O Cometa de Carlos Drumond de Andrade

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⁠Se tens algo a dizer, mas que não possa ser inteligível, ainda que importante e necessário, melhor não dizê-lo.

A verdade pode machucar e até fazer chorar, mas mesmo assim, nunca devemos deixar de dizê-la...

⁠Na ordem natural das coisas,
são os pais que acordam os filhos..

⁠Aquele que pratica, ou aquele que combate, são portadores do mesmo traço.

⁠Viveu demais..
Viveu a mesma cena duas vezes!

⁠Que seja a tua dor, apenas uma dor que dói.

Aquele que engole Sapos,
Quase sempre pensa Dragões!⁠

⁠Tenho vários livros dentro de mim,
mas não consigo escrever, uma linha!

⁠Aquele que vai pra Guerra ou pra "Disney", não volta!

⁠Primeiramente faça silêncio.
Depois, faça tudo em silêncio!

⁠Amizade verdadeira, tem sovaco molhado no ombro!

⁠Não saberia dizer qual o meu maior sonho.
Mas você foi o mais próximo que cheguei desse sonho!

⁠Algum dia assim como Chico, também desejo sair à francesa e bem no meio de festa.
Me agrada ainda a ideia de morar no Céu, mas viver no inferno como fazem os anjos.

⁠Um dia você se dá conta de que não está cercado de inimigos mas, de espelhos!

⁠Há momentos que vejo meu Anjo, naquilo que vem de você.
Num gesto, numa fala, ou até mesmo num breve olhar.

Pare antes do saciar ou, odiará um reencontro⁠.

A noite dissolve os homens

A noite desceu. Que noite!
Já não enxergo meus irmãos.
E nem tão pouco os rumores
que outrora me perturbavam.
A noite desceu. Nas casas,
nas ruas onde se combate,
nos campos desfalecidos,
a noite espalhou o medo
e a total incompreensão.
A noite caiu. Tremenda,
sem esperança… Os suspiros
acusam a presença negra
que paralisa os guerreiros.
E o amor não abre caminho
na noite. A noite é mortal,
completa, sem reticências,
a noite dissolve os homens,
diz que é inútil sofrer,
a noite dissolve as pátrias,
apagou os almirantes
cintilantes! nas suas fardas.
A noite anoiteceu tudo…
O mundo não tem remédio…
Os suicidas tinham razão.

Aurora,
entretanto eu te diviso, ainda tímida,
inexperiente das luzes que vais acender
e dos bens que repartirás com todos os homens.
Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações,
adivinho-te que sobes, vapor róseo, expulsando a treva noturna.
O triste mundo fascista se decompõe ao contato de teus dedos,
teus dedos frios, que ainda se não modelaram
mas que avançam na escuridão como um sinal verde e peremptório.
Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
minha carne estremece na certeza de tua vinda.
O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes se enlaçam,
os corpos hirtos adquirem uma fluidez,
uma inocência, um perdão simples e macio…
Havemos de amanhecer. O mundo
se tinge com as tintas da antemanhã
e o sangue que escorre é doce, de tão necessário
para colorir tuas pálidas faces, aurora.

Por onde passar, deixe o seu melhor sorriso, pois quando lá voltar, alguém com certeza, de ti irá se lembrar.

⁠vontade e motivos eu tenho.
Mas, não posso sair por aí
fechando portas.

⁠Tem boca que fala bonito,
Tem boca que beija bem.
Tudo junto, é raro...
Mas porque tens,
Me cala fundo!!