Nosso Amor como o Canto dos Passaros
Há quem vista os títulos como se fossem troféus, sem compreender que não lhes foram dados para se servirem, mas para servirem os outros. Confundem o cargo com uma coroa, quando, na verdade, é apenas uma ferramenta, um meio para fazer o bem. O brilho que procuram não vem das insígnias que ostentam, mas do impacto das suas ações. Só que, por vezes, é mais fácil esconder-se atrás de um título do que fazer com que ele valha algo de verdade.
São pobres de espírito porque não percebem que o valor de estar num lugar importante está no que se faz com ele, não no que ele aparenta ser. E mais pobres ainda são os que os validam nessa ilusão, desejando ocupar os mesmos espaços pela mesma razão – não para servir, mas para alimentar o ego. É um ciclo que não traz mudança, que embrutece em vez de polir.
No fundo, a grandeza não se mede pelas insígnias que carregamos, mas pela simplicidade e verdade com que desempenhamos cada função. O verdadeiro poder está na capacidade de servir sem esperar nada em troca, de fazer brilhar o que é essencial, e não o que reluz por fora. Quando se entende isso, descobre-se que o único caminho que nos engrandece é o da entrega, sem precisar de reconhecimento ou de adornos.
Como eu sempre quis ter um amigo, eu achei que não poderia deixar aquela oportunidade escapar.
Eu e você vivemos em mundos completamente diferentes. Alguém como eu nem deveria tentar conversar com você.
A seca
tornava o rio vazio
como vazios ficavam os dias
de borrasca
aqui dentro
melancólicos espaços
da humana nevasca.
CERRADO GOIANO (soneto)
Como acho encantado o cerrado goiano
tricotado de fascínio, fico espantado!
Dum chão e dum horizonte arregalado
Em um plural enredo - anelado e plano
De diversidade, se veste, aparato insano
tem tempero, cheiro, tom, um arestado
sentimento no considerar, tão elevado
também, um estio impiedoso e tirano
Alegórico! Magnetiza tudo e tudo entoa
seus arbustos tortos cheios de sedução
e teus cantos, tantos, na vastidão ecoa
Os elogios são vãos, a tanta relevância
sua atração alicia, ó poesia e canção...
Tu cerrado goiano é fecunda estância!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/10/2024, 16’20” – cerrado goiano
Não pertencermos a esse lugar
Não consegue notar?
Não saberia como te contar
Mas não pertencermos a esse lugar
Que a história se teça como um fio de luz,
Que cada palavra seja um sussurro suave,
Um eco de emoções que o tempo seduz.
Que as almas se entrelacem nas páginas escritas,
Como flores que dançam ao vento da brisa,
Cada dor, cada riso, uma melodia bendita,
Que ressoe no peito, em cada premissa.
Contemos de amores que ardem como estrelas,
De sonhos que brilham na escuridão,
Das lutas travadas nas batalhas mais belas,
E das lágrimas que regam o solo da nação.
Assim, ao contar, humanizamos a vida.
Transformamos a dor em beleza nessa terra querida.
E ao falar ao coração, a essência é sentida,
Pois na história do outro, e da vida, reside o amor.
Vivi o mundo como uma injustiça porque eu não tinha escolhido ser o que era.
"Assim como o agricultor depende das estações, a empresa depende de uma gestão estratégica que mitigue riscos e proteja o ecossistema corporativo."
Rafael Serradura, 2024
O olhar preso
ao futuro,
ao amanhã
as certezas derramando
como um copo de água
na toalha
escorre a vida pelo chão
invade ruas, casas, corações
e o sorriso da moça da janela,
mas lá está a árvore
sob as suas sombras
gotejam dores
em almas verdes
de porvires incertos.
Abraçar mais!
Já tomei um choque que sinceramente não sei como não morri. Se fosse hoje, mais velha, certamente teria um ataque cardíaco. Dizer "meus sentimentos" é bem-vindo, mas realmente no momento da dor não existem justificativas. As vezes sentar em silêncio ao lado poderá ser a melhor conversa. E dar um abraço. Ah... um abraço... tem poder de cura!
#bysissym
A calma na alma é como um rio sereno em meio ao caos, trazendo paz e confiança no tempo certo. Ela nos permite encontrar respostas no silêncio, ver as preocupações passarem e nos lembrar que, com tranquilidade interior, sempre estaremos no caminho certo.
Buscando meios de expressar como vejo ou olho o mundo? A vida? Não vejo ou olho! Presto atenção, faz mais sentido.
Sinto como se estivesse flutuando em um vazio sem fim. Cada dia parece uma repetição do anterior, e a sensação de que nada importa me consome. As coisas que costumavam trazer alegria parecem distantes, como se pertencessem a outra vida. A falta de motivação é uma sombra constante, e me pergunto se há algum propósito nesse mar de indiferença. O que me resta quando a esperança se esvai?
Jeito de Amar
Meu jeito de amar é brisa leve,
Ingênuo como quem sonha e acredita.
Sorrio fácil para quem faz o coração florescer,
E dou valor a quem, sem pedir, me faz querer viver.
Gosto de ajudar, de ser porto e abrigo,
Mas, nas tempestades, prefiro navegar sozinha comigo.
Não é falta de confiança ou querer me afastar,
Só aprendi que minha cura mora onde posso me encontrar.
Meus olhos dizem tanto,
No brilho ou na névoa, revelam meu encanto.
E se o silêncio em mim fizer morada,
Saiba que é no ruído interno que minha alma é encontrada.
Meu amor é simples, mas não é pequeno,
É feito de gestos e olhares serenos.
Amo assim, sem pressa e sem exigir,
Pois no fim, o que importa é apenas sorrir.
SimoneCruvinel
Quando o homem assume a aceitação como norte de suas ações e desejos, ela deixa de exitir como um ser pessoal para agir como um sujeito social, com o seu individual irrelevante.
Quando preocupo-me como o outro irá se comportar, eu esqueço que ele pode não querer ou estar interessado em me agradar, portanto, age conforme seus desejos e quanto a mim, nada poderei fazer para mudar.
