Neurose
Faz-me sua marionete
Você me controla
Dar-lhe-ei a minha cruzeta para que preenchas o meu vazio
Só então sentirei algo
Só então saberei que estou vivo
O fogo e o choro
A chuva e a angustia
Dissipado num espelho
No qual eu não me reconheço
Não mais
Nunca mais
À minha frente, eu vejo as nuvens carregadas
Elas anunciam o final dos tempos
A náusea e o erro
O eterno retorno
Nós não somos
Nós nunca seremos
Dois corpos
Ligados por polos distintos
Diferença substancial
Nós não somos
Nós nunca seremos
Então...
Empunhe o machado
Crave-o no animal de duas costas
Assista-o definhar
Sangrando as verdades que eu preferi ignorar
Submerja
Vá mais fundo
Ache a resposta
No mais profundo oceano
No centro da cidade
Então perceba
Você está sozinho
Novamente
Novamente ...
Voltando ao casulo
asas semi-abertas
meios nulos
vergonhas incertas
Um medo prisioneiro
de correntes maciças
um desejo lisonjeiro
de livrar-se da liberdade postiça
Tem seus costumes
e manias particulares
sua ansiedade se resume
em tiques singulares
Dias de aceitação
vive o momento
Noites de negação
tortura-se com pensamentos
Impulsiva
sentimental
meio maníaca
um tanto irracional
Saber controlar
seus próprios limites
saber enfrentar
suas neuroses neuríticas
Em cada parte da minha casa há pedaços flutuantes do que me compõe, ao sair, unifico em mim cada objeto que me decora, formando-me na neurose ambulante que a vizinha ver passar.
"Os Vampiros Emocionais são pessoas que possuem características que os psicólogos chamam de distúrbios da personalidade.
Na pós-graduação, aprendi essa diferença básica: quando as pessoas enlouquecem a si mesmas, têm neuroses ou psicoses. Quando levam os outros à loucura, têm distúrbios da personalidade." (Livro "Vampiros Emocionais")
Tem gente que julga a moça que vende o próprio corpo, porém vive prostituindo seus sentimentos por amores rasos e de pouco retorno.
Bom dia, neurose!
Todos os dias é a mesma coisa: ela acordou, pensou em você, te desejou bom dia, quis saber como você está, se fez presente — mesmo ausente. Te desejou!
Desejou teu corpo, teu beijo, teu cheiro, o toque das tuas mãos, a tua respiração. Desejou você sobre ela, teu peito contra o dela. Ela te desejou... Desejou você dentro dela!
Entre poemas, distâncias e realidade é onde mora o desejo dela — e a saudade.
O coração acelera, bate, mas também apanha. Ela é fogo, é arte, é mulher. E por você, ela toda é paixão. Talvez passe... ou talvez não.
Ela faz da tua existência, poesia e inspiração. Escreveria todos os dias, detalhes teus, só com o poder da imaginação. Porque teu sorriso é de um encantador menino — e todo o resto vira entrelinhas, onde ela passearia por dias e dias, lendo por inteiro com a língua, todo o teu corpo nu.
Fazer o longe virar perto, manter o fogo aceso sem o sopro de ar dos pulmões... Ela pede ajuda ao vento e ao tempo, porque ainda precisa esperar: um inverno, um junho, julho... novembro. Mais uma estação, mais um verão!
Ela só espera que você continue sendo a pessoa incrível, inteligente, tranquila, sagaz — e que permaneça sendo esse cara GOSTOSO que, ela de quatro, sinta vontade de olhar para trás.
Você é utopia.
Ela te deseja.
Não por posse, mas por entrega.
Não por controle, mas por rendição.
Quer ser tua.
E, por você, ela sempre vai terminar pelo começo — até que o início desse desejo não esteja mais tão geograficamente distante e não dependa de avião.
Natal, 1º de junho de 2025.
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