O Homem que Nao se Contenta com pouco
SOLITÁRIO HOMEM
É um homem só, indeciso
Nos atalhos das serras
Devorador de mil caminhos
Olha para o seu presente
Mas não pode mudar o seu destino
Nos lugares solitários, entre as estrelas
Esquece o passado, ignora o futuro
Talvez os seus próprios objetivos
Independentemente das sementes
Que planto e deixo pelo caminho
Assediado pelo aborrecimento
Nas rotinas da sua talvez longa vida
Reza o seu velho terço, pendurado à cintura
Está cansado de tantos desenganos
Já sem paciência para a sua família
Caminha tantas vezes por zonas
Do seu próprio desconforto.
Onde é devorador das estradas de pedras
Fragas onde se perde nas sombras das colinas
Dos lameiros, das serras, dos montes
De olhar triste, anda em silêncio
Cansado da vida, tenta perder-se
Por terras que não aparecem no mapa
Homem solitário, onde a sua única
Companhia é um cajado já gasto pelo tempo.
Onde este solitário homem nunca esquece as suas orações.
O coração do homem é um mistério negro e incontrolável; um jarro furado e com a boca sempre aberta e, mesmo que todos os rios da terra corram para dentro dele, permanece vazio e sedento. A maior das esperanças não o enche, será que a maior das desesperanças vai enchê-lo.
Ser voluntário - poema
Ser voluntário é ser maior
maior que o homem comum
comum como aquele que se acha senhor
senhor, mas sem espírito nenhum.
Fica mais rica a alma de quem partilha
partilha aquilo que pode dar
dar a mão ao pobre, ao velho, ao doente e ao próximo
é a melhor maneira de começar.
Para seres voluntário não tens que ser monge
monge como há uns séculos atrás
antigamente não se ia tão longe
de tudo, agora, tu és capaz.
Ser jovem é ser capaz
capaz independentemente da idade
idade tens sempre para construir a paz
seja no campo ou na cidade.
Não deixes o mundo igual
igual a quando o achaste
achaste o bem e o mal
deixa-o melhor do que quando o encontraste.
"Você, homem, tem direito de pedir quase tudo o que quiser, mas a mulher tem o direito de dizer 'sim' ou 'não' para cada pedido seu."
O homem faz o "canalha".... e depois chora.
A "Mulher".... chora antes e depois.... Faz a bastarda..
Eu tenho um sonho: o de que por meio da leitura, todo homem indouto alcance certa medida de bom senso e de humanidade...
Calmaria
De calmaria
Berra o homem
Quando reza avemaria
E quando corre do lobisomem,
Porque no caminho
Sempre deixa seu erro
E ao invés de consertar
Ele fica de porre
E por esse mundo ele some
Acabando de arrebentar
De calmaria morre o homem
Que não sabe amar
Por descuido ou vaidade
E por não acreditar
O seus passos na areia
É a sua perdição
É como um corte na veia
E não se ter compaixão,
De calmaria corre o homem
De natureza duvidosa
Por ter medo do passado
Vivendo em contradição
De calmaria ele chora
Por ter medo do mundo
Pelo que acontece lá fora
E que reflete por dentro bem fundo
De calmaria ele morre
Sem socorro
E quando ele corre
Sempre dá de cara pro morro
De calmaria ele é mito
É recado
É palpite
E quando aflito
É pra sempre abandonado.
Cada dia uma mulher diferente...
(Nilo Ribeiro)
A vida me prega peça,
como homem fico contente,
tenho o coração em festa,
cada dia uma mulher diferente
estive com a solidária,
só o bem ela faz,
pessoa extraordinária,
conforto-te com a paz
a mulher intelectual,
mente privilegiada,
inteligência genial,
minha letrada mais amada
a deusa da beleza,
mulher de puro encanto,
eu te amo com certeza,
para você é o meu canto
a mulher executiva,
mulher que administra,
a você dou minha vida,
pois teu amor me enfeitiça
a mulher madura,
menina cheia de experiência,
comigo estará segura,
para você a minha vivência
não são mulheres diversificadas,
são todas em uma,
tuas ações são emocionadas,
minha vida você perfuma
sou um homem de sorte,
este é o meu destino,
você me faz mais forte,
mesmo sendo teu menino
a fala do poeta,
com a do homem mistura,
uma declaração bem direta,
eu te amo com loucura
por isso sou exagerado,
tenho várias "mulher",
meu coração tão apaixonado,
somente você ele quer
usei a licença poética,
para poder me expressar,
usei de toda minha ética
para meu amor eu jurar...
Diante de si, o homem encontra a Natureza, tem possibilidade de dominá-la e tenta apropriar-se dela. Mas ela não pode satisfazê-lo. (...) Ele só a possui, consumindo-a, isto é, destruindo-a. Nesses dois casos, ele continua só.
O animal só faz uma cama, que aquece com seu corpo em um lugar protegido; mas o homem, depois de ter descoberto o fogo, guarda um pouco de ar em um espaçoso apartamento, e o esquenta, em vez de esquentar a si mesmo, faz a sua cama, na qual ele pode se mover despojado de roupas estranhas, manter uma espécie de verão no meio do inverno, e por meio de janelas sequer admitir a luz e com uma lâmpada alongar o dia.
0 que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo que o tenta e pode alcançar; o que ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
Eu sou triste como um prático de farmácia,
sou quase tão triste como um homem que usa costeletas.
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher
mas só ouço o tectec das máquinas de escrever.
