Nem tudo que parece é
Ela parece imperturbável. Tem o olhar de uma mulher que pode compreender e perdoar tudo. Seu rosto é como um mar calmo, de cujos abismos ninguém poderia suspeitar.
Depois do Inverno
Ao longo de uma temporada, ar frio, cinzento
Quando tudo parece querer caminhar lento...
Um ar tendencioso, sobre caindo na cidade, parados
Estacionados em suas comodações casuais, pelo ocaso;
Depois do inverno imbernante, paulatinamente a vida desperta
Aquele clima gélido, aos poucos começa a se desfazer, vindo uma brisa
É a primavera da alegria das cores, na pulsante vida de cada seres vivos;
Assim, acontece em cada um, dias de inverno, perpassando a primavera
Contudo, aquele verão como um luzir vibrante acenando-vos ao abraço
Como um lembrete, acena-vos que nem tudo pode ser um inverno de cada dia!
Poesia de: Marco Aurelio Lima
30/09/2019
Só estou esperando para morrer, ou algo mudar, mas parece que tudo sempre fica pior. Eu sei que ninguém realmente se importa com o que eu passo, mas sim com o estrago que eu posso fazer na vida de vocês. Eu realmente sinto muito por não ser a pessoa que vocês queriam que eu fosse, mas eu não sou daqui, esse não é o meu lugar, eu nunca vou me acostumar com o egoísmo de vocês. Se um dia eu morrer, eu tenho certeza que vocês vão sentir minha falta.
Estamos numa época em que tudo parece evoluir a uma velocidade vertiginosa, menos os sentimentos humanos.
UMA BRISA
Parece-me, que no fim de tudo,
o que de fato buscamos é aumentar o prazer
sempre mais prazer.
Queremos o prato feito, perfeito
com mais gordura, mais azeite e vinho.
Queremos o ponto final na obra-prima
o fim do capítulo, resolver o conflito
do nosso mal fadado enrendo.
Queremos o epílogo, um posfácio honroso
como uma lápide escrita em ouro.
Contudo, ao contemplar tudo isso
o que temos é apenas um prefácio
da obra que almejamos escrever.
Queremos o fim da temporada
a plateia animada, em êxtase
com o fim da comédia
ou da tragédia que engendramos.
Ensaiamos tantos atos,
e nunca conseguimos chegar ao fim do espetáculo
à última cena, ao aplauso derradeiro.
Somos só estreia, iniciantes,
aprendizes desse viver comum
sem honra ou gloria imortal.
As cortinas se abrem
e nós nos apresentamos
como digníssimos palhaços
doutores, advogados,
escritores, poetas, artistas,
pintores, cantores, alfaiates,
políticos, prostitutas,
pai ou mãe de família abnegados,
alcoólatras inveterados.
Mas em um belo dia, num fatídico dia
as cortinas se fecham, antes que a temporada se acabe
então nos encontramos com o nosso verdadeiro eu,
é quando tudo termina, e a existência se finda
e a nossa personagem se despe do natural disfarce
assim, o homem não conclui seu último ato
não põe o ponto final na obra-prima,
não resolve o conflito, não escreve o posfácio.
Em vez de eternidade, fatalidade,
estrela cadente,
uma brisa,
sutil e distraída.
Evan do Carmo 30/12/2018
Nada como a chuva
Mansa a embalar
O sono mais profundo
Tudo tão perfeito
Que parece que vivo
Em outro mundo
Esqueço de tudo
De tudo venho a esquecer
Mansamente o vento
Asovia na janela
Parece assim então a cantar
A canção mais bela
Os pingos da chuva
Fazem rimas com o telhado
E parecem cantar em coro
Num sopro aveludado
Dia 10/01/2019 - 13:10
Tortura Emocional.
Porque às vezes tudo parece ser mais difícil?
Porque na minha cabeça, cada dia que passa é uma tortura emocional onde na maioria das vezes as engrenagens da vida parecem não se encaixar?
Como podemos fazer parte de algo importante que é a convivência multidisciplinar, sendo que vivemos em uma hegemonia individualista, somos o que temos ou somos o que somos?
O que vale mais:
- Atitudes ou condições financeiras!?
Quem somos?
Para onde vamos?
De onde vimos?
Como evitar o inevitável?
Chega um tempo onde tudo parece ser um papel cortado em pedacinhos.
Desculpas aceitas.
Mas nada volta a ser o que era antes.
De uma pequena distância considerável tudo parece feliz, alegre e bonito, mas de perto é triste, desanimador, feio de se ver.
Essas perspectivas se baseiam em sua forma e seu ângulo de enxergar e interpretar as coisas ao olhar.
"Parece que quando alguém está com medo tudo contribui de forma negativa" (Germá Martins, Que rádio é esse?)
Quando se ama muito, tudo parece pouco, todo o tempo do mundo parece um relógio louco, um mês parece uma hora, um ano parece um dia, queremos ficar juntinhos a nossa vida inteirinha...
Nem sempre tudo o que parece é.
Então não julgues, existem profissionais credenciados para esse efeito.
“HOJE É O DIA DO ENFERMEIRO – Pensa num cara importante ! Ele cuida de você quando tudo parece distante.
Nas horas mais escuras da vida é ele quem te dá guarida.
Num simples procedimento ou numa moléstia grave, sempre haverá um enfermeiro que te ampare e que te lave.
Não tem medo de sangue nem das doenças da gente, suas mãos estão estendidas para lidar com esse ambiente.
Seu preparo emocional e sua dedicação cravam na nossa memória momentos de gratidão.
Anjo tem profissão, que por certo é enfermeiro, é tarefa sem igual, é missão celestial.”
Muda tudo que a gente perdeu
Isso não tem graça
Quando você passa parece
Que a gente nem se conheceu
O som lá fora
faz tudo aqui dentro
parecer silêncio.
Tudo o que eu construí
parece durar
até o fim desse barulho
que não é meu.
Fadado a sobreviver
aos escombros,
minha covardia reza
para que da próxima vez,
façam barulho por muito mais tempo.
Quanto tempo ainda resta ?
Eu não posso saber
Tudo que fazia sentido
Agora não parece fazer
Minha alma não existe
Minha essência me deixou
Tudo que aqui reside
São os cacos que restou
De quem é a culpa ?
Ninguém é culpado
Apenas eu
Por odiar não ser libertado
A liberdade tem um preço
Talvez eu tenha que pagar caro
A vontade de voar é intensa
A chance de cair é imensa
Com asas quebradas
Sinto o frescor do ar
Do alto de um penhasco
Minhas asas vão trabalhar
A última tentativa
É uma grande aposta
Talvez eu me arrependa
Vocês não vão ter a resposta
