O Silencio de uma Tela em Branco

Para a virtude da discrição, ou de modo geral qualquer virtude, aparecer em seu fulgor, é necessário que faltemos à sua prática.

A falsa modéstia é o último requinte da vaidade.

Não se perde nada em parecer mau; ganha-se tanto como em sê-lo.

Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo.

A morte é de fato o fim, no entanto não é a finalidade da vida.

Não são as pessoas que são responsáveis pelo falhanço do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde a origem.

A inimizade pode ser tão cordial quanto a amizade.

O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano.

Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.

Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu sangue está pronto.

Nas grandes crises, o coração parte-se ou endurece.

O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.

Nunca faças o que te desagrada ver fazer a outros.

A vantagem do amor sobre a libertinagem é a multiplicação dos prazeres.

Há muita gente infeliz por não saber tolerar com resignação a sua própria insignificância.

Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte do que acusar a nossa má conduta.

Contra quem cala não há castigo nem resposta.

Arte e vida se misturam.
Fantasia e realidade se acrescentam.

O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.

Quando se ama, a fidelidade nada custa.