O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar
Um amor não precisa ser aclamado 24 horas para ser legítimo. Basta que quando há seu tempo, seja vivido intensamente, ainda que por segundos
O amor é realmente algo estranho.
Uma explosão calando a razão em um eterno
caminhar alinhado a loucura.
amor, algo que ninguém consegue explicar, nem com palavras, nem com música e nem com poesias ou versos dos melhores poetas..
Você perde a razão, nada impede de você fazer o que quer por aquilo que você ama, você faz de tudo para alcançar aquele objetivo, sentimento complicado, maravilhoso, indecifrável, que tem que ser conquistado e se quebrado? Shii..
O cabelo cai junto com as lágrimas que escorrem pelo corpo cortando de fora a fora e marcando cicatrizes por ela passa, brota um choro que vem de dentro da alma, você não esconde e muito menos desfarça, tudo muda, não faz sentido, é inaceitável, a gente sede fácil e cai de novo nessa armadilha inevitável que todos vivemos, erramos e nunca aprendemos. Infelizmente?
Sofrer faz parte.
Quero isso amor antigo, filmes em cinemas onde comiam batata frita, aquele beijinho no escuro seguido de risadas.
Ser poeta é a razão de tudo ou o sentido é o amor em sua essência? Se a razão é entender o amor dos poetas, não há razão mais para amar quando se descobre o amor dos poetas. Em sua essência, cujo amor é conflitante e faz o poeta sonhar, então que se experimente o amor de Don Juan ou de 007 que cada missão possui uma musa. Mas se o poeta, em sua totalidade, assume que a razão não é ser poeta e sim amar, este sim descobre que a essência do amor está embutido em ser poeta e não amar por amar.
É amigo. É cúmplice. É companheiro. É amor. É paixão. É desejo. É saudade. É cura. É o calor no frio. É a diversão preferida. É o motivo dos sorrisos. É a mão que me leva. É o fechar dos olhos e a certeza do sonhar. É o abrir dos olhos e a certeza da realidade.É ELE!
Esconde-Esconde
Ai me perguntaram: Você acredita no Amor? No que eu respondi: Acredito nele e ele em mim, mas vivemos em um eterno esconde-esconde, pois toda vez que o procuro, eu me perco um pouco e toda vez que ele me encontra eu me acho ainda que momentaneamente. E foi observando a lógica dessa brincadeira que eu parei de procurá-lo, não quero mais me perder, eu sei que se eu não dificultar as coisas, se eu não inventar de me esconder nos lugares mais difíceis, ele irá me encontrar, tão desprevenido quanto da primeira vez.
“Sangrando”
Eu sei...
o meu amor por ti
foi insensato!
Foi labiríntico,
mórbido e,
por vezes, imaturo.
Intenso, quis tudo de ti
a todo custo,
a toda prova.
Indeciso, armou-se de espinhos
e se escondeu nas sombras...
(bem longe dos teus beijos).
Perdido, deu voltas em si mesmo,
buscando uma saída,
mas sentiu-se tão inseguro
que preferiu a partida.
(Não, eu não te contei,
mas me doeu muito te perder).
Doeu
como dói a ferida aberta,
um soco no nariz,
um corte profundo no pulso,
um objeto pontiagudo nos olhos.
Doeu
como dói a morte de um sonho
nascido prematuramente.