Nosso Amor So Aumenta
Ele é flor, é cravo, é campo florido. Brota na flora o amor. É aroma que não perde o cheiro e tem sabor. Um reino que coroa flores, céu de pétalas,
botão de cores. Florir onde semeia e planta em toda jardineira. É girassol que sorrir para o sol com mistério de cacto que desabrocha em noite de lua. Ele é rua de jardim, a melhor escolha, buquê de sonhos e tem alma de trevo com quatro folhas.
Coloque seu sorriso mais doce no rosto, vista sua alma de amor, deixe seu espírito se contagiar com o que te faz bem. Esqueça por hoje àqueles que não sabem amar e faça o amor ser o seu maior presente porque foi Deus quem te presenteou.
Eu quero ter a raiz do amor que arvorece frutos doces. Que derrama o néctar sagrado dos sentidos. Eu quero fazer brotar flores nas relações da vida. Exalando o desejo de quem florir. Eu quero fazer tudo florar um jardim. Acho que tem flor dentro de mim.
Amor, o paradoxo da humanidade. Palavra religiosa de salvação. Projetado em algo ou alguém de forma particular passível da falsa sensação de reciprocidade. Busca incessante de realização e felicidade. Expectativa que sentencia, julga e condena o amado. Tribunal dos "vencedores", dos donos da "razão", do controle em desequilíbrio, ilusões no palco da vida. O desejo de ser amado como a quem manobra um fantoche. Moldar, controlar, manipular...
Amor, estado pleno e incondicional de amar sem esperar nada em troca. Servir e servir por sentir amar tudo. Tudo é amor. Desconstruir os muros e barreiras emocionais, fazer o lado dentro ser o lado de fora e assim vice-versa. Saber usar a razão de que tudo é o que tem que ser. O amor é o ato revolucionário de amar e só amar. Nada além disso. Amar verdadeiramente tudo para que nada seja desamor.
Não economizo amor, invisto. Não engulo amor, respiro. Não grito amor, silencio. Não guardo amor, demonstro. Não divido amor, unifico. Não nego amor, declaro. Não desprezo amor, abrigo. Não verbalizo amor, pratico. Não subtraio amor, multiplico. Não prendo amor, liberto. Não julgo amor, aceito. Não torturo amor, sinto. Não soletro amor, poetizo. Não espero amor, faço. Não cobro amor, eu amo.
Aprendizados da vida:
Se falamos de amor e vivemos dissimulando contra o próximo, nos distanciamos das leis divinas. Não amamos nem a nós mesmos.
Se praticamos o mal e não nos ressentimos do que fizemos, não conhecemos o bem. A colheita é obrigatória.
Se proferimos fofocas errôneas contra alguém, estamos propagando nosso próprio veneno. Tudo que vai, volta.
Se prometemos algo e não cumprimos, não honramos nossas palavras. Cada um só dá o que tem.
Se queremos o que é do outro, perdemos tudo que temos. Porque não estamos vivendo nossa própria vida. As vezes é preciso se perder para se encontrar.
Se não nos responsabilizamos pelo que fazemos e estamos sempre buscando culpados pelos nossos erros, somos egoístas. Quem vive no eu, vive em sofrimento.
Se não assumimos nossos atos e estamos sempre querendo culpar outras pessoas, a vida nos ensina. Não precisamos pedir as contas a ninguém, a vida é uma exímia prestadora de contas.
E após tudo isso, se a gente se faz de vítima, na lei de causa e efeito somos os únicos responsáveis pelas nossas escolhas. Estamos aonde a gente se coloca.
Não temos como amar se não praticamos o amor. Não temos como fazer o bem, se somos coniventes com o mal. Não temos como emanar positividade se alimentamos a negatividade. Não temos como sermos conscientes, se não nos responsabilizamos pelos nossos atos, muito menos se não honramos o que somos.
Eis a consciência! O balanço leve vai e vem tranquilo quando não pesa.
#danileao
AMOR & POESIA (soneto)
Cuidei que o afeto voasse
Pelo céu do cerrado afora
E para versar então agora
Inundei o senso de enlace
Perdido no diluvio da hora
E para que tudo não passe
De uma ilusão sem classe
Trovei paixão para aurora
Porém, insoniava, malfada
A vil opressão que só trazia
Incerteza no peito sufocada
E, assim, que alvorou o dia
Afago embalou a madrugada:
E aninei com amor a poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 04’15” – Cerrado goiano
ESTÁ A AMAR (soneto)
O amor não é somente
Uma poesia a se compor
São versos dum sedutor
No coração em semente
Cresce no desejo, é sabor
Mais que o simplesmente
Que o propósito da gente
Mais que ser um rimador
Tem na trova algo maior
Que a rima nunca mente
E o cheiro de prosa no ar
Na inspiração cortês vetor
Uma composição diferente
Ao poeta que está a amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 16’24” – Cerrado mineiro
[...]saudade é a poesia do tempo... que nos versos de amor, compôs melodia em nossa vida... e que agora o silêncio é quem recita nas nossas lembranças.
Nada sei...
Somos sempre aprendizes
ao amor bendizei,
pois com ele seremos felizes...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11/06/2016 - Cerrado goiano
UM AMOR CERRADO (soneto)
Cala-se o triste olhar. Anina o sentimento
E a deslizar pelo rosto mudo, a dor vencida
No exilio tão áspero dum vazio sentimento
Em uma lágrima de choro e de cor abatida
O horizonte se põe, nublado, suspira o vento
Algente, as sensações estão assim de partida
Pura! Frutificando na paz o ardente sofrimento
E a alma incrédula, ainda, não está convencida
Das gotas do pranto, abrasador as lembranças
E pela saudade a sofrência em estreitas tranças
Amarra o peito, apouca, e pelo clamor escorre
E sob o pesar tão cavado e magro, que tortura
Do sonho e as privações dos planos, - fulgura,
A dor, do derradeiro amor que cerra. E morre.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/07/2020, 06’45” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando