Nosso Amor como o Canto dos Passaros
SEM ESSÊNCIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Muitos não nascem para evoluir como pessoas, mesmo depois de crescerem tanto em tamanho, idade, profissão. Passam pelos vinte ou trinta, os quarenta ou setenta, como se o tempo jamais passasse. Ganham muito dinheiro, fundam empresas, fazem faculdade, mestrado, e no fim das contas não fizeram nada pela própria essência.
São grandes nomes, mas não propriamente grandes homens ou mulheres. Têm extensos currículos e saberes, mas quase ou nenhuma sabedoria. Seus corpos amadurecem, as rugas fazem propaganda enganosa de vivências relevantes, e no entanto, as mentalidades desmentem... as atitudes cotidianas derrubam tudo, e o que sai de suas bocas é um verdadeiro desastre... nada se aproveita.
Uma gente que apenas nasce, estica, incha... ganha músculos, estatura, beleza plástica. Torna-se placa de quem é, tentando expôr quem jamais será. Tem corpo de adulto, gente grande, mas o cérebro é de... "BBB".
Uma mulher tem direito a não depilar as axilas? Com certeza. Assim como eu tenho direito a achar isso nojento.
Dizer que a discriminação é legítima na esfera social, compreender o exercício do preconceito como um "direito", e não como uma patologia social a ser combatida, é o resultado da tese equivocada de que a liberdade baseia-se na possibilidade de afirmação individual de interesses e escolhas.
Tempos fáceis como nunca antes vistos e pessoas tão fracas que as farmácias acabaram por se tornar as novas igrejas.
A coisa obscura e inexplicada é vista como mais importante do que a clara e explicada.
O cético gostaria de sofrer, como o resto dos homens, pelas quimeras que fazem viver. Não consegue: é um mártir do bom-senso.
Se a História tivesse uma finalidade, como seria lamentável o destino daqueles que, como nós, nada fizeram na vida. Mas no meio do absurdo geral, nos erguemos triunfantes, nulidades ineficazes, canalhas orgulhosos de haver tido razão.
O segredo de minha adaptação à vida? Mudei de desespero como quem muda de camisa.
Cada um com sua loucura: a minha foi julgar-me normal, perigosamente normal. E como me parecia que os outros estavam loucos, acabei ficando com medo, medo deles e, o que é pior, medo de mim mesmo.
O imaginário é uma ficção coletiva vivida como uma realidade objetiva.
Querer é essencialmente sofrer, e como o viver é querer, toda a existência é essencialmente dor.
Depois de haver meditado longamente sobre a essência da música, recomendo o gozo dessa arte como a mais deliciosa de todas.
Se refletirmos sobre como a miséria e os infortúnios são geralmente necessários para a nossa libertação, reconheceremos que deveríamos invejar menos a felicidade do que a desgraça dos nossos semelhantes.
Se encontrarmos em alguém um grande valor real, devemos esconder-lhe a nossa descoberta como se fosse um crime.
Os governos fazem leis, mas se elas são cumpridas, e como a polícia se comporta, depende do temperamento geral do país.
Implacáveis, os filósofos são “duros”, como os poetas, como todos aqueles que têm algo a dizer.
Entregue a si mesma, cada vida fica em si mesma, vazia, sem ter o que fazer. E como precisa se preencher com algo, finge frivolamente, dedica-se a ocupações falsas, que nada impõem de íntimo e sincero.
O vigor intelectual de um homem, como o de uma ciência, se mede pela dose de ceticismo, de dúvida que é capaz de digerir, de assimilar.
Como é possível viver surdo às derradeiras, às dramáticas perguntas? De onde vem o mundo, para onde vai?
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