O Passaro e a Rosa
Porque ainda somos cegos,
tateamos deuses falsos.
A bengala é falso guia.
A fé devolve a visão
e permite ver o mundo
além do mundo trilhado
pela bengala dos cegos.
Se por aqui vaguei, meu corpo sabe.
As células festejam meu retorno.
Meus pés andam sozinhos, eles sabem
onde encontrar os passos que ficaram
gravados na memória das areias.
Os átomos que fui, andam no mundo.
Um dia, me dirão por onde estive.
A lógica não é o metro da realidade. É uma atividade pragmática do espirito e limitada a uma determinada área operacional.
A lógica não apreende o real. Não está nas coisas, pois se constituí em mera atividade do espirito. Nem prova o real, embora demonstre que certos fatos aparentemente se comportam segundo seu modelo. Por isso, somos inclinados a admitir que os fatos que acontecem segundo a nossa lógica são reais e os que assim não se comportam são ilusões.
A lógica, por outro lado, tem uma função psicológica: dá ao homem o sentimento de
controle sobre os fatos. Daí o seu apego a tudo o que é lógico, pois a lógica lhe dá uma sensação de segurança e poder. A lei da causalidade se torna, assim, de importância fundamental para o homem: é a certeza de sua capacidade de controle sobre as coisas. Explicar é uma tentativa que lhe proporciona um sentimento vicário de dominar situações. Por isso, o homem é tentado a explicar tudo para se sentir senhor dos fatos.
Real é o que existe em relação a nós. Isto não importa negar o real com o qual não nos relacionamos.
O real objetivo é o real compartilhado, o chamado mundo das relações.
O real subjetivo é o real privado, com as suas peculiaridades, mas possuindo, também, conteúdos do real compartilhado.
O real é o físico e o psíquico, mesmo que este não se converta naquele.
A realidade, como significado, é uma convenção. É possível que a realidade tenha um significado, mas não o conhecemos. Por isso, criamos modelos significativos para a realidade. O convencional, porém, só é real como forma de relações humanas. O mundo social é realidade criada pelo homem e este pode modificar o mundo que criou.
Há um real independente de nós. Há um real criado para nós: é o nosso modo peculiar de perceber o real.
Tudo nos leva a crer que há infinitos níveis e formas da realidade.
A realidade, para nós, é aquilo que percebemos ou que organizamos. As palavras e as idéias são tijolos e cimento de muitas das nossas realidades. Em verdade, o verbo se fez mundo. E, sob esse enfoque, nós somos o pai do verbo. Porque só conhecemos o relativo, jamais poderemos livrar-nos, totalmente, do antropomorfismo e do antropocentrismo.
Tudo parece indicar que a tendência do universo não é a manutenção do nomadismo do elétron, mas do seu aproveitamento no sistema operativo do átomo. A rigor, talvez, não existam elétrons livres na natureza, porém em trânsito de um sistema atômico para outro, na conformidade das leis de atração, que regem o microcosmo. O associacionismo parece ser a impulsão teleológica do universo. A unidade, a sua permanente meta. Uma unidade cada vez mais rica operacionalmente. Por isso, o elétron que, como unidade, tem um campo di-minuto, sente-se atraído a participar da unidade maior do átomo. Por sua vez, os átomos procuram associar-se a outros átomos, segundo as suas estruturas eletromagnéticas e afinidades químicas e, assim, sucessivamente, do átomo à molécula, da molécula à célula, numa escala cada vez mais complexa de associações, na síntese de individualidades cada vez mais estáveis, até atingir o fenômeno humano e - o que nos parece lógico - prosseguir além dele.
Só há uma lei universal: a de que existem leis e que estas variam em universos diferentes.
Leis podem variar, mas sempre existem leis - esta é a lei.
Porque vemos as coisas acontecerem da mesma maneira, acreditamos que elas sempre acontecerão assim para sempre. A esta nossa crença demos o nome de leis da natureza.
Na infância, os olhos límpidos
vêem o mundo claramente
sem a catarata do tempo.
A fé no visto e no sonho.
A vida maior que a morte.
O corpo livre do peso
do vivido e não vivido,
do perdido e do não gasto.
Na velhice, os olhos turvos,
a opacidade do mundo,
a fé no que não se vê,
a morte maior que a vida,
recordações (e não sonhos),
algumas já desbotadas
ou outras reinventadas,
e as sensações prazerosas,
que o corpo já esqueceu.
Todo o perigo da dor
não é seu próprio doer:
é a sua anestesia.
A dor que já não se sente,
nem em si e nem nos outros.
A dor que perdeu a voz.
A dor a que falta o espasmo.
A dor que não causa espanto.
A dor que não mais revolta.
A dor que nos fez eunuco
no amargo céu da impotência.
A fé é a vontade que se fez poder.
É também uma forma de perceber a realidade.
Não há uma razão para a fé: ela é a sua própria razão.
A fé é o recurso extraordinário do homem para resolver problemas que a razão não consegue.
Este homem que esperou
Este homem que esperou
humilde em sua casa
que o sol lavasse a cara
ao seu desgosto
Este homem que esperou
à sombra de uma árvore
mudar a direcção
ao seu pobre destino
Este homem que pensou
com uma pedra na mão
transformá-la num pão
transformá-la num beijo
Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve
que a sua própria sombra
Viver da solidão é o fracasso dos oprimidos pelo coração
que não mereçe sentimento claros sonhos tidos
beijos vãos
Você
Ao olhar sua face comigo algo aconteceu
ao sentir suas palavras e suas acões
sentimentos rolaram e issu me comoveu
e do meu coracão libertou as emoções
não quero sentir algo que seja impossivel
não quero que seja so particular
apenas que fosse compreensivel
esse meu jeito de te amar
Tu és especial faz parte de mim
és sensivel e a mim tambem faz ser
te desejo a cada segundo e enfim
ao seu lado eu quero viver
mas não basta amar-te ou querer-te
se não fazerei parte de sua vida
e a outro irei peder-te
e direi adeus a minha amada querida
Os sonhos que tenho são com você
os sonhos planos sorrisos e desejos
td posso fazer
para ter apena um unico beijo
Vermelho
Inspirado
Pra ser exato
Inspirado!
Em quem não se inspira?
O poeta não precisa de idéias, mas de motivos
E o que move o homem são sonhos
Nos meus sonhos te vi
Do marrom falei já
Agora me desperta esse vermelho
“Está nos olhos a beleza”
Dizes
Mas estão também nos lábios vermelhos que fazem música e dão o tom
De lábios eu entendo,
e ainda não vi lábios assim
Que gosto tem o vermelho?
Ainda não provei, mas quero...
Mas um beijo só não é muita coisa
Senão para quem não quer muita coisa
E um momento só não vale
Mas vale uma sucessão de momentos
E uma seqüência de dias
e tempo que dure
vale o que não se quebra de imediato
que não se rompe com o vento
e que não se desgasta com o tempo
e que se faz consistente
vermelho...
QUERO SER A ÁGUA QUE TE REFRESCA
O VINHO QUE TE AQUECE
O ESCRAVO DO TEU RAZER
O AMOR QUE NÃO ENVELHECE
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