou grudada a dele, nunca soltei... ainda que ele tenha ido....
Dali uns tempos chega a do meio, toda faceira e cantarola, dizendo, pai "vou casar", mais uma vez minha mão aperta com força a mãozinha dela... Mas nunca soltei, e sua mão ficou colada a minha....
Tempos depois, e tudo isso de maneira precoce, a caçula... Sai também do lado, e se vai longe para outro estado, mais uma vez, minha mão aperta forte a sua... expressando o meu coração choroso que insiste em afirmar aos três... NUNCA SOLTEI

Uma taça de vinho ouvindo Sapato Velho, é tudo de bom...
Hoje, não colho mais as flores de maio
nem sou mais veloz Como os heróis.
É talvez eu seja simplesmente como um pneu no arame, mas vai que ainda te possa socorrer...

A realeza de uma boa vida
Esta na maneira que você toma as decisões
O Novo causa medo
O Velho traz angustias e estagnação
Vença o medo
Atropele as angustias e estagnação
Movimente-se em frente assumindo os riscos
Do que vale uma vida sem emoção...

Dicas para uma vida feliz...
Ser o filho mais velho não quer dizer que você é o mais "antigo" e sim alguém que partilhou todas as experiências do mundo, são estas experiências que define duas coisas importantes dentro de nós:
o caráter e a lealdade!
Você precisa dos dois para prosseguir a longa jornada da vida.
Exemplo: você tem uma namorada, para fazê-la feliz você precisa primeiramente ter o caráter de conquista-lá e a lealdade de trocar palavras de uma noite do que um soneto de uma vida inteira.
Amar é como ter uma fonte inesgotável dentro de você, e cada gota dessa fonte são pontos de esperança para prosseguirmos nossas vidas para sempre juntos!
Obs: hoje e sempre devemos pensar em cada passo que damos na vida, devemos sempre seguir em frente, por que não existe o fim, tudo será um eterno recomeço no dia seguinte, nunca desista, troque a noite mais turbulenta de sua vida pelo mais lindo amanhecer de sua existência [...]
e no fim de tudo, quais coisas que eu lhe falei darão certo!

O cajueiro

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

Já temi correr o risco
De morrer de velho
Sem ter vivido o bastante,
Mas entendi que a vida
Não é depois nem foi antes.

A vida não dura pra sempre, é durante.

Allan Dias Castro
COEN, Monja; CASTRO, Allan Dias. A Monja e o Poeta. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.

Nota: Trecho do poema Só por Hoje.

...Mais

Loucura é vender a natureza em troca do ouro.
Loucura é fazer do velho, obsoleto.
Loucura é viver sóbrio, bêbado de razão.
Loucura é o ódio dos religiosos que lhe condenam ao inferno.
Loucura é acreditar que o mundo é um lugar seguro, para construir seus sonhos.
Loucura é não saber, que a palavra dos loucos, é a cura.

⁠Vai ficando velho
E perdendo seu valor
Seus filhos não te quer
Nem amigos nem mulher
Você perde a cabeça
E não sabe o que pensar

Envelhecer
Me chamarem de velho não me ofende; pelo contrário, me dá um certo orgulho. Afinal, sobrevivi a tantas tempestades, atravessei desertos e venci batalhas. Cheguei até aqui, vivo e lúcido, para discernir que envelhecer é uma verdadeira conquista.

Cada ruga, uma história; cada fio de cabelo branco, uma lição.
O tempo é um escultor invisível, que molda nossa essência com esmero e paciência.
Envelhecer é como carregar um baú de preciosidades: memórias, aprendizados e afetos que formam a riqueza de uma vida bem vivida.

Ser chamado de velho é, na verdade, ser reconhecido como um sobrevivente, um guerreiro que navegou pelos mares tempestuosos da existência e chegou ao porto com um sorriso no rosto e um coração cheio de sabedoria.
Que venham os anos, trazendo mais aventuras e experiências, pois envelhecer é, acima de tudo, viver intensamente.

Roberval Pedro Culpi

A TRETA DAS REDES


Facebook gritou: "Sou mais velho e sábio,
tenho amigos, grupos e até um diário!"
Instagram riu: "Você é tão retrô!"
aqui é selfie, filtro e muito show!"


O Face insistiu: "Eu domino o debate,
sou terreno fértil para todo embate!"
Mas o Insta, leve, fez pose no ar:
"Sou só beleza, não vim para brigar."


No fim, os dois, com um mesmo patrão,
viram que juntos têm mais conexão.
E nessa disputa que parecia real,
viraram parceiros, final genial.


Autor: Benedito Morais de Carvalho (Benê)

⁠Toda vez que você ousa abrir a porta,
o velho vai sussurrar mil desculpas
pra ficar.

Vai prometer conforto,
vai dizer que mudar é perigoso,
vai tentar vestir saudade
de casa segura.

Mas não se engane:
quem parte por dentro
já não cabe mais no mesmo lugar.

Então segue.
Não aceita convite pra voltar atrás —
porque o que é novo já te chama
com a coragem de quem nasceu pra recomeçar.

— Edna de Andrade

⁠a saudade é um barco velho
trazido desde longe pelo leito do rio
quando encalha na margem da memória
faz chorar quem desembarca o vazio

⁠Seja do bem

Use a força para o bem
Incentive outra pessoa
E não esqueça e cuide bem
do seu velho coroa
sendo bom
temos harmonia
seja sempre do bem
e cuide bem do seu neném

⁠Aqui jazem sobreviventes

E em todo lugar

Do novo velho mundo decadente

Suprimindo suas vozes

Outrora ativas, ferozes

Agora doentes

Corpos meros recipientes

De amor líquido

Numa vida real inventada.

"Escute as palavras deste velho homem: Ódio é força, Amor é poder"⁠

(Untold History's Volume: lll A era do aço)

THOR CLUK

⁠CAFÉ DA MANHÃ NA ROÇA

Olhar a mesa posta,
A disposição dos talheres,
As jarras coloridas,
O velho bule de café
Com cheirinho de roça
O mel no pote,
Mas não é qualquer mel,
Aquele mel safra especial
Que as abelhas
Deixaram lá no quintal,
O caseiro cuidou de apurar,
Deixando à mostra os favos
A enfeitar o pote,
Geleia fresca,
Sabores, uva e morango
Frutas colhidas na horta,
Geleia caseira sem igual,
Sem falar no pão,
Gente, o pão integral caseiro
Feito pelas mãos de ouro,
Mariana, a cozinheira,
Capricha em cada detalhe,
O açucareiro,
As xícaras, os copos,
as canecas de ferro agata,
E no centro da mesa
Um latão de vidro de leite,
O latão é transparente,
De longe a gente vê
A espuma branca sobre ele
Vê que é leite tirado
da vaca,Salomé, depois
da ordenha fica até leve,
Mexer com ela,
ninguém se atreve,
Ela arma o coice,
E mete o pé...
Volto a olhar pra
mesa do café
Tudo perfeito
Em grande sintonia
Pra trazer a alegria,
Alegria da família
No café da manhã.
Que bonito que é,
O mais gostoso
E puro café
O café da roça
Na roça do tio Zé



Ah, o mar , velho mar
Pudesse eu admirá-lo sempre
Mar com ondas muitas vezes suave
Em outras trazendo medo
Apure os ouvidos e escute sua canção
ora leve
ora bravia
Mas sempre em preciosa sintonia
Mar que se joga até a praia
e leva dali sentimentos
ora bons
ora ruins
de quem por ali caminhou
Não deixa rastro
Não deixa pegadas
Quebra-se contra os rochedos
E faz estremecer de medo
Ah, a grandiosidade do mar
Nos diz muito sobre a Natureza
Basta para ele olhar
E em Deus acreditar

edite lima 60
novembro 2023
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O pouco com Deus é muito
O muito sem Deus é nada
Já diz o velho ditado
Muitos se enganam
Vivem pela ambição
desprezam um pássaro na mão
preferem esperar
por aquele que ainda
está a voar
Uma oportunidade desprezada
é flecha atirada
que não volta jamais
aproveite ao máximo
cada oportunidade na estrada
Dali é que pode surgir
uma nova porta a se abrir
Cada oportunidade
Mesmo que não pareça grande
seja ela simples , seja insignificante
esteja atento
àquilo que cruzar seu caminho
tenha sabedoria
pois ali pode estar o ninho
onde ovos de ouro
podes encontrar.

editelima 60
Fevereiro/2025