O Velho Poema
Memórias
Pequenos fragmentos
do que ontem
se viveu
duras lembranças
do que já se perdeu
Vivencias passados,
recordações vivas
de que só viver não basta.
Óh amor
doce amor
Senti na conexão dos seus lábios com os meus
No escuro onde não te vejo
Senti amor ao primeiro beijo
Madrugada mágica
O silêncio da madrugada espalha mágia
Céu estrelado e lua cheia em sintódia
Vejo a mais bela obra de arte
Poesia não escrita
Minha filha não conheceu meus pais
mas eu conheci meu neto
Por isso faço versos
para que ele saiba
o que meus retratos sentiam por dentro
O meu nome há de ser a sua
música favorita quando menos esperar vai se pegar cantando
porque sei que o seu coração
está todos os dias embalando.
Entre Enfeitados e Mascarados
dançando com o Boi Calemba,
Sou eu a dama deste folguedo
vestida com este gentil poema.
Quando este folguedo for findado
a Lua estiver bem posta,
e sem precisar de aposta:
não me negue a serenata
amorosa de cavalheiro apaixonado.
Mãe; um anjo protetor; um anjo de Deus em nossas vidas. E que anjo encantador!
Mãe, palavra forte, que sorte a minha! ter ela me ama, me protege, me ensina, me ampara e comigo caminha.
Companheira e conselheira; dia a dia ao meu lado; uma guerreira!
Mãe, cheirode flor, de toda cor, linda! E com seu merecido valor.
Mãe, gratidão.
Que Deus te proteja, te abençoe e te conduza. Você é a minha luz, minha vida, meu orgulho e minha razão.
Nara Nubia Alencar Queiroz
Que tua luz brilhe mais neste dia
Que a Sabedoria Universal
Que tudo alcança, que tudo permeia
Faça parte de todos teus momentos
Que teu respirar seja límpido
Como um mágico lago nas montanhas
Que teus passos sempre te guiem suavemente
Porém firmes, rumo ao teu melhor eu
Que teu espírito, repleto de humildade e perdão
Encontre a todo instante, motivos para agradecer
Que cada dificuldade encontrada
Se transforme em oportunidade imediata
E que, sempre, a vontade de perseverar
Te leve a superar a rotina e encontrar motivos para se feliz!
Poliglota dos idiomas
dos outros e dos idiomas
que criei mim mesma,
Vivo tentando traduzir
o quê está na cabeça.
Para não me transformar
no Arranca-Línguas
da lenda melhor mesmo
é escrever um poema.
Trancando o meu próprio
Diabo na Garrafa,
Dou boa noite para quem
é da noite e dou bom dia
para quem é do dia.
(Porque na vida tudo é nuvem).
Por premonição vejo
o sangue de um fluindo
para as veias do outro,
Mudamos de lugar
neste Balandê Baião,
Começamos a dançar
no ritmo da sedução
até a hora do balancê
da paixão vir alcançar
os apelos do coração.
baobá
procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.
Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento
(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)
CORDÃO UMBILICAL
Quando nasci
cortaram-me o cordão umbilical,
só esqueceram de cortar
o fio que me deixou atado ao tempo
Eita Deus do céu!
Que dia mais chuvoso
Pé d'água tenebroso
Deixando o povo ao leu
A correnteza é esse trem
Causa dor por onde passa
Levando móveis e o que mais tem
E o desespero? inunda a praça
Mais forte quanto essa dor
Somente a nossa fé
Que insiste ficar de pé
Pra dar lugar ao amor
Ainda com tanta incerteza
Diante de tanta comoção
Nosso povo não tem fraqueza
Há cumplicidade e devoção
Esse estado de calamidade
Nos mostrou o melhor de nós
Trouxe empatia e solidariedade
Todos por um e também por vós
É tempo de reconstruir
E dar lugar a confiança
Fazer o povo voltar rir
Com amor, fé e esperança
Quem se mete
com os protegidos
do Nego D'Água,
do Minhocão do Pari
e do Pé-de-Garrafa
não sabe a ideia
que está arrumando,
Não ignore o quê
estou te avisando,
Depois não diga
que não te avisei.
Não que eu não saiba
ou não queira amar,
Eu quero amar,
e no amor de verdade
não vou deixar de acreditar.
É que o meu coração
foi bastante bagunçado
sem eu ter procurado,
E chegou a hora que
não posso mais me dar
o desfrute de errar.
Aos bacamarteiros peço
de coração a boa mira,
a intervenção com saudação,
a dança, a oração e a canção.
Espero que até São João
o amor eu encontre
ou ele venha me encontrar,
E que os bacamarteiros
me acompanhem
para desta vez o alvo eu acertar.
Com o seu olhar de caçador
você entrou na roda
para dançar com o teu andor
caipira a Dança do Marimbondo,
Você chegou com aquele charme
maroto sem me dar desconto,
e fez o meu coração arrebatado.
Na zabumba você pendurou
a casa do danado,
Espantava o bichinho por
todos os lados,
Trocamos olhares apaixonados
e não importamos se seremos
por quem quer que seja reprovados.
Sim, dessa vez você deixou a garrafa
para equilibrar na cabeça de lado,
Sei que não dá para disfarçar,
que você está apaixonado,
que quer ficar comigo colado
e anunciar o orgulho de bem amado.
Neste mundo quase perdido
que a cabeça da gente pira,
Para viver o amor profundo
tenho certeza que chegou
a nossa tão esperada vez;
Nos meus braços você encontrará
o teu refúgio e toda a calidez,
e segura nos teus encontrarei
a sensatez e toda a magna poesia.
Sem sair do lugar,
sem hora e sem data marcada,
A poesia étravessia
mística que me leva
para onde eu desejo
e outros imaginam comigo estar.
Ao menor sinal teu
fico toda arrepiada
só de imaginar ser
por ti esquentada
como a mulher
escolhida para fazer
parte da tua vida,
Quando este dia
chegar será tão
animado que nossos
peitos fortes soarão,
e confundidos serão
com os Cabaçais do Cariri.
Com o Pai-do-Mato
caminho lado a lado,
da Criação Divina
ele cuida como se
fosse a própria filha,
E por ele também
me sinto protegida.
Com o Pai-do-Mato
caminho por onde
nunca ninguém
antes tinha imaginado,
Ele me livra inclusive
do teu mau olhado.
(O Pai-do-Mato é lançador,
dos arbustos é sacudidor
e da consciência alheia
que acha bonito andar
no meio da Natureza
insistindo fazer malvadeza).
Soltei todos os nossos bois
no pasto do folclore só
para ver o quê vai dar,
Primeiro soltei o Boi de Reis
para ele me mostrar
se realmente chegou a minha vez
de saber realmente
onde o meu amor está.
Soltei o Bumba-Meu-Boi
para saber por onde o amor foi,
Soltei o Boi-Bumbá
para saber se o amor escrito
no meu destino está.
Soltei o Boi-de-Mamão
para saber se realmente
vou encontrar o amor
com todo o fervor no coração,
e pedirei a nossa benção.
Soltei o Boi Calemba
para ele me ajudar a encontrar
um amor que seja feito de poema,
Soltei o Boi-Surubim
para encontrar um amor que realmente tenha nascido para mim.
Soltei o Boi Zumbi
para saber se o meu amor
realmente se encontra por aqui
e comecei do nada a Dança do Boi
para não deixar nada para depois;
e não me queixar depois que dói.
Soltei o Boi-de-Mourão
para não desistir de continuar,
Soltei o Bumba para comigo
seguir a procurar e o Boizinho
também para me acompanhar
porque não vou desistir de buscar.
Receita de espantar a tristeza
faça uma careta
e mande a tristeza
pra longe pro outro lado
do mar ou da lua
vá para o meio da rua
e plante bananeira
faça alguma besteira
depois estique os braços
apanhe a primeira estrela
e procure o melhor amigo
para um longo e apertado abraço
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