O Dom de cada Pessoa

Cerca de 201997 frases e pensamentos: O Dom de cada Pessoa

⁠ÁGUA BOA, É O QUE IMPORTA

Por Nemilson(*)

A terra, os seus microorganismos, nós humanos e viventes de modo geral, precisam de bastante água boa para o bom funcionamento do mundo celular.
A água, iniciando a sua função no nosso corpo — presente no sangue —, percorre as artérias, veias e capilares, oxigena e nutre as células com os mais variados nutrientes.
Fazendo o caminho inverso carreia as impurezas metabólicas (dióxido de carbono e outras toxinas).
Como se fosse pouco a sua função de gerar e manter a vida na Terra, o homem a despreza com as suas atitudes insanas.
Ao descartar nas águas superficiais, em campo aberto, os seus resíduos e rejeitos. Em vez de dar a estes uma devida destinação.
Não dá para entender como esse descaso ainda acontece nos dias atuais. Quase todos os rios estão poluídos por quem mais poderia cuidar: o homem.
Devemos a ela (a água) um tratamento mais humanizado possível; respeitoso e digno.
Agradecemos ao Pai Supremo em primeiro lugar por estar vivo; em segundo, a nossa água de cada dia.
Eu já disse uma vez que a água, pela sua importância deveria ser mais amada, reverenciada ou adorada até; mas claro que foi um desajeiro, não chega a tanto.
Nascentes estão a secar em todo o país e mundo afora; exclusivamente por nossas irresponsabilidades…
Só sabemos da real importância da água quando ela acaba ou não cumpra as suas funções naturais. Infelizmente!
Façamos alguma coisa no sentido da geração, preservação e uso racional desse recurso natural; enquanto há tempo, não somente nos lamentemos.

* Nemilson Vieira, Gestor Ambiental, Acadêmico Literário

(07:10:2014)

Flip e Lang

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠A natureza se encarrega de nos ensinar a lição que carecemos, quanto a ela, há duras penas.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠A curiosidade e o conhecimento se entrelaçam; o amor e o respeito se afeiçoam. Juntos de mãos dadas, felizes seguirão.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠As escamas dos olhos do entendimento não podem cair, se rigoresausteros perdurar.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠HÁ UM FOGO…

Há um fogo lá fora!
Na Serra das Almas;
Fumega, queima a fauna.
Lambe à terra, a flora...

Há um fogo lá fora!
No Morro da Cruz,
Que a tudo devora;
Tenha dó Jesus!

Há um fogo lá fora!
No Monte da sedução.
É o que mais queima:
Abrasa o tição...

No Lago da Angústia
Há um fogo abrasador…
Do lado de cá, o fogo
Acalma a dor…

… Só vive em rogos
Convence, do pecado
O mais vil pecador;

Fogo brando que muda
A história:
Apura o ouro do ourives:
Lança fora a escória.

Do lado de cá
A brisa inflama a chama
Do fogo. — Que não lesiona;
Queima e não causa dor.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠RIO MOSQUITO, O NOSSO BEM MAIOR

Por Nemilson Vieira (*)

Percebo a preocupação dos moradores conscientes, do Pouso Alto, distrito de Campos Belos (GO), com o Rio Mosquito; sobre os impactos ambientais que se intensificam com o tempo; devido ao aumento populacional do povoado e pelo acesso das pessoas oriundas dos mais variados lugares que convergem a ele atraídas pelo refrigério das suas águas e pelas belezas paisagísticas do lugar.
Às imagens do rio divulgadas favorecem a confluência humana a esse paraíso natural.
Fico a torcer com aqueles que desejam ver essa relação, mais harmônica possível.
Seus cidadãos consideram esse rio como a galinha dos ovos de ouro: a mais expressiva e relevante fonte de abastecimento de água doce à população local e grande potencial turístico da cidade e região.
Temos sofrido na própria carne os reflexos das nossas atitudes impensadas, de não gerirmos sabiamente os nossos recursos naturais.
Como a escassez hídrica é uma realidade constatada em várias regiões do país e do mundo temos motivos de sobra para colocarmos as nossas barbas de molho e cuidarmos melhor desse recurso vital de Campos Belos, terra abençoada por Deus também com essa premissa Divina batizado por Rio Mosquito.
Não nos esqueçamos: a natureza se encarregará de nos ensinar a lição que carecemos, quanto a ela, às duras penas.
Ficam as minhas considerações!

*Nemilson Vieira de Morais
Gestor Ambiental, Acadêmico Literário
(10:03:15)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠TÍNHAMOS QUE IR

Por Nemilson Vieira(*)

É um grande desafio de repente termos que deixar tudo para trás: a parentela, os amigos, uma cultura, o ambiente em que se viveu desde os primórdios da vida e aventurar-se num lugar que não o conhecemos, distante e diferente do nosso. Muitas vezes o apoio de alguém por lá não acontece; fato até justificável pelo não conhecimento das partes. Um ditado diz que boi erado na sua terra, em outro lugar é bezerro. Assim passamos a ser quando deixamos o nosso lugar e pegamos a estrada da cidade grande; eu e o colega de escola Carlos; vizinho de porta. Deixamos a nossa pacata Campos Belos(GO), nordeste goiano, no final dos anos 80, e nos aventuramos na capital dos mineiros. O corte abrupto do nosso cordão umbilical doeu muito. Tudo o que havíamos conquistado ficou para trás: o nosso mundo afetivo, o ambiente sagrado, familiar, os parentes de perto e de longe, os amigos, muito deles de infância e mocidade. Precisávamos ir, mesmo que o novo mundo de possibilidades que propusemos desbravar, desconhecido fosse a nós. Deixávamos o certo pelo duvidoso? Provável que Sim. Geralmente os jovens tão cheios de sonhos; por um ideal são capazes de fazer algumas ‘loucuras’ na vida, mesmo que isso se converta numa ilusão. Nesse frenesi de sonhos acabam indo a lugares remotos arriscar-se necessário ou desnecessariamente; por alguns caminhos da vida. Na busca da concretização desses sonhos; nada mais justificável, para que, depois não se queixarem de não terem tentado aquilo que desejavam. Assim nos acontecera: entramos nessa aventura há muitos anos… A situação social, econômica e tantos outros desafios que surgem abalam grandemente o emocional do imigrante. Com o tempo, algumas dificuldades vinham e iam-se de nós; as superavamos uma a uma; umas maiores outras menores. As visitas familiares, as cartas, os telefonemas que realizávamos amenizavam um poucos a solidão. “A dor da despedida só sabe quem passou”, diz uma letra de música. A do viver distante das raízes também. Talvez mais acentuada com o agravante de viver latente em nós. Uma angústia, um aperto no peito, uma vontade de chorar daquelas, de vez em quando aparece. A ida ou vinda de alguém a um determinado lugar é um mal, às vezes necessário.

*Nemilson Vieira de Morais
Acadêmico Literário.

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⁠A MINHA DESPEDIDA

Por Nemilson Vieira (*)

Chegou o momento da partida…
Na rodoviária lembrei-me do hino da Harpa Cristã: “Se Cristo comigo, vai, eu irei”…
“O ônibus está a sair”. — Lembrou-me, uma das minhas irmãs.
Esse momento é difícil…
Enfim o abraço nos irmãos, no pai e na mamãe. Vi lágrimas nos seus olhos. — Imagino: quanta ingratidão minha ao deixá-la! Tudo por uma busca de um nada, talvez…
Havia comprado a passagem previamente, os meus pés estavam no caminho, ainda ao alcance da visão e da voz de alguns dos meus.
Mais um tchau eu dava e recebia…
— Tchau! pai. Tchau! mãe.
— Tchau! filho. Vai com Deus! meu filho. — Amém! fica com Deus também, mamãe.
Guardados os pertences no ônibus os abraços finais aos irmãos queridos que foram à rodoviária comigo.
A conferência da passagem e da localização da poltrona. Os últimos gestos de despedidas; são marcantes.
Na BR 118 que corta a cidade, mais tchau, aos velhos conhecidos que margeavam a rodovia.
A minha história seguiu o seu curso natural porque fui sonhar o meu sonho…
O mais importante disso tudo é ter tido a certeza de que Deus ficou com o meu povo e que segui com Ele pelo mundo afora.
É confortante ter a esperança do retorno; não entendo às pessoas que deixam os seus familiares no seu lugar de origem e nunca mais voltam lá; nem mesmo a passeio fazem isso. Acho uma tremenda ingratidão. No meu caso, como bom saudosista nunca irei desistir do retorno ao lugar que nunca deveria ter saído.
Sempre tenho feito as minhas visitas familiares;
Continuo a imensa necessidade de fazer o caminho inverso. — Regressar a casa dos meus pais para ficar.
Para sair foi traumatizante, mas para voltar é gratificante. Só alegria!
O dia mais feliz de um migrante é poder voltar à sua terra amada.
Se no meu retorno conseguir levar comigo “os molhos” mais alegre serei.
Como seria bom se eu pudesse repetir os vencedores que ao retornar às suas origens dizem: “fui e venci! Voltei”.
Não mais correr atrás do que não guardei; como as formigas que criam asas e se perdem.

*Nemilson Vieira de Morais,
Gestor Ambiental e Acadêmico Literário.
— (23:12:14).
Fli e Lang

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠QUERO A PAZ

Por Nemilson Vieira(*)

Quero a paz do cisne no lago. No meio à tempestade: afagos.
Paz no campo e na cidade; sobre as ondas bravias, nas noites obscuras, tenebosas.
Paz ao partir e ao retornar, no dormir, no acordar. — Do colibri a proteger a sua prole; da natureza harmoniosa.
Quero a paz do agricultor depois da boa colheita; paz nos campos, nos montes, nos vales, por todos os lados.
Quero a paz dos pássaros nos voos recreativos; dos pirilampos na escuridão da noite, por ermos caminhos. — Do paciente depois do tratamento.
Quero a paz do pecador que alcançou o perdão; de quem ama e é correspondido, moças e rapazes eternos enamorados.
Quero a alegria dos inimigos ao fazerem as pazes; a doce sintonia de um poeta ao fazer a sua poesia; os seus versos, as suas rimas...
A paz dos fiéis na inquisição:
Jogados às feras a entoar canções.
— Das crianças a brincar; de um salvo a louvar, jogado aos leões. Quero a paz dos agentes polinizadores, ao fecundarem as flores na primavera.
Torço pela paz na Terra, entre os homens de boa vontade...

*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário

Fli e Lang
(07:08:15).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠A minha inclusão num grupo de risco nenhuma diferença faz, se o risco maior foi nascer.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠VOCÊ…

Por Nemilson Vieira (*)

É a minha música mais preferida que aprendi a gostar de ouvi-la;
É a melodia perfeita que me acalma em momentos de preocupações;
Canção de ninar que me faz dormir na esperança de dias melhores;
A minha musa inspiradora que embala o meu mundo de ideias, de poesia…
Possui uma candura toda especial, uma beleza natural, um olhar penetrante que me deixa fascinado.
Ao se expressar verbalmente
ou na escrita é tão diferente das outras…
No tecer, na coesão, na coerência, em tudo que faz.

*Nemilson Vieira,
Acadêmico Literário
(03:05:15).
Fli e Lang

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠APAIXONANTE EUGENIA

Por Nemilson Vieira (*)

Hoje foi um daqueles dias especiais para mim: conheci a EUGENIA.
O meu olhar achou o seu e rolou de imediato, a química do amor. Fato que se deu de uma maneira muito espontânea, natural.
Não creio desse relacionamento ter acontecido por uma coincidência, mas por uma providência.
Com tanta intimidade à primeira vista que tivemos alguém deve ter imaginado sermos velhos amantes.
Combinamos tanto… Continuamos firmes e fortes nesse propósito de querer-nos sempre.
Depois daquele sim inicial e do entrelaço sentimentimental só sabemos andar, a nos amar como dois eternos apaixonados.
Assim vamos a tocar os nossos dias e a nossa comum união. Cada vez mais presentes, um, na vida do outro, a alicerçar os nossos vínculos.
Continuamos nessa livre relação, à distância, a todo vapor.
Eugenia no seu canteiro público, no São João Batista, eu no meu espaço de sempre, no Luar.
Posso ter novos amores e ela também. Com pouco de ciúmes, mas sem contendas.
Podemos amar outros(as), que nos afeiçoarmos.
Aos que torcem contra o nosso apego afetivo, quase anormal, que desistam. — Ele veio para ficar; até que o destino ou a morte nos separe.
Fica aqui um pouco dessa nossa história sentimental.
Se o caro leitor desejar saber melhor sobre nós e mais especificamente sobre EUGENIA pergunte ao Dr. Google, ele lhe informará detalhadamente.

*Nemilson Vieira
Gestor Ambiental, Acadêmico Literário
(12:07:20).
Fli e Lang

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠Toleramos os espinhos da relação, mas a maior preocupaçãoé cultivar as rosas do nosso jardim.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠O Nosso amor é fogo que não consome, tempestade que passa e não destrói, edifício que não cai, rocha que não se abala, convívio que não dói.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠Sou a poça nas estradas, e da criançada, o poço; o suor do rosto, a chuva, a enxurrada… O sereno da madrugada as lágrimas caídas…

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠Do coco, sou água isotônica; do corpo, água de cheiro. Morro na praia todos os dias. Lavo pés, em cerimonial batizo os fiéis; refresco,tiro a fadiga.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠⁠Vejo Deus pensativo… Um ar de preocupado com os Seus filhos arrogados; nas tolices que dizem e besteiras que fazem.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠⁠Onosso Deus pode ser visto, ouvido e sentido em qualquer lugar. No templo, no sermão do pregador; na Sua Palavra e no louvor…

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠Vejo Deus pensativo… Com o aspecto de quem já chorou. Ar de preocupado com os Seus filhos, arrogantes earrogados; nas tolices que dizem e besteiras que fazem.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

ALGUNS DOS PROBLEMAS DE MARIA DAS DORES

CRÔNICA

“Maria” é um nome bom, por causa da mãe de Jesus (homem) que assim se chamava. Por isso é o mais "querido" até hoje pelas famílias.
A agregação da palavra “das Dores” ao nome de Maria, não vejo graça nisso!
Num passado não muito distante era mais comum esse nome “Maria das dores”.
Mas isso vem mudando ao longo do tempo; os pais mais "modernos" estão mais caltelosos quanto ao registro de suas filhas com esse complemento “das Dores”.
Todos nós temos problemas na vida,independente do nome que temos; mas, dá pra se pensar que as pessoas com esse nome “Maria das Dores”, tendem a ter muito mais complicações e dores, ao longo de suas existências, do que outras, com nomes diferentes.
Minha amiga a Maria das Dores daqui da região do Céu Azul é um exemplo disso; sempre vivia com problemas de toda ordem: quando não era um problema de saúde, era outro qualquer.
Certa ocasião foi buscar socorro espiritual numa congregação evangélica onde congregava: na época, vivia num relacionamento conjugal muito conturbado.
- Pastor Geny, não tô mais agüentando o home lá de casa! ... Ele tá impossível!... Bebendo, jogando, dançando,... ainda me agride constantemente.
Quero que o senhor ore, para que Jesus dê um jeito nesse problema; tenho urgência, estou em tempo de fazer uma “loucura!”...
- "Bem, quanto as agressões... A princípio, a senhora deveria registrar uma queixa contra ele numa delegacia de polícia, mas...
"Vamos orar sim, minha irmã. E mais: se você quiser podemos fazer uma campanha de oração nesse sentido."
- Sim pastor! Se o senhor puder fazer isso por mim serei eternamente grata!
O Reverendo convocou os fiéis naquela mesma noite, nesse propósito.
Dias depois a Maria das Dores voltou com um problema ainda mais grave:
- Pastor o senhor não devia ter feito aquilo!...
-“Aquilo” o “quê” minha irmã?!
- Depois que o senhor começou a fazer a campanha de oração, não demorou nada o home “bateu as botas!” Foi atropelado e não resistiu os ferimentos e morreu!
Se tava ruim com ele, agora, ficou pior. Com toda ruindade do mundo, era ele que levava o pão de cada dia para nossa mesa, e agora?! ... Somente Amarildo trabalhava lá em casa. Agora estou sem marido e sem emprego... Sem nada no mundo! A minha vida virou de "ponta cabeça".
O pastor fez uma cara de quem não gostou:
- Quero deixar bem claro minha irmã, que não oramos pro seu marido morrer. Oramos pra Jesus resolver o seu “problema” como a irmã pediu. Sabe de uma coisa, desde que lhe conheço por gente que a senhora sempre está clamando de uma coisa ou outra; isso é devido o complemento do seu nome: sugiro que tire o “das Dores” dele.
Mas era difícil demais... pois antes dela nascer já carregava consigo essa "cruz"- das Dores.
Dona Rufina sua mãe, não se cansava de bater na "tecla". "Se for uma menina se chamará Maria das Dores."
Aquilo era uma homenagem que sua mãe gostaria de fazer ainda em vida, à sua comadre Maria das Dores.
E todos da sua região só a tratavam de das Dores.
Além disso, o custo financeiro e burocrático do processo para a modificação do registro de nascimento de uma pessoa o inviabilizava a tomar tal decisão.
O pastor levou mesmo a coisa a sério:
encerrou definitivamente aquele tipo de campanha de oração que fizera em prol daquela irmã:
jurou no Santo altar com a mão sobre a bíblia que nem orava, e nem faria mais aquele tipo de intercessão coletiva em favor “desse ou daquele casal de cristão.
Ele lembrava de um trecho sagrado: “De que se queixa o homem vivente? Se queixa de seus próprios pecados.” E ainda: "Na hora de arrumar o 'homem' não orou nem pediu ajuda a ninguém,agora..."
Então, a viúva Maria das Dores com seu três filhos pequenos Carlos, Marcos e Cleide seguiam a sua via sacra sobrevivendo da ajuda dos irmãos de fé e de algumas outras almas bondosas do lugar. Pois, o marido não contribuía com a Previdência Social quando em vida.
Portanto, não pode deixar uma pensão para família.
Por volta de julho ou agosto do ano desse acontecimento, ela foi ter comigo querendo que lhe arrumasse um golinho de álcool-líquido; eu ainda tinha mais de meio litro desse produto, no seu frasco original, lá em casa; então prontamente tirei do recipiente uma porção do mesmo e lhe dei.
Todo dia ela estava lá na minha porta querendo mais um pouco.
Como naquele período somente o álcool gel estava disponível à venda no mercado (o álcool líquido estava proibido por força de uma Legislação estadual vigente) e, como eu fazia pouco uso daquilo, fui lhe cedendo sem maiores problemas toda vez que ela vinha a mim; mais para o final, disponibilizei todo o restante do álcool a ela.
Um belo dia, bem cedo, adivinha caro leitor quem queria mais álcool?! A própria: Maria das Dores!
- Não tenho mais, minha irmã. Mas, tenho uma cachaça muito boa de Serra dos Aimorés, que ganhei de um baiano que viera de lá recentemente.
- Eu aceito com todo prazer; nem precisava ser tão boa assim, não é pra eu beber mesmo... Sou evangélica: só bebo água e o vinho da Santa Ceia.
- Uai!... E quem está fazendo uso de bebidas alcoólicas em sua casa?
-Eu mesmo,mas,porém pra pôr na carinha de um “bicho de pé” (inseto, semelhante à pulga), que tá atazanando a minha vida há muito tempo.
Preocupado e desejoso de ajudá-la na resolução daquele problema, pedi para dar uma olhada em seu pé; vendo aquelas bolinhas escuras e seu pé bastante inchado, percebi que era muitos “bichinhos” que já estavam instalados naquele local há muito tempo e, naturalmente, ovulando bastante, então, concluí que havia a necessidade de uma intervenção cirúrgica mais criteriosa e o orientei que fosse ao posto de saúde mais próximo.
Dias depois, voltando do Hospital Evangélico onde estagiava, e chegando ao local aonde morávamos, a nossa rua estava tomada de curiosos e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), parada na porta da casa de Maria das Dores.
Pronto!...
“Pelo jeito morreu alguém nessa casa!” Pensei. Só se pensa o pior nessas horas.
Mas, graças a Deus não era nada do que eu pensava!
Não havia morrido ninguém!
Maria das Dores estava sendo assistida por uma equipe de trabalhadores da saúde, e sendo conduzida ao Pronto Socorro João XXIII.
Para a retirada dos pobres “bichinhos de pé” “tontos” que nem “gambás” que pareciam ter adorado a ideia da sua hospedeira, de regá-los dioturnamemente com álcool e cachaça;
e com certeza insistiam o quanto podiam, para não sair daquele ambiente “etílico” que estavam envolvidos.
Se pudessem cantar, cantariam: “Daqui não saio / daqui ninguém nos tira /...”
Coitada da Irmã Maria das Dores!...Tem vivido, mas, tem sofrido!
“Se seus pais tivessem o cuidado de não pôr “ Dores” compondo o nome da filha, ou se Maria das Dores, tivesse seguido a orientação de seu pastor: removendo o 'das Dores' do seu nome, com certeza sua vida seria menos “dolorida”.
Há palavras que devem ser omitidas se for possível.
Tenho uma sugestão para os futuros pais:
na frente do nome "Maria" coloquem "Dolores", e a "dor" da sua filha,ao logo da sua caminha, ficará mais amena;
além de ser uma palavra mais romântica.

Fica a dica!

21.08.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

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