O Dom de cada Pessoa
QUE SERIA DE MIM?
Que seria de mim?
Se não fosse o teu olhar
de misericórdia...
Se não fosse o doce da tua palavra
para atenuar o amargo do meu fel.
Que seria de mim?
Se o prazer na tua Lei me faltasse,
e se a tua vontade não se cumprisse em meu querer...
Se eu não pudesse contemplar
o teu sorriso de felicidade, com o meu proceder
Que seria de mim?
Se a vida não me desse à oportunidade,
e o prazer de estar ligado em teu corpo...
Se no meu caminhar, me perdesse
no labirinto da ilusão.
Que seria de mim?
Se a minha busca por ti
fosse em vão;
e minh’alma cansada,
não alcançasse o perdão...
Se não me aceitasse como um dos teus filhos;
e, se eu,não o reconheceste como Pai.
Que seria de mim?
Se não fosse o teu imensurável amor...
E o teu sacrifício por mim
- 25.07.15
DESEJO
Navalhas em beijos recorrentes,
Hipotálamo como ouro na bateia,
e bocas com óvulos fecundantes.
O rio em seu percurso,serpenteia,
e o solo sempre,sempre anseia:
Que a cócega amoleça o breu da noite,
para quebrar a inércia da semente.
- 24.07.15
DESEJO
Navalhas em beijos recorrentes
e bocas com óvulos fecundantes.
Hipotálamo como ouro na bateia,
o rio em seu percurso serpenteia,
e o solo sempre,sempre anseia:
que a cócega amoleça o breu do céu,
para quebrar a inércia da semente.
- 24.07.15).
PEQUENAS COISAS FAZEM
EXPRESSIVA DIFERENÇA:
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VI UMA MULTIDÃO DE SERES, GRANDES E PEQUENOS...TODOS ELES, DE EXTREMA SIMPLICIDADE...
CADA COMPONENTE DESSE CONTINGENTE, DESENVOLVIA PEQUENAS HABILIDADES,
EM LUGARES TIDOS COMO DESPREZÍVEIS,
AOS OLHOS DA NOBREZA;
MAS, CUJOS RESULTADOS FINAIS DE TAIS ATIVIDADES,ENCHERAM O OLHOS DOS DEUSES.
TAL FOI, A MAGNITUDE DO GESTO DE CADA UM.
NOSTALGIA
NAS TARDES DECLINANTES
DOS MEUS DIAS,
CAI A LUZ ESMAECIDA
NO MEUS ROSTO;
EXCITANDO A NOSTALGIA,
ACELERANDO MEU DESGOSTO.
.
O mais importante não é onde você vai encontrar seu amor e sim, o amor que você vai encontrar.
17.08.16
BEM QUERER
Corpos intensamente alucinantes,febris,apaixonados;
na fusão das almas se refazem,
e se completam.
E em profusão não ilusionista,vê-se,no silêncio do segredo,sensações eufóricas de felicidade extasiante;
estampada no sincronismo dinâmico de um eterno bem-querer.
23.08.15
Mesmo sendo espírito é impossível não ver Deus.
Pois, o mesmo se revela a nós, a todo instante, por meio dos nossos sentidos.
23.08.16
CAMPOS BELOS
Quem bebeu de sua fonte,
e conheceu a hospitalidade,
a singeleza de sua gente,
a beleza e o vigor da sua mocidade;
Quem conheceu a simplicidade de suas ruas,
das casas, das coisas,
das pessoas;
a imponência de seus montes...
O deseja o tempo todo
quando se encontra distante.
Suas montanhas são como gigantes
interrompendo bravios fluxos de ventos
de superfícies predominantes,
no frenesi das tempestades...
Para que nada seja atingido com gravidade
nos domínios de seus Termos,
por esse fenômeno natural.
Esses relevos são guardiões fiéis
erguidos rumo ao céu;
muralhas intransponíveis
à proteger a cidade.
Lá, todos os dias o sol ressurge
por detrás da linda cerra,
e a incidência de luz
anima a vida na terra;
Quando as atividades diárias cessam...
Chega o merecido descanso,
E logo reaparece o clarão da esperança,
querendo pressa,
à todos despertam.
Iluminando sua gente de fé e crença!
Na estrutura analítica do meu projeto
o meu retorno a Campos Belos é mencionado
como a etapa mais importante.
Não a nego, como o meu eterno desejo
e referencial.
Por onde passei tenho dito,
querendo que o mundo ouça, que,
tenho lutado, mas, tenho sofrido:
hora melancólico hora deprimido...
E, sempre pelos mesmos motivos;
o de viver assim tão ausente:
dos amigos,
dos parentes,
e dessa terra querida,
que me viu crescer.
(04/2014)
EM BUSCA DA FELICIDADE
Ainda que a subjetividade advinda das miragens e da razão,oculte o mover do meu destino;
e a estigma autêntica da "felicidade",me for negada em dado instante,não desistirei da busca e do desejo de me envolver em sua energia inebriante;
e em momentos de pura emoção,perpetuar o meu futuro em sua grandeza.
25.08.15
ALGUNS DOS PROBLEMAS DE MARIA DAS DORES
CRÔNICA
“Maria” é um nome bom, por causa da mãe de Jesus (homem) que assim se chamava. Por isso é o mais "querido" até hoje pelas famílias.
A agregação da palavra “das Dores” ao nome de Maria, não vejo graça nisso!
Num passado não muito distante era mais comum esse nome “Maria das dores”.
Mas isso vem mudando ao longo do tempo; os pais mais "modernos" estão mais caltelosos quanto ao registro de suas filhas com esse complemento “das Dores”.
Todos nós temos problemas na vida,independente do nome que temos; mas, dá pra se pensar que as pessoas com esse nome “Maria das Dores”, tendem a ter muito mais complicações e dores, ao longo de suas existências, do que outras, com nomes diferentes.
Minha amiga a Maria das Dores daqui da região do Céu Azul é um exemplo disso; sempre vivia com problemas de toda ordem: quando não era um problema de saúde, era outro qualquer.
Certa ocasião foi buscar socorro espiritual numa congregação evangélica onde congregava: na época, vivia num relacionamento conjugal muito conturbado.
- Pastor Geny, não tô mais agüentando o home lá de casa! ... Ele tá impossível!... Bebendo, jogando, dançando,... ainda me agride constantemente.
Quero que o senhor ore, para que Jesus dê um jeito nesse problema; tenho urgência, estou em tempo de fazer uma “loucura!”...
- "Bem, quanto as agressões... A princípio, a senhora deveria registrar uma queixa contra ele numa delegacia de polícia, mas...
"Vamos orar sim, minha irmã. E mais: se você quiser podemos fazer uma campanha de oração nesse sentido."
- Sim pastor! Se o senhor puder fazer isso por mim serei eternamente grata!
O Reverendo convocou os fiéis naquela mesma noite, nesse propósito.
Dias depois a Maria das Dores voltou com um problema ainda mais grave:
- Pastor o senhor não devia ter feito aquilo!...
-“Aquilo” o “quê” minha irmã?!
- Depois que o senhor começou a fazer a campanha de oração, não demorou nada o home “bateu as botas!” Foi atropelado e não resistiu os ferimentos e morreu!
Se tava ruim com ele, agora, ficou pior. Com toda ruindade do mundo, era ele que levava o pão de cada dia para nossa mesa, e agora?! ... Somente Amarildo trabalhava lá em casa. Agora estou sem marido e sem emprego... Sem nada no mundo! A minha vida virou de "ponta cabeça".
O pastor fez uma cara de quem não gostou:
- Quero deixar bem claro minha irmã, que não oramos pro seu marido morrer. Oramos pra Jesus resolver o seu “problema” como a irmã pediu. Sabe de uma coisa, desde que lhe conheço por gente que a senhora sempre está clamando de uma coisa ou outra; isso é devido o complemento do seu nome: sugiro que tire o “das Dores” dele.
Mas era difícil demais... pois antes dela nascer já carregava consigo essa "cruz"- das Dores.
Dona Rufina sua mãe, não se cansava de bater na "tecla". "Se for uma menina se chamará Maria das Dores."
Aquilo era uma homenagem que sua mãe gostaria de fazer ainda em vida, à sua comadre Maria das Dores.
E todos da sua região só a tratavam de das Dores.
Além disso, o custo financeiro e burocrático do processo para a modificação do registro de nascimento de uma pessoa o inviabilizava a tomar tal decisão.
O pastor levou mesmo a coisa a sério:
encerrou definitivamente aquele tipo de campanha de oração que fizera em prol daquela irmã:
jurou no Santo altar com a mão sobre a bíblia que nem orava, e nem faria mais aquele tipo de intercessão coletiva em favor “desse ou daquele casal de cristão.
Ele lembrava de um trecho sagrado: “De que se queixa o homem vivente? Se queixa de seus próprios pecados.” E ainda: "Na hora de arrumar o 'homem' não orou nem pediu ajuda a ninguém,agora..."
Então, a viúva Maria das Dores com seu três filhos pequenos Carlos, Marcos e Cleide seguiam a sua via sacra sobrevivendo da ajuda dos irmãos de fé e de algumas outras almas bondosas do lugar. Pois, o marido não contribuía com a Previdência Social quando em vida.
Portanto, não pode deixar uma pensão para família.
Por volta de julho ou agosto do ano desse acontecimento, ela foi ter comigo querendo que lhe arrumasse um golinho de álcool-líquido; eu ainda tinha mais de meio litro desse produto, no seu frasco original, lá em casa; então prontamente tirei do recipiente uma porção do mesmo e lhe dei.
Todo dia ela estava lá na minha porta querendo mais um pouco.
Como naquele período somente o álcool gel estava disponível à venda no mercado (o álcool líquido estava proibido por força de uma Legislação estadual vigente) e, como eu fazia pouco uso daquilo, fui lhe cedendo sem maiores problemas toda vez que ela vinha a mim; mais para o final, disponibilizei todo o restante do álcool a ela.
Um belo dia, bem cedo, adivinha caro leitor quem queria mais álcool?! A própria: Maria das Dores!
- Não tenho mais, minha irmã. Mas, tenho uma cachaça muito boa de Serra dos Aimorés, que ganhei de um baiano que viera de lá recentemente.
- Eu aceito com todo prazer; nem precisava ser tão boa assim, não é pra eu beber mesmo... Sou evangélica: só bebo água e o vinho da Santa Ceia.
- Uai!... E quem está fazendo uso de bebidas alcoólicas em sua casa?
-Eu mesmo,mas,porém pra pôr na carinha de um “bicho de pé” (inseto, semelhante à pulga), que tá atazanando a minha vida há muito tempo.
Preocupado e desejoso de ajudá-la na resolução daquele problema, pedi para dar uma olhada em seu pé; vendo aquelas bolinhas escuras e seu pé bastante inchado, percebi que era muitos “bichinhos” que já estavam instalados naquele local há muito tempo e, naturalmente, ovulando bastante, então, concluí que havia a necessidade de uma intervenção cirúrgica mais criteriosa e o orientei que fosse ao posto de saúde mais próximo.
Dias depois, voltando do Hospital Evangélico onde estagiava, e chegando ao local aonde morávamos, a nossa rua estava tomada de curiosos e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), parada na porta da casa de Maria das Dores.
Pronto!...
“Pelo jeito morreu alguém nessa casa!” Pensei. Só se pensa o pior nessas horas.
Mas, graças a Deus não era nada do que eu pensava!
Não havia morrido ninguém!
Maria das Dores estava sendo assistida por uma equipe de trabalhadores da saúde, e sendo conduzida ao Pronto Socorro João XXIII.
Para a retirada dos pobres “bichinhos de pé” “tontos” que nem “gambás” que pareciam ter adorado a ideia da sua hospedeira, de regá-los dioturnamemente com álcool e cachaça;
e com certeza insistiam o quanto podiam, para não sair daquele ambiente “etílico” que estavam envolvidos.
Se pudessem cantar, cantariam: “Daqui não saio / daqui ninguém nos tira /...”
Coitada da Irmã Maria das Dores!...Tem vivido, mas, tem sofrido!
“Se seus pais tivessem o cuidado de não pôr “ Dores” compondo o nome da filha, ou se Maria das Dores, tivesse seguido a orientação de seu pastor: removendo o 'das Dores' do seu nome, com certeza sua vida seria menos “dolorida”.
Há palavras que devem ser omitidas se for possível.
Tenho uma sugestão para os futuros pais:
na frente do nome "Maria" coloquem "Dolores", e a "dor" da sua filha,ao logo da sua caminha, ficará mais amena;
além de ser uma palavra mais romântica.
Fica a dica!
21.08.16
O nosso prazer é que a tão sonhada paz voe, pouse sobre as nossas vidas ao alcance dos olhos, e atenda os nossos anseios de uma perene contemplação.
Que a tão sonhada paz não venha necessariamente dos ares: de cima. mas que aflore do interior de cada um de nós.
Que a paz não esteja somente na lente dacâmeramostrada; nem tão pouco na retina dos olhos vistos; mas impregnada na nossa alma percebida, compartilhada.
POETA SEM AMOR
Por Nemilson Vieira (*)
Poeta sem amor
É o pólen da flor.
Sem o agente polinizador;
Um pai de família:
Ocioso, sem o labor.
…Éluta perdida.
Uma Olimpíada:
Sem atleta, troféu, vencedor.
Poeta sem amor
É jogo sem torcida
Sem juiz, sem jogador.
Náufrago à deriva
A desejar um salvador.
…Umapresa fugidia;
À frente do predador.
Doença a insistir;
A prolongar a dor.
…Opecado a atrair
O pecador.
Poeta sem amor
Vive a esperar docéu.
A prenda querida;
Das mãos do Criador.
Não deseja viver só
Almeja viver
A dois.
*NemilsonVieira
Acadêmico Literário
Fli e Lang
(18:07:15)
A moldura e o conjunto da obra trabalhada, emaquarela; exposta ao olhar contemplativo, se tornou relevante ao meu, quando a imaginei.
A felicidade dos dois nos encontros festivos que se seguiram impressionava, dava inveja aos solteiros e casados mal resolvidos.
MENTIRAS TÊM PERNAS CURTAS
Por Nemilson Vieira (*)
Final de semana chegado Antônio (o chamarei assim) saiu com os amigos para curtirem uma balada…
Conheceu uma linda garota e logo diz-lhe ser CONTADOR. — Passava a ideia de ser graduado em Ciências Contábeis.
Cheio de planos encheu a moça de promessas; firmaram um namoro sério…
A felicidade dos dois nos encontros festivos que se seguiram impressionava, dava inveja aos solteiros e os casados mal resolvidos. — Imagino.
O relacionamento ia bem demais da conta para ser verdade, até a casa desabar…
Indo ao centro de Belo Horizonte, a sua namorada resolveu passar na Padaria Diplomata e deu de frente com Antônio, de guarda-pó branco, com um balaio cheio de pães a carregar um veículo estacionado à porta do estabelecimento comercial. Estática não estava a entender o que via! Sem nada perguntar ao namorado soltou logo os cachorros no pobre: — Você não precisava enganar-me dessa maneira! Falasse-me à verdade e eu iria gostar de você do mesmo jeito…
Antônio calado estava e ficou. Saiu rápido da sua presença, de cabeça baixa com o enorme balaio já vazio na cabeça, para mais transportes dos produtos da panificação. Já quase a desaparecer do seu campo de visão ouve da namorada — transtornada com a situação:
— CONTADOR NÃO É?
Antônio morria de vergonha; ainda assim a olhou pela última vez por cima do ombro e respondeu:
— Sim! CONTADOR de PÃO.
* Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
(19:03:20)
Fli e Lang
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