Nem tudo e Facil de Cecilia Meireles
Eu já sabia, porque naquela noite em que nos encontramos, eu tive a sensação de que aquela seria a nossa última vez juntos... Te beijando, a voz do inconsciente disse " Beijar-te como se fosse a última vez, que não seja, mas será" E foi ..
Foi, eu fiz todas aquelas cartas para te entregar quando você já ia... Arrisquei pegar um táxi e te encontrar na rodoviária, e assim que cheguei, soltei os balões luminosos que estavam na minha mão junto as cartas, corri... Em meio a tantos olhos, procurava os seus, mas não via... Deitei o meu rosto no joelho e imprimir toda a minha dor na face. Ninguém saberia... Arrancaram-me o queixo do joelho e cobriram minha boca com uma boca e os meus olhos se fecharam. Só me lembro daquele gosto gostoso, mais nada.
Se não fosse as ondulações frescas, morreria. Por que o vento que te sopra, é o mesmo que te traz de volta.
Eu sei, sei que esteve por aqui nessa manhã cinza, me fitando, cheirando paz, inalando-me com seu perfume de oceano.
Segundos antes de acordar, ouvir sua voz me chamar pelo nome, seus lábios roçavam e arranharam com tanta delicadeza a minha pele da nuca... Lentamente sentia sua boca correndo por minhas curvas causando- me um êxtase maravilhoso, perguntando-me se podia me levar para o seu mundo pardo. Quis falar; mover-me; mas em minha menção, levastes a meus lábios brancos de sono o seu indicador pedindo um silêncio mútuo e fiz. Senti as energias dos seus olhos mortos pesarem sobre mim, uma pena veio. Olhava-me com tanta posse que partia- me o coração.
Acordei com o pulo da alma me dando vida de forma estridente. Olhei ao redor e o que tinha nos ares era o seu cheiro em forma de vento... Triste amor inconformado desculpa-me por não ter morrido ao seu lado.
Enquanto a dor me entorpecia eu ficava imóvel tremendo o corpo por dentro e deixando o suor de amostra, a gastrite nervosa me deixava ainda mais estúpida...
De inverno indo para primavera enquanto eu me mantinha em um só lugar tendo crises profundas gritando o seu nome, arranhando-me com garras de ira. Por segundos me mantinha em pé, mas as recaídas me atropelavam...
Essa tempestade negra não vai terminar? Em que lixeiro jogo esse amor? Na coleta recicláveis?
Espero continuar trazendo sorte para o time que você torce. Que pense em mim quando deitar metade do seu rosto no travesseiro, que apenas não deite e durma. Que olhando para a mesa de vidro do seu trabalho se lembre das minhas afeições singelas, do meu sorriso de canto e do meu jeito desconfortável de ficar com você a vontade, só não me deixe desvanecer... Nunca.
Se os meus olhos são mesmo os mais encantadores que já viu, durma sobre eles... E quando acordar, entenda o que eles querem que saiba.
Aqueles olhos negros, estranhos e sérios penetravam em mim. Quis entender como, mas, eu estava tão perdida, eu... Eu estava paralisada, enfeitiçada naquela sua expressão endurecida solta no ar... Parecia nunca sorrir, parecia difícil de se arrancar um riso, parecia ter a perversidade de uma arma letal. Me olhava confusamente sem piscar forçando uma imagem de quem queria saber o que se passava dentro de mim... E, quando tocou seus dedos grosseiros em mim, agiu como folhas secas caídas de um arbusto, causando-me um estranho e leve arrepio... Seus dedos iam e vinham, subiam e desciam da minha boca até os olhos acompanhando o meu olhar, olhando-me para lá e para cá. Aproximei-me e levei minha mão na sua mão formando uma breve união laçando seus dedos nos meus dedos, subi sua mão até a minha boca e lhe rocei um beijo seco olhando-te com ternura, e disse: - votre amour est mon amour
Me olhou misteriosamente, quando eu já sabia que não havia entendido aquele francês. E, não era para, pois, era cedo demais para entender aquele sentimento terno que havia florescido em mim num olhar...
Uma maré de sangue se ondulou no chão da avenida silenciosa, meus cabelos pregaram no rosto, o primeiro tronco negro que avistei, envenenei com minha fraqueza, tempestade... Quantas gotículas pesadas caem sobre minha carne, alguém por favor ilumine essa ruela sórdida e absorva de mim o peso dessa cruz de madeira? Estou decidida a não errar mais... Partículas de odor e um tenebroso rangido de botas entrando em atrito com o chão me deixaram em alerta, a névoa nunca esteve tão vasta...
Fitei com dificuldade aquele corpo esguio que vinha em torno da minha direção trajando a tons sombrios. Insinuou medo, tive sensações déjà vu, uma afronta terrível de querer encarar o medo com ousadia. Mas corri, Porque o medo é algo fatídico, porque aquele coldre de couro na sua cintura, insinuava medo, não proteção. Rápido como um raio, empurrou violentamente os meus ombros pra traz, cai. Mas não inconsciente, sim sufocada com aquele macho em cima de mim! Soquei seus seios rijos em tentativas de um golpe, mas em frações, segurou minhas mãos sobre o chão crespo.
Quase obsceno de tão sedutor, dono de um jeito perspicaz, ficou clara sua sagacidade., DE NOVO NÃO... Sem ver, rolamos no chão de lama ralando o nosso corpo na avenida, eu estava decidida a não errar novamente, mas aquele macho gracioso voltou-me a aparecer novamente.
Nos atropelos da vida,
Entre idas e vindas,
Portas se abrem,
Janelas se fecham...
Circunstâncias dificultam o percurso,
Mas a esperança alimenta minh'alma
Sedenta em direçao a sua.
Amor maior
Distante aos nossos olhos Se torna
Pela falibilidade de nosso julgamento.
Pobres mortais, ressequidos de julgamentos infantis
Pautados numa lei inconstante e indigna
Não conseguimos vislumbrar a integridade da Sua Lei.
Confundimo-nos nesse emaranhado.
Perdoe-nos!
Somos seres pequenos, mas confiantes e vigilantes de Sua palavra.
Ventos e tempestades insistem em nos maltratar
Mas somos talhados no Seu amor
E sempre fomos fieis seguidores de seus valores.
Por isso, mesmo cônscios de Sua Bondade Infinita
Precisamos reconhecer nossas falhas
Para crescermos em ser Seu reflexo.
Metáfora
O rio, em pânico, prestes à queda,
Olhando para traz, vislumbra toda sua bela obra,
Lamenta perder seus investimentos.
Receia as mudanças que estão por vir.
Correndo ainda no mesmo passo,
Segue seu caminho em direção ao desconhecido.
Intempéries, cachoeiras, corredeiras...
Nada impede o seu trilhar.
O medo ainda o apavora,
A dúvida constante o instiga,
Mas a certeza de que deve seguir jamais o abandona
E enfim a nova realidade infinita o recebe de forma inesperada e feliz.
Aqui também é bom,
Aqui, agora, é ainda melhor;
Ainda mais tranquilo.
Fidelidade..
É o intervalo que se dá entre o
respeito e a confiança. Quando
dedicamos o nosso respeito a
uma pessoa e depositamos
nela nossa confiança, recebemos
dela uma de suas maiores virtudes
"a fidelidade". Porém quando o
respeito escapa por entre os dedos
e a confiança é quebrada , se anula
a fidelidade que havia e o que era
bonito passa a se chamar "decepção".
A fidelidade nos é concedida através
dos nossos atos e reconhecida
através dos frutos que recebemos.
Fidelidade é confiança conquistada
Na suavidade cortante da dúvida
Vasculho os porões da razão
A procura dos esconderijos da emoção.
Na emoção, descubro que sua racionalidade falhou mais uma vez;
E em minha razão, questiono sua emoção.
Talvez não passe de um modo inseguro de viver sua segurança,
Talvez seja a repetição do meu modo seguro de viver as inseguranças.
Em meio a divagações, a chuva cessa aos poucos,
E nos permite ver a verdade além das nuvens
E o oceano que separa suas razões das minhas emoções.
Eu só sei dizer que disfarçar dor em momentos de tamanho desespero é para os fracos. Porque os fortes tem sentimentos, e os expõe quando a alma arregaça o coração. Chorar faz bem, se esconder vez em quando faz bem também, contar pra Deus a sua indignação e onde ta doendo em você faz melhor ainda . O que não é legal MESMO , é você sempre arrumar uma desculpa que motive o seu sofrimento e nunca reconhecer que a maior parte dele surgiu de dentro de você. Sinta sua dor, mas não afague ela...... não cuide dela...... não fortaleça ela....... Porque o que corrói a alma enfraquece o coração , e o que enfraquece o coração , anula nosso sorriso.
É inevitável não nos decepcionarmos neste mundo tão cheio de ilusões, tão cheio de escolhas, tão abarrotado de indecisões e sentimentos complexos. A gente cai, a gente chora, a gente levanta , a gente se continua. E vamos aprendendo a nos respeitar e a impor limites sobre nossas ações e também sobre o nosso coração. A gente vai se equilibrando nas situações que vamos vivendo, aprendendo a sobressair de uma maneira delicada e sem cicatrizes visíveis. Só sei dizer que a vida dispensa maquiagem, que a realidade é dura, e que o que nos emociona, também nos aborrece . Eu sou do tipo que não me culpo pelo que não deu e nem admito que me machuquem pelo que não fiz . Aprendi que muitas das minhas dores são frutos das minhas escolhas , mas isto não quer dizer que eu desisto daquilo que quero, que o medo me domina , ou que a covardia me impeça , só digo que quando meu coração inquieta , me retiro feito águia ferida, enfrento os ventos até encontrar um lugar que me acolha, e ali, eu me escondo , até que o meu próprio eu me encontre , e me faça retornar de um jeito bem diferente do que fui. Eu sou assim.
Não espere um dia perfeito, mas queira força para encará -lo com precisão e vontade. Use a sua fé em Deus para superar as dificuldades, e não crie expectativas , pois são elas que nos frustam e nos decepcionam mediante ao que a nossa mente desenha. Aproveite o máximo sua vida e a oportunidade do hoje que lhe foi entregue.. porque o que há de vir é bem melhor e bem maior do que o ontem que se foi...
Deus tem benção pra você....
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