O Passaro e a Rosa
A liberdade costuma ter ares de um abismo assustador. Encará-la não é tão fácil como parece, porque precisamos saber usar nossas asas para voar.
Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!
As pessoas normalmente se destacam por seus defeitos, mas você é especial. Se destacou por me fazer rir. Isso é raro.
Quanto a você, da aristocracia,
Que tem dinheiro, mas não compra alegria,
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia.
O que é o medo? Um produzido dentro da gente, um depositado; e que às vezes se mexe, sacoleja, e a gente pensa que é por causas: por isto ou por aquilo, coisas que só estão é fornecendo espelhos. A vida é para esse sarro de medo se destruir, jagunço sabe. Outros contam de outra maneira.
(Grande sertão: veredas)
Não estamos perdidos. Pelo contrário, venceremos se não tivermos desaprendido a aprender.
Para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro.
Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas.
No carrossel de meus devaneios os cavalos saem livres a galopar. Nada fica preso e tudo se movimenta. Então voa quem quer voar.
A Falta Que Você Me Faz
Me falta o ar, me falta o chão,
Eu fico sem rumo, sem paz.
Sem você, o sim vira não.
É a falta que você me faz.
O tempo passa mais devagar,
Os ponteiros andam para trás.
As horas só sabem perturbar.
É a falta que você me faz.
O mundo perde suas cores,
O para sempre vira jamais.
As paixões, de amor viram dores.
É a falta que você me faz.
Meu poema perde o sentido,
A vida, o mundo, nada mais.
Espero que você tenha entendido.
Essa é a falta que você me faz.
Rosa Negra**