O Homem que Nao se Contenta com pouco

Erguer um monumento a quem está vivo significa declarar que não se pode confiar nos seus pósteros.

Não temos de nos preocupar em viver muito tempo, mas em viver em pleno.

Não deves contar ao teu amigo que foste chifrado. Mesmo que não se ria de ti pode aproveitar a informação.

Trabalho intelectual é uma expressão errada. Não é uma expressão errada. Não é trabalho, é prazer, dissipação, nossa maior recompensa.

Há uma coisa ainda mais difícil do que seguir um regime; é não o impor aos outros.

Estamos sempre nos preparando para viver e não vivemos.

Sem conhecimento não pode haver compreensão; sem compreensão não pode haver conhecimento.

A natureza parece quase incapaz de produzir doenças que não sejam curtas. Mas a medicina encarrega-se da arte de prolongá-las.

É preciso ensinar aos homens como se não ensinasse realmente, / propondo-lhes coisas que não sabem como se as tivessem apenas esquecido.

Os anos que uma mulher subtrai à sua idade não são perdidos. Ela acrescenta-os à idade de outras mulheres.

Não há quem não cometa erros, e grandes homens cometem grandes erros.

Quando as coisas não são como nós gostaríamos que fossem, devemos gostar delas tais quais elas são.

A prudência e o amor não se fizeram um para o outro; à medida que o amor aumenta, a prudência diminui.

O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades.

Só os homens que não se interessam por mulheres interessam-se pelas suas roupas. Os homens que realmente gostam de mulheres nem percebem o que elas estão a usar.

Se não nos perdoamos por nossos erros, e aos outros pelos sofrimentos que nos infligiram, terminamos debilitados pela culpa. A alma não consegue crescer sob um cobertor de culpa, porque a culpa é isoladora, enquanto o crescimento é um processo gradual de reconexão com nós mesmos, com outras pessoas, e com um todo maior.

Se a guerra é uma coisa horrível, não seria o patriotismo a ideia-mãe que a nutre?

O verdadeiro é semelhante a Deus; não aparece espontaneamente, temos de o adivinhar pelas suas manifestações.

O maior paradoxo do desejo não está em procurar-se sempre outra coisa: está em se procurar a mesma, depois de se ter encontrado.

Não é o que você é que te restringe, é o que você pensa que você não é.