Nostalgia da Infancia Perdida
Hoje me lembrei de você
E do quanto me faz falta
Das nossas brincadeiras enquanto crianças
E das histórias que contava
Agora minha vida é como um conto perdido
Uma página amassada
De um livro outrora belo
Mas que agora já está velho e usado
A alegria de acordar todas as manhãs
Te ver sorrindo e gargalhando
Ter a sensação de que estava te fazendo bem
Agora não passo de um conto perdido
Uma velha folha de carvalho que cai no outono
Seria a vida apenas uma parte da jornada?
A vontade de te encontrar é imensurável
Onde você está agora?
Sou apenas um conto perdido
Uma fábula que entristece o coração
Uma plantação com pragas
Ah, como eu queria te ter por perto
Desde quando partiu, minha vida já não é a mesma
Como te alcançarei agora?
Com quem vou disputar o melhor dos desafios?
Me sinto como um conto perdido
Há muito esquecido pelo tempo
E que as pessoas jamais poderão ler novamente
Sinto saudade das fogueiras e dos chás quentes
Das diversas aventuras percorridas pelo bosque
Dos machucados
Das dores
Da pescaria no velho rio, no verão
É como se eu fosse um conto perdido
E minh'alma já não se aquece mais
Apenas espero que um dia o destino se lembre de nós
E que a morte me acolha
Para que eu possa olhar o brilho dos seus olhos novamente
Como se fossem contos perdidos pela vida
Contos encontrados novamente
Contos que podem ser compartilhados à todos
Contos a mim e a você.
Alguns dizem que amor é o bastante
Que a afeição é divina
Dizem que o abraço acalma
E que as lágrimas são salgadas
Há quem diga que a luz gera a escuridão
Há quem faça
Há quem fez
A quem?
Me perdi em olhares
Sofri em silêncio
Me torturei sem sequer abrir a boca
Alguns dizem que isso não existe
Como podem dizer os que nunca sentiram?
Como podem falar se o que sabem fazer é julgar?
Jamais apontarei os meus dedos
Eles já não são mais roliços como um dia foram
Mesmo sabendo que o coração já não bate mais como outrora
Mesmo comendo tanto quanto uma criança
Mesmo chorando dias e noites
Ainda estamos aqui?
Te vejo em pé
Acenando para que eu possa te seguir
Dúvidas pairam sobre meu coração
A última vez que ouvi a palavra "alegria" faz tanto tempo que a própria sonoridade me soa estranho
Sempre me vi em um abismo
Infinito
Sem chão
Escuro e frio
A chuva bate em meu rosto e me faz acordar
Não há labirinto
Não há paraíso
Não há abismo
Há
Me encontro em minha respiração
Meu coração está pulsando, mesmo que não muito forte
Minhas mãos ainda se mexem, mesmo que não fervam como antes
Meus pés ainda me sustentam, mesmo que cambaleando
Percebo que não desisti
Você perde para si mesmo?
Me levanto e choro novamente
Abraço meu tronco
Olho para o alto
A vida é a única maneira de se viver por aqui
A passagem importa?
A viagem, a torta?
A folha que cai
A pedra que rola
A garota machucada
O senhor de bengala
O cão ao abanar o rabo
Não há preces para serem atendidas
Não há forças para serem supridas
Há você
Eu
Há o mundo e tudo à sua volta
O caminhar é lento e doloroso
O espírito é forte
A vontade é real
Caminhando pelo mundo
Caindo e levantando
Levando "haver" e criando
Há luz
Há cruz.
Por que não podemos fugir?
Me pergunto isso ainda traçando um plano
Muitos dizem que não podemos porque seria covardia
O que não é covardia nos tempos atuais?
Fuga
Fugir de algo não significa que você simplesmente não se importa
Fugir de algo significa que você se importa o suficiente para ter medo de lidar
A falta de sabedoria ao lidar com alguma situação ou pessoa
Isso nos faz fugir
Não é como se eu não me importasse
Na verdade me importo tanto que não sei o que fazer
É como se mil agulhas espetassem meu coração
Como se estivesse sendo esmagado por uma tonelada de ar
Como se o fardo ficasse mais pesado a cada dia
Hoje não ficarei para tomar os espólios
Hoje irei embora porque sei que a batalha foi vencida por um preço muito alto
Hoje há homens que dizem que estou fugindo, me escondendo
Mas a verdade é que apenas não sei lidar
Muito sangue foi derramado para que as coisas se acertassem
A alma e o coração já não se fazem tão presentes
Quem disse que não podemos fugir?
Quero ir para um lugar longíquo
Quero chegar tão longe que nem as lembranças poderão me alcançar novamente
Quero partir para o porto da fuga
Onde só eu e ela estaremos a salvo
Fugir é uma opção?
A fuga é apenas mais uma maneira de sobreviver nesse mundo nojento
Já não tenho mais forças para brandir minha espada
Meus braços não se levantam mais para segurar meu escudo
Eu não me lembro mais, de nada
As vezes me pego chorando e me pergunto o motivo
Algumas vezes ele aparece, outras ele apenas foge
Fuga
Já não sei para onde ir
Por mais longe que eu vá, sou perseguido pelo pior dos inimigos
Eu
Já não posso mais fugir de mim mesmo
Já não é mais seguro
Rumo à fuga
Adeus.
Acomodei-me na cadeira em frente ao computador como sempre.
Agora tocava uma seleção do Nat King Cole.
Absorvi as mensagens escritas e visuais dos meus amigos do Facebook nas suas últimas postagens..
Senti uma certa nostalgia dos tempos em que eu tinha a idade deles.
Vendo as peripécias e loucuras dos mais jovens, lembrei com saudades os meus muitos erros e dos vários acertos que me fizeram chegar aqui ainda curtindo o Nat King Cole rsss….
Instintivamente fiz um balanço rápido do que foi o meu viver, e posso dizer que pretendo continuar errando, porque ser certinho é chato, comum e dá poucas emoções.
Acho que as melhores lembranças são das aventuras.
Umas loucas.
Passando como nuvem
sem destino,
em devaneios vagando
pelo ar
Apenas em leveza,
a vida levando,
também deixando a vida
me levar
No coração,
sentimentos, palavras, melodia,
ecos que soam
gritos alegres ou nostalgia,
mas com certeza,
compondo o que percebe
em poesia
Na verdade eu nem sei quanto tempo durou, porque o que realmente importa são as memórias inesquecíveis que o meu coração guardou.
Saudade
Minha saudade tem a leveza poética de um solfejo de ninar lembranças. Tem o cheiro adocicado das memórias que como uma fruta madura pende na árvore do tempo.
Minha saudade tem a tristeza de um olhar que ficou preso nas paredes frias do tempo, de um sentimento que emudeceu antes de se transformar em voz. Minha saudade tem o silente som de quem sorriu para esconder a dor da perda, tem a cor de chumbo da ausência. Minha saudade tem a profundidade de uma lágrima enraizada no solo deserto da alma, emaranhada ao delicado fio azul da nostalgia.
Minha saudade é simples e entre tantas outras saudades tem o silêncio ensurdecedor da solidão.
No fundo, no fundo todos nós temos em um cantinho empoeirado da memória uma lembrança que a gente não quer que se apague.
Lembro-me de quando era criança
e não me preocupava com nada
além de jogar bola e ver desenhos na TV
mamãe dizia tem um cara lá em cima
ore uma vez por dia e ele vai te proteger .
Já pensou que quando você era criança todo mundo gostava de você? Não? Nunca parou pra pensar? Então pare agora.
Mesmo que sua fralda esteja cheia, ou você esteja toda suada, os adultos sempre olham pra você com um olhar meigo, um olhar amoroso e carinhoso. Sim, todos te pegam no colo quando você chora e tenta te acalmar, todos falam delicadamente com você, quando criança. E qualquer coisa que uma criança faça, como até mesmo enfiar o dedo no nariz e depois na boca é motivo de risada.
Porque ? Porque não tratarmos a todos como se fossem crianças? E eu não digo no aspecto de tirar responsabilidades ou diminuir maturidade, mas sim de tratar com amor o próximo, com respeito, de amparar quando preciso, mesmo que por coisas bobas.
Que a infância possa nos invadir sempre, e que faça dos nossos corações a inocência brotar.
Ver-te.
Desculpa sonho meu, mas já nem posso ver-te,
já não posso toca-lo, senti-lo ou ama-lo. Ver-te
é como caminhar na praia e não poder mergulhar
em suas águas, é ouvir a voz do vento e não sentir
teu frescor. Ver-te é como tocar a rosa e sentir
seu espinho a sangrar meus dedos. A ferir a alma
no impace do desejo. Mas o que sangra é o meu
peito que em meio ao deserto de ilusões ao longe
ver-te no infinito do desejo alheio, ver-te partir
sem medo. Meus olhos já não o alcança, nem o faz
voltar com meu canto e assim percebo que não
mais encanto esse ser. Pra onde foi sonho meu?
Viajou longe pra nunca mais voltar ao conto de
meu desejo.
Queria ser como um pássaro, para nas asas do vento poder voar.
E queria ser como o vento, para no céu sem limites poder soprar.
Queria ser como um peixe, para no mais profundo dos mares mergulhar.
E queria ser como o imenso mar, para nas grandes fronteiras do mundo circular.
Eu queria um dia voltar a inocência, e correr pelas ruas sem medo de errar.
E como uma criancinha boba, sem saber dos desafios que poderiam me encontrar.
Eu queria voltar ao passado, e como quem hoje sou ir para me encontrar.
E para mim um alerta levar, "o mundo é perigoso mas não chores, pois em tudo vai suportar."
Há dias em que volto ao meu estado fetal: quero apenas ficar encolhidinha no escuro tranqüilo desse útero acolhedor e protetor.
A impermanência de certas coisas e a permanência de outras, é um algoz que nos desperta os sentidos e nos transporta pela vida.
Fim de tarde e você escuta ao fundo o pregoeiro do conserto de panelas e frigideiras, e mais adiante Pamonhas de Piracicaba !
Quanta nostalgia !
A caminho do trabalho, fumando um cigarro
vi um senhor tamborilando em uma grade
Lembrei de mim mesmo quando pequeno
O hábito de dedilhar os portões sempre me acompanhava,
algo que me fazia imensamente alegre.
Hoje batuco um cigarro em quanto caminho,
e a vida me leva para frente e para trás no inspirar e expirar de fumaça e lembranças
Deixei de dedilhar portões mas não deixei de ser feliz afinal
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