Neve
Eu amo o seu amor, independente do mal que me faça.
Porque o seu amor é tão frio quanto o fogo;
Tão belo quanto o mar;
Tão puro quanto a neve;
Tão real quanto meu.
Seu amor é tão gélido que queima,
Tão doce que amarga,
Tão puro que instiga,
Tão verdadeiro que emociona.
Seu amor é como um floco de neve,
mesmo sendo frio, nos aquece por dentro,
mesmo sendo passageiro, fica na memória,
mesmo sendo pequeno, tem um efeito enorme,
mesmo sendo branco, colore nossos dias.
Você é tão branco quanto um floco de neve,
pois assim como ele, tudo tem dentro de você e nada ao mesmo tempo.
O branco representa a paz
representa a calma
representa o espírito
e representa a pureza.
Mas seu branco é único.
Ele representa tudo.
Pois é no branco que podemos adicionar todas as cores.
Sabe porque minha cor preferida é o branco?
Porque diferente do azul que só será azul,
do vermelho que só será vermelho,
do amarelo que só será amarelo,
ou do preto que só será o preto,
O branco pode ser o branco, mas também pode ser azul. Ou vermelho. Ou amarelo. Ou preto.
O branco pode ser o que quiser. Pois o branco é vazio e instigante.
O branco pode te mostrar nada e tudo
A esperança ou o desespero,
A pureza ou a indiferença,
A Frieza ou a ternura,
O amor ou a solidão.
E assim como o branco, seu amor pode demonstrar tudo isso em questão de segundos. Seu amor é branco. Seu amor é Frio. Seu amor é Rápido. Seu amor é gélido. Seu amor é cálido. Seu amor é puro. Seu amor é escorregadio. Mas acima de tudo, ele é perfeito.
Como um floco de neve.
Mas era a solidão que a matava. Tinha dias em que só queria falar com alguém. Em vez disso, repetiu as mesmas memórias em sua mente, acrescentando novos detalhes, mudando alguns, tentando manter unidas as peças do seu passado.
Desde o início dos tempos, contos de fadas de Natal incluem um boneco de neve ganhando vida, destinado a levar sua magia à pessoa certa.
Não importa quanto tempo dure, o quão fugaz seja. Só quero aproveitar ao máximo enquanto está aqui.
Eles dançaram durante o dia
E noite adentro através da neve que varreu o corredor
Do inverno ao verão, e em seguida, o inverno novamente
Até as muralhas de fato desmoronarem e caírem
Surge então uma linda noite... Daquelas noites de madrugadas cor de neve,
O sol mantém-se coberto, mas ta vindo
com seu sorriso lindo ao me acordar.
Porque amanhã sem dúvidas vou te amar.
O garotinho Hannibal morreu em 1945 lá na neve, tentando salvar a sua irmã. Seu coração morreu com Mischa. O que ele é agora? Ainda não existe uma palavra para isto. Por falta de uma palavra melhor, o chamaremos de monstro.
A CASA
É um chalé com alpendre, forrado de hera. Na sala, tem uma gravura de Natal com neve. Não tem lugar pra esta casa em ruas que se conhecem. Mas afirmo que tem janelas, claridade de lâmpada atravessando o vidro, um noivo que ronda a casa — esta que parece sombria — e uma noiva lá dentro que sou eu. É uma casa de esquina, indestrutível. Moro nela quando lembro, quando quero acendo o fogo, as torneiras jorram, eu fico esperando o noivo, na minha casa aquecida. Não fica em bairro esta casa infensa à demolição. Fica num modo tristonho de certos entardeceres, quando o que um corpo deseja é outro corpo pra escavar. Uma ideia de exílio e túnel.
(Extraído do livro em PDF: O coração disparado [recurso eletrônico] / Adélia Prado. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2013. recurso digital – Página 10)
SOMBRAS D'ALMA.....
Quando você está caminhando...
Completamente sem rumo, na neve...
E o frio te consome...
Qualquer coisa serve pr'aquecer...
Gravetos pra fogueira, luvas furadas...
Ou até mesmo um casaco velho, e pequeno demais.
Mas quando este glacial frio parte de dentro pra fora...
É quando tomamos conhecimento, como a noturna neblina que desvela a lua prateada...
A iluminar o nortiador caminho, de que temos alma e coração...
E esta alma juntamente com seu emérito coração, precisa de mais...
D'um calor que não se acende à aquecer com sol...
Casacos ou cachecóis ...
Mas sim pelo insubstituível calor humano...
E somente pelo amor, do calor humano!