O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar
Reduzir o neoliberalismo ao patriarcado é uma simplificação excessiva que ignora sua complexidade histórica, econômica e social.
Será que ao usar o termo "masculinidades", não estamos apenas criando mais uma categorização, quando, na verdade, o foco deveria ser na liberdade de cada indivíduo ser quem realmente é, sem precisar se encaixar em padrões de gênero?
Vergonha como sintoma da vaidade, revela um narcisismo oculto na busca constante por aprovação do outro.
A escola tem abandonado a formação humanista e crítica, cedendo ao pragmatismo do mercado e negligenciando a educação moral.
O capitalismo nos faz crer que tempo é dinheiro, mas não podemos esquecer que o tempo, por si só, já é nossa maior riqueza.
Tendemos a relativizar ou ignorar problemas até que atinjam nossos entes queridos. Se a irmã ou filha é assediada, levamos a sério; se o filho é acusado, a mulher vira golpista.
Minimizamos ou até invertemos a narrativa, revelando que, por vezes, nossa empatia e contextualização são seletivas.
Para evitar seletividade nos julgamentos, são necessários senso crítico, boa vontade, disciplina e exercício diário.
Teorias progressistas da psicologia e da pedagogia propuseram limitar a voz dos pais e ampliar a dos filhos. Agora, diante dos vendavais contemporâneos que assolam a nova geração, a culpa é só dos pais?
A inquietação feminina pesa sobre os homens dedicados, que travam uma batalha sem fim para satisfazê-las, enquanto os indiferentes seguem leves, alheios a esse fardo.