Noturno
A lembrança de um sorriso é como uma passagem de um corpo celeste rasgando o céu noturno. É muito belo! Mas só fica gravado na mente de quem o ver.
Por isso, quando alguém sorrir para você, retribua o sorriso... Assim ambos terão o que lembrar.
És o olhar magnífico...
o manto noturno...
a boca que desejo...
és mulher...
e muito mais que isso...
és amor...
não sou apenas sentido...
sou contrário...
loucura, verdade, ilusão...
somos um...
solitários...
temos tanto e não temos nada...
e assim se faz o nosso amor...
pois se fosse diferente não teria mágica...
sim... bençãos... rituais... magia!!!
não há chuva que não me traga lembranças de ti... tua boca... molhada... molhada boca...
e mais uma vez benção, ritual... magia!!!
estamos em todos os lugares...
estamos onde quisermos imaginar...
estamos juntos...
mesmo a não estar...
conhecemos um amor...
que transcende o tempo...
que é verdadeiro...
mas não pode ser vivido...
pois há amores...
não importa o que aconteça...
não sabemos o amanhã...
nem sabemos se o teremos...
mas não fica na dúvida...
te amo minha menina...
"Diante de todo o céu noturno, diante de uma imensidão de estrelas, você sempre será a minha favorita."
Noturno n.º 1
Pela madrugada o rádio põe em surdina
um fundo musical de filme
em meu desespero.
E a serenidade da noite, impassível,
com sua felicidade de luar e estrelas
me faz mal,
parece afrontar meu desejo impossível
e ainda me torna mais triste, mais sentimental...
Você está em todas as formas do pensamento
E no pensamento que conforma todas as coisas...
Em vão tento fugir com a música, tento evadir-me com a noite,
em vão!
Você é a música, a noite, você é tudo!
É a própria forma e o conteúdo
Da minha solidão...
Noturno
Agora, à noite, fujo às vezes
e aporto em algum bar
Como antigamente.
Marinheiro do amor, de porto em porto,
a vida como um navio, de mar em mar...
Pensei que tinha lançado ancora,
que plantara raízes,
que não partiria mais.
E de repente, desarvoraste meu destino,
e te foste
- volto a ser o antigo marinheiro -
e sozinho, preciso embebedar-me,
agora num navio encalhado,
sem mar...
O Haver
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
E nas reflexões noturnas descobri que:
“tudo que eles tem eu posso ter, mas tudo que eu tenho eles não podem ter.”
Eu posso ter a liberdade mas não tenho tempo, enquanto quem ta privado tem tempo mas não tem a liberdade
O vazio que nos preenche não sei se é algo existencial, ou subjetivo, mesmo que fosse qualquer um deles isso não importa mais quando você o sente. Você sente isso se esvaindo como o ar de um balão, mas é algo pesado, que tira seu sossêgo prendendo seu fôlego, talvez aquele balão nunca mais voe, talvez ele esteja furado ou simplesmente precise se encher de outra maneira
Pensando no acaso da vida, tudo que nos move vem da nossa vontade de conquistar algo seja tangível ou intangível, vivemos na nossa paz e envoltos a nossos próprios demônios
Sei como se sente. Essa dor. Esse ódio. Essa necessidade ardente e insuportável de vingança.
Eles alegam que é a ordem natural. Eles nasceram ricos, e nós nascemos pobres. E essa é a vontade de Deus. É a ordem natural que eles fiquem ricos, nos secando com aluguéis e impostos impagáveis.
Ele acreditava que cantar é o jeito de falar da alma. É por isso que, de pobre a estadista, todos são atraídos pela música.
Liberdade, igualdade, fraternidade, eles dizem, mas a revolução deles não vai quebrar as correntes da nossa escravidão.
Querer
Eu te quero sem me reprimir, te quero sem te importunar
Te quero sem te machucar, eu te quero sem me destruir
Eu te quero em forma de lar, não como um quarto fechado, em que a luz do sol não possa fluir
Te quero quando o sol raiar, eu também te quero quando a lua, nos por para dormir
Eu te quero desde o meu primeiro pulsar, te quero até quando minha pressão cair
Te quero poder te impressionar, da mesma maneira como sou impressionado por ti
Eu te quero como a imensidão do mar, te quero como meus sonhos de estar no Havaí
Te querer é mo viagem e eu não queria te ver partir
Eu te quero para partilhar, sem a necessidade de subtrair
Te quero para memorizar, cada momento em que eu te fizer sorrir
Eu te quero sem o medo de amar, te quero com mais vontade em dividir
Te quero ver liberta, sem que a insegurança possa nos proibir
E que o nosso querer seja eterno, sem querer recuar ou até mesmo sumir.
Sentimentos Empoeirados
Buscamos o amor em outra pessoa antes de procurá-lo em nós, seguimos outras felicidades antes de irmos atrás da nossa, colocamos a culpa em tudo menos nos nossos próprios erros, talvez o mal da humanidade seja tentar entender o mundo à fora antes de procurar entendermos a nós mesmos.
pensar em você é algo que foge da realidade
O tempo para quando tenho você em mente
Parece que os minutos congelam
Os segundos viram milênios
O toque do seu corpo me petrifica
Arrepia minha pele como um choque
Sua boca me enfeitiça
Enquanto penso apenas em beija-la
Fazer você ir a loucura com meu toque
Com o meu beijo, com a minha pegada forte
Penso que podemos ultrapassar nossos limites
Até sentir nossos corpos entrelaçados
Enquanto nós tornamos infinitos
Você me faz pensar
Que tudo de ruim acaba quando estou contigo
Enquanto você me dá um propósito para ser alguém melhor do que jamais fui,
Então eu lembro que estou apenas pensando em você.
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