O maior Gesto de Amor
Pandemia
Silenciosa e sorrateira,
Vindo da china, não vejo tua face
Parece uma brincadeira de menina
Não desejo que por aqui passe
Não sei se estás a longos passos
Não quero ver amigos e entes queridos
Engolidos pelo teu abraço
Abatidos e correndo perigo
Nova doença de 2020 é epidemia
Que apavora e enlouquece
Quando se devasta é pandemia
Que para tudo, e adoece
Surto que vai nos afetar
Transmitida de pessoa a pessoa
Com a intenção de nos matar
Quer a nossa vida parar
O Coronavírus quer te pegar
Gatos, morcegos, gado e camelos
Por eles fora disseminar
É de arrepiar todos os pelos
Também não vão escapar
O comércio vai fechar
Empresas vão quebrar
O mundo pode parar
Meus sonhos, meus medos
Na pandemia devastados
Não sei se é a morte ou o desemprego
Angustiado e calado
Meus sentimentos às famílias
Clamamos pela vacina
Que nossas vidas voltem ao normal
E que termine nossa sina.
ALAM MAHMUD HAMDAN – POLO ESTEIO
SONETO DESBOTADO
De tiranas nostalgias, sobrevivido
o fado, vou suspirando, e vazado
vou passando ao ocaso passado
dos dias onde o jeito é nascido
O agrado em rasgas dividido
corre da satisfação apressado
pro vazio, palpita compassado
na solidão, em pesar convertido
E, murmurando tão cruelmente
o trovar alvorece no desalento
e um aperto no peito então sente
Oh! má sorte, no amor sedento
Que vive a lastimar no poente
desbotando está o sentimento!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/10/2020 – Triângulo Mineiro
Sou loucamente delicado e agressivo
Sou rio e sou vulcão
Sou selva de pedra e maré aberta
Sou estável e mutável
Sou contrários e contraditórios
Sou amor manso e desejo enfurecido.
Tenho medo da rapidez que leio sua mensagens, mais medo aínda da rapidez que as respondo...
Tenho medo de viver, e me apaixonar por
você... Tenho medo de te perder, mais ainda de que
você escolha ir...
Tenho medo por gostar de você...
Tenho medo, pois é minha única forma de defesa... Enquanto você, nem posso dizer...
Eu, tu e mar
Tu, eu e cidade
Eu, tu e paz
Tu, eu e guerra
Eu, tu e fé
Tu, eu e separação
Eu, tu e amor
Tu, eu e desencontro
Eu e tu
Tu, eu
Desculpe-se você com a vida, e pare de culpá-la. Como um detetive sempre buscando um novo suspeito, culpado por seus crimes inafiançáveis. Já não cabe mais culpar a vida ou o que lhe venha acarretar numa infelicidade. Descubra o espelho. Se veja! Dói tanto assim se apontar? É tão difícil parar de procurar o erro ao derredor? Acha melhor endividar algo em culpa, do que assumir o que é defeituoso?
TOMA ESTA PRA TI:
"Abraão deixou Ló escolher o melhor lugar porque ele tinha convicção que carregava a benção de Deus sobre sua vida...
Qual sua preocupação mesmo ??
Demissão ?? Traição ?? Calúnia?? Engano??? Roubo?? Injustiça??
Para onde eu e você formos a bênção nos acompanhará...
E a bênção extravasa ...
Sua moeda não é dólar, sua moeda é fé...
Um dia Deus levou Ezequiel a um vale cheio de ossos secos...aliás sequíssimos
E Deus disse: profetizaaaa porque esses ossos se transformarão em um grande exército...
Olhe para o que está morto e declare vidaaaaa..
Não concorde com o caos...
Jesus disse para os discípulos: Lázaro dorme... Ele não concordou com a morte..
Helllllloowwwwwwww esse é o espírito da fé. (Crí por isso falei)....
Eu declaro abundância onde há falta.
Eu declaro vida onde há morte.
Eu declaro paz onde há guerra.
Eu declaro falência das trevas e abundância de luz..."
Aleluyasss TUDO é pra Ti Senhor e TUDO é Teu Pai.
—By Coelhinha
Por mais belo que possa ser o seu canto, é sempre mais aprazível ouvir a voz de quem por você é amado.
Soneto da distância
Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu
SONETO SEM VOLTA
Vai-se mais um talvez pra outra parada
Vai-se um, outro, enfim decaídas cenas
Que dói no peito, na solidão, e apenas
A teimosia para essa pesada derrocada
Cá na quimera, quando a dura nortada
Bafeja, os devaneios em alças plenas
Ruflam a alma em emoções pequenas
No ocaso do horizonte atiçando cilada
Também dos silêncios onde abotoam
Os suspiros, um a um, não perdoam
E choram, lágrimas pelos olhos vais
Na perfídia imatura, ilusões escoltam
Os sonhos, que sempre ao amor voltam
Mas que ao poético não voltam mais...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020, 20’20’ – Triângulo Mineiro
Quem gosta de buquês não ama as flores. Ama somente a sua beleza.
Me pergunto: como não sentir tristeza em saber que um buquê não passa de um conjunto de flores condenadas a morte?
