Nossa Amizade foi Boa Emquanto Durou
No seu pior, eu fui teu melhor. No meu pior, você me virou as costas.
Foi exatamente assim.
Sem floreio, sem meias palavras.
Eu sangrei por você. Eu calei minhas dores pra suportar as suas.
Eu fui abrigo quando tua casa desabou.
Fui braço quando o mundo te deixou fraco.
Fui colo quando ninguém mais quis ficar.
Mas quando o temporal veio pra mim...
você desapareceu.
Nem chuva, nem lágrima tua.
Só silêncio. Só ausência.
E uma desculpa mal dada qualquer.
É assim que a vida revela os falsos —
nos extremos.
Nos dias em que a alma grita e ninguém responde.
No fundo do poço, quem te segura é quem te ama.
E você não me segurou.
Hoje eu não te odeio.
Só não te espero mais.
✒️ Purificação
Eu amo o Cristo Nazareno, porque ele foi radical, ele vivia em aventuras, vivia no risco, admiro muito ele, nada o segurava, era destemido, os líderes dos templos e das sinagogas o temiam, os romanos o respeitavam, ele é o cara que eu gostaria de estar perto.
ENQUANTO ESPERO
Enquanto espero acontecer,
não sou espera,
sou intervalo entre o que não foi
e o que talvez.
Movo-me em silêncio,
como raiz que rasga a pedra
sem urgência,
sem alarde.
Derramo, sem intenção,
a febre dos meus ais,
como quem deixa escorrer
uma ausência antiga.
Mas há nisso algo que arde
sem consumir,
uma sombra que não escurece.
Vejo sem ver,
e, às vezes, sei.
Não porque me foi dito,
mas porque algo em mim
parece lembrar do que nunca soube.
Não caminho para chegar,
nem permaneço por abrigo.
Sou levado por algo que não escolhi,
mas consenti,
como quem ouve um chamado
sem saber de onde vem,
mas reconhece o tom.
E nisso,
como quem pressente sem saber,
na fidelidade que não cede,
este ser que se suporta e se recolhe
abriga, em silêncio,
um tempo que ainda não veio.
Porque é assim,
enquanto espero,
que me preparo
para, um dia,
ainda poder ir além.
É verão de dezembro. O sol foi tão gentil, enquanto eu buscava as palavras de alguns versos. Estes que mexiam com a minha inquietude, que não doma esse mundo selvagem lá fora, mas é o suficiente para me fazer vagante.
Os mortos nada sabem.
Sua memória foi entregue ao esquecimento —
diz a Escritura.
E quem somos nós para discordar?
No silêncio do cosmos, onde as galáxias se afastam uma das outras como ilhas que se recusam a olhar para trás, há algo mais do que matemática.
Há o rastro invisível dos que partiram,
não como almas flutuando em paz,
mas como o frio que fica depois do fogo.
A energia escura — essa força que ninguém vê, mas que empurra o universo para além de si —
não é viva, nem pensante.
Ela é o testemunho do que foi.
É o lamento que não se ouve.
É a sombra do esquecimento.
Nada nela pulsa.
Nada nela deseja.
Ela apenas está.
Como os mortos.
E por mais que pensemos que o universo cresce,
na verdade ele se afasta.
Foge.
Se alonga para escapar daquilo que não consegue mais sustentar:
a presença da ausência.
O fim da memória é mais pesado que qualquer buraco negro.
E é esse peso,
esse nada,
que faz tudo se mover.
No fim, talvez o universo inteiro seja só isso:
um grande cemitério de luzes antigas,
sendo empurradas pelos mortos que já não sabem de si,
mas ainda forçam o espaço a nunca mais ser o mesmo."**
Borboleta que agora voa,
foi lagarta no meu jardim.
E comeu folhas, flor e fruto,
hoje se afasta de mim.
Aprender a conviver com os meus demônios foi uma forma de evitar que os meus anjos me abandonassem.
Inevitáveis aqueles momentos de reflexão: segundos feitos pra quem sabe que desistir nunca foi uma opção.
Em meio à calmaria, depois da tempestade, ler foi como uma dose de remédio; loucura maior tornar-me tão seu, sem me esquecer do meu eu. Compartilhar o mundo a sua volta cai tão bem quanto uma poesia que nunca termina. Então nos damos conta de que não é a velocidade do vento que passa, mas a direção que toma.
Relatos de um leão 🦁
Um dia eu fui um leão
Seu dourado amanhecer
Não sei se o amor foi em vão
É que caiu noite por escurecer
A luz dos teus olhos clarão
Não brilhava sobre minha juba ao entardecer
Já não quero ser Leão
Posso ser Sol para te aquecer?
Jamais esqueça desse amor
Foi tudo que tinha pra você
Meu amor teu sabor nosso calor
Amor quente nunca clichê
Queria te entregar tudo sem pudor
Pena não querer esse romance em turnê
Marcelo Di Troia
Você não caiu hoje.
Você foi cedendo um pouco todo dia.
Chamou vaidade de autoestima, cobiça de oração.
Cobriu adultério com a palavra “fragilidade”.
E agora quer que o céu restaure o que o ego destruiu.
Mas o céu só reconstrói o que o orgulho deixa morrer.
Sangue no chão nunca foi sinal de derrota.
É sementeira.
A vida nos ensina:
O que parece fim é começo.
O que dói, fortalece.
O que sangra, renasce.
Cada luta, cada queda, cada ferida aberta no asfalto da existência...
Não é marca da morte, mas raiz da resistência.
É do chão manchado que brota a revolução.
É da dor regada que nasce a revolução.
Essa abordagem transforma a dor em poesia visual, alinhada ao espírito de resiliência que a frase propõe.
Nenhuma religião foi — ou é — capaz de produzir provas claras e convincentes de sua instituição divina. O que elas apresentam como provas? Prodígios, milagres e a ideia de revelação. Ora, esses elementos estão presentes em todas as religiões. Se uma delas é falsa, todas o serão também, na medida em que todas, sendo diferentes e exclusivas, reivindicam o mesmo tipo de fundamento. Assim, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó não é mais verdadeiro do que os deuses dos gregos e romanos.
Hoje nos despedimos de um profissional extraordinário.
Sua contribuição foi inestimável para a SMED.
Boa sorte em sua nova jornada, Marco!
"O Diabo não é mau; ele apenas é quem foi criado para ser. Afinal, quem o criou já sabia o que ele se tornaria."
- Relacionados
- Textos de amizade para honrar quem está sempre do seu lado
- Versos de Amizade
- Frases de Amizade
- 72 frases de amigos que reforçam o valor da amizade
- Mensagens de amizade para valorizar e celebrar quem sempre está ao seu lado
- Frases de carinho e amizade para expressar gratidão e afeto
- Cartas de Amizade
