Nunca me Levou a Serio

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Nunca tive infância. Fui lançado à pressa do mundo, obrigado a crescer antes de compreender a vida, envelheci de dentro para fora. Sonhei com uma infância que nunca existiu, um abrigo inventado para suportar a ausência do que jamais vivi. Cresci depressa demais, e no lugar dos risos ficaram apenas os ecos de um tempo que nunca foi meu.

Já caminhei sem fé, mas nunca sem destino.

Depois da cachoeira, tudo mudou em mim, ainda que eu nunca tenha decidido mudar.

Já vivi no escuro, mas nunca sem luz, pois a minha luz sempre foi Cristo.

Já perdi o rumo, mas nunca a esperança.

Fui o fim de muitos ciclos, mas nunca deixei de ser começo.

A dor me ensinou o que o conforto nunca ensinaria.

Já perdi o norte, mas nunca perdi a fé.

Já caminhei com medo, mas nunca parei.

Fui promessa adiada, mas nunca esquecida.

A fé é o abrigo que o medo nunca invade.

Fui ferido, marcado pelas dores da vida, mas nunca abandonei a fé na cura, cada cicatriz se tornou lembrete de que é possível renascer.

Da dor nascem as frases mais belas e, junto delas, os pensamentos que nunca se aquietam.

Perder ensina a condição humana,aprendi a ser, a humanidade é lição que nunca cessa.

A saudade é um animal faminto que nunca se sacia.

Meu riso foi recolhido por mãos que nunca souberam o calor.

Exausto ou não, a força me encontra no único abraço que nunca afrouxa o aperto e jamais permite a queda.

Sou o sentinela e o prisioneiro de uma guerra que nunca cessa. No tribunal noturno da mente, cada lembrança esquecida retorna como testemunha hostil, expondo minhas feridas com uma precisão cruel. O silêncio, esse juiz disfarçado de paz, sentencia-me a reviver o que tentei enterrar. Quando os pensamentos se libertam, tornam-se lâminas: cortam sem aviso, rasgam o que o tempo tentou cicatrizar. A sombra, paciente, estende sua mão, prometendo descanso em troca da rendição. Mas há em mim uma centelha teimosa, um lampejo que recusa a dissolução. Assim sigo, numa vigília interminável, onde a lucidez é tanto escudo quanto lâmina. Cada instante é um duelo, e cada suspiro, um veredito suspenso entre a luz que sangra e a escuridão que observa.

A exaustão mental é o reflexo de um espírito que lutou em batalhas que nunca deveriam ter sido suas.

A tragédia íntima nunca é fotografada para a posteridade, aquele momento exato em que o peito se transforma em zona de guerra sísmica, onde o coração não pulsa, mas sim explode em mil estilhaços contra as paredes da carne, é um espetáculo reservado apenas para o sofredor e, talvez, para a entidade maior que nos assiste do alto, as palavras que hoje soam como testemunho de vitória nasceram da gagueira desesperada de quem acreditava ter chegado ao ponto final irreversível, onde o único horizonte visível era o negrume denso da ausência total de saída, um beco escuro com a placa de "Fim da Linha" piscando incessantemente.