Nem tudo e Facil de Cecilia Meireles
Depois de
tudo mandar
vestir as cores
nacionais
para fingir
que todos
seguem iguais,
é monstruoso!
Não participarei
desse show
de hipocrisia.
O quê sobrou
da floresta
virou cinza,
e ainda arde
porque não
vi o quanto
deveria
ao certo
para saber.
Não cooperarei
com este show
de absurdo.
Pouco a pouco
a geopolítica
vem fazendo
a paz foragida,
tem Pátria
vizinha
obrigando
a outra
a trajar-se
de laranja,
enquanto
deveria
colaborar
com diálogo
e constância.
Como o vento
passou em
Bahamas
em mim estão
os vestígios
e das florestas
as chamas.
Na mesma via
há povo, tropa
e um General,
passando por
o quê há de pior,
sem janela,
sem ventilador
e sem devido
processo legal.
Você bem
sabe que
sou tudo
aquilo
que você
não tem
coragem
de ser nesta
existência,
E que nada
é coincidência.
Nas paredes
dos calabouços,
Por cada grito
silenciado,
Em tudo e todo
o pedido de
socorro não
atendido
E nos corpos
dos torturados,
e muito
mais próxima
da tua
consciência:
Não me calo
e nem perco
a paciência.
O General
que foi preso
injustamente
não foi
encontrado,
ele está
desaparecido
E como
ele existem
outros
da mesma
maneira,
E por todos
eles não
me canso
de pedir
pela liberdade
e por consciência.
Não há como
embarcar
nesta pirada
aventura,
De levar tudo
a última
consequência
até mesmo
a palavra.
Discordar
não é ofensa.
Antes tarde
do que nunca;
É de noite
e cai a chuva,
Do teu
limite ético,
Tenho o físico,
E não o poético.
Se solidarizar,
não é ofensa.
Da viciante
convivência
agressiva
é preciso
buscar
se libertar.
Quer ajudar?
Não ofenda.
Sofreu e sofre
a juventude
diante das
nossas vistas,
Até no Chile
não anda
muito diferente,
O quê faz
sofrer a gente
não mais
deveria existir,
está transbordando
e severamente
vem me
assustando.
Não há como
não perguntar:
Como está
o General?
Se ele não
for libertado,
eu não vou aí
nem a passeio;
Falo mesmo
até você
me ouvir
e para
o mundo inteiro.
Eis a prosa de todo
o dia primeiro:
Quando vão
conceder a saída
soberana ao mar?
América do Sul
é poética profunda.
Tudo aparenta
que o paredão
gritado pela
Assembleia
em protesto ao
autoproclamado
não soou no
sentido figurado,
Padece o povo
vítima do terrorismo
elétrico e com
o ânimo minado.
Para a surpresa
o valoroso
Tenente foi
injustamente
expulsado
porque defendeu
integralmente
a vida do General
e da tropa,
Ainda quero crer
que foi mais
uma falsa
notícia do jornal,
Não é possível
que ninguém
convença o poder
que a reconciliação
mesmo que tardia
é a melhor sentença.
Sei que falo além
do que deveria,
É porque quero
um mundo
pacificado,
sem o medo
como fio condutor
do controle social
e sem o vício
do pior como
caminho porque
só de ver isso
não tem me feito bem;
Afasta de nós
esse graal diabólico
que tumultua
e tem feito
do nosso psicológico
um espelho do Império.
Saber que
falta luz e água,
tem me deixado
aterrorizada,
porque se tudo
falta ao povo,
a mim também
me faz falta.
Do General
injustiçado
e da tropa
perseguida
não estou
sabendo
mais de nada.
Como eu ainda
gostaria de crer
que o mundo
possível existe;
Não é fácil buscar
motivos para um
sonetário onde
sobra o silêncio,
e rende o tormento.
Cada um conta
a História que quer,
e em nome do poder
acha que pode fazer
tudo o quê quer.
Quase não se
aceita a História,
porque não se
aceita a vida
como ela é,
e se negocia a fé.
Longe de ser
arremedo para
espalhar tal vazio,
quero é varrer
todo o receio.
Quase não se
respeita o arbítrio,
e o tempo de cada
um de aprender,
com partido ou
sem nenhum,
esse é o tal perigo.
Porque Escola
com opinião é
risco de Governo
com bom senso,
e isso mete medo.
Existem momentos
Na vida que não
Permitem que tudo
Seja a nossa maneira.
Liberta toda a poesia
Retida na alma llanera,
Retira os grilhões
Da gente prisioneira.
Sacode de si a poeira
Típica do poder,
Que afasta a gente
Que a ti lhe queira.
Revela a grandeza,
Busca na atitude
Reconciliada a tinta
Mais fina e dourada.
A tempestade passa,
Só não abra a mão
Da escrita honrada
Do teu nome
Na História da Pátria,
Fazendo livre
Toda e qualquer
CONSCIÊNCIA.
Chega um momento
que tudo o quê foi dito
a quem merece ouvir
não precisa ser repetido,
é melhor deixar o tempo
se encarregar de fazer
o papel de educar,
para que gente assim
não se sinta empoderada
para fazer ainda mais mal;
e a dor existencial
de ser ela própria não
castigar ainda mais
a quem não merece.
O anjo nas finas linhas
do destino ao povo assim
escreveu: "Não
esqueçamos
dos presos de consciência,
Não existem presos
de consciência de primeira
ou de segunda.
Todos sofrem o rigor
de pagar com a sua
liberdade de discordar
por suas idéias,
frente ao status quo;
quem não compreende
vai contra a história,
sobram os exemplos.
Lutemos pela LIBERDADE.".
Por saber que anjos
existem continuo a escrever os meus
poemas para lembrar que
as mil prisões políticas ainda
nesse século ao tempo resistem.
Do lado da história
assim é a poesia
ao reverberar que
tudo na vida é
repleto de circunstância
que nem sempre
representa os fatos,
por isso o recomendável
é se colocar no lugar
de cada um e sem
preferência de escolha.
Não tenho dificuldades
de viver o que preso,
e nem de dar razão
a quem quer que seja;
Não há mais como
'esconder' mesmo
com tanta ausência
de cartas sobre a mesa,
excesso de dedos
apontadose a justiça
que não tem sido feita.
Sem ver a luz solar
por nove meses,
Sem saber quando tudo
isso irá terminar
E não há jeito de saber
aonde está o Baduel,
E da mesma forma
quando sairá o Miguel,
mesmo não tendo a grandeza
do livro vinho tinto,
Eis poemas soltos
que como livros
São registros de mil
histórias para contar,
Po(ética) feita para
O ostracismo se incomodar.
Timbó Profunda
Eu, poetisa, da cidade vizinha,
te celebro por tudo aquilo que
fostes, és e sempre será na vida.
Ando contando no calendário
os dias da Festa do Imigrante
que para setembro foi transferida.
Eu, poetisa daqui de Rodeio,
te celebro até mesmo
enquanto a festa não vem.
Porque te amo do alto e com
o mesmo balanço do Morro Azul,
És filha bonita de Santa Catarina
e jóia preciosa da Região Sul.
Nos versos reclamo
e falo de tudo um pouco,
O Esequibo de volta
tal qual a justiça
também faz falta,
Eu reclamo por prisões
injustas de um General,
de paisanos e uma tropa.
Falo de tudo, reclamo
e lamento profundamente
a tragédia feita contra
um dos últimos revolucionários
românticos deste continente:
o Professor Carlos Lanz
vive eternamente
no coração de toda a gente.
Doa a quem doer cada um
dos meus lamentos,
não estou aguentando ver
o sofrimento do velho
tupamaro e a indiferença
de quem tem o dever de fazer
o quê é leal, justo e humano
contra tudo o quê é arbitrário
e contra ele foi lançado.
Cada cena que vejo de um
povo quem vem sendo
dispersado me dói ver
um território escapulindo
pela lama da geopolítica
assediosa e ofensiva,
É em nome do Esequibo
que todos já deveriam
ter se encontrado, dialogado,
se perdoado e reunido,
E o tempo está passando
e não vejo um passo
a frente mais do que merecido.
E assim falando de tudo isso
os meus poemas da dupla
fronteira venezuelana e brasileira,
somente a mim pertencem,
No Appokailang-tepui
do Esequibo Venezuelano
os meus versos latino-americanos
com intimidade ali transitam
e nos outros onze tepuis habitam.
Não existe pós-verdade
tudo nesta vida
ou é verdade ou é mentira,
Devemos amar o Brasil
de verdade acima
de qualquer divergência
e todo os dias.
Só sei que o amor que
temos é dádiva
desta magnífica Pátria,
E o mérito deveria
ser em regra
para quem o merece.
A recíproca muito
além do Bicentenário
da Independência
deveria ser prática
diária por tudo aquilo
que fez com que
alcançássemos até aqui.
Só dizer que ama
o Brasil não é o suficiente
é preciso conviver
com quem pensa diferente,
E não atentar contra
os símbolos nacionais
e suprimir tudo o quê
nos fez e faz Pátria,
Preservando o nosso
idioma que é a maior
herança da antiga da Colônia
que nos permite
a unidade poderosa
que nos faz Pátria pacífica,
gigante e não devemos deixar perder.
Vesti-me dos pés
a cabeça no bom
estilo repleto
de Vyshyvankas,
Mesmo que ainda
vejo tudo indo
pelos ares junto
com os sapatos
das nossas crianças.
Insistindo em pedir
esperança para quem
sabe a manter onde
a mão não alcança,
E a nossa gente vive
sendo ilegalmente
pelo invasor presa,
julgada e torturada.
Nesta guerra que
tende vir a ser
prolongada e esta
tragédia por razões
óbvias anunciada
e que muitos fingiram
e outros tantos mais
escolheram não acreditar:
(de quem defende
o invasor prefiro para
sempre seguir afastada).
Não posso por instante
deixar o desespero
continuar me tomar
e tenho que aprender
o caminho de tranquilizar
mesmo em Zaporizhia
com mísseis instalados
em central nuclear,
A Guerra que começou
na Criméia é ali
que a paz há de se pactuar.
Boa Noite
A noite é o momento
de acalmar o peito
para encontrar com jeito
tudo aquilo que dará
paz e o rumo perfeito.
Tudo aquilo que
não gera direito
de restituição,
Não cabe lembrar
para ferir a alma
por provocação.
Reclamação é
dizer algo que não
está bom ou que
nunca esteve bom.
Provocação é ferir
a alma do outro
para cair no vazio
do banquete de ego
e perder a razão.
Prefiro sempre
reclamar porque
uma reclamação
pode ser a ponte
para a solução.
Longe de mim
fazer qualquer
tipo de provocação,
é preciso dizer
que o velho tupamaro
está chegando a exaustão,
é preciso dizer
que há uma tropa, um General
e paisanos em igual exaustão;
é preciso dizer que tudo
isso vem sendo reclamado
por causa de uma
cultura de forte repressão.
Há parte de um território
que virou zona em reclamação,
e muitos continuam fechar
as mentes, os olhos e os corações.
Pois no Ilu-tepui e nas estações
os meus versos latino-americanos
com intimidade ali transitam
e nos outros onze tepuis habitam.
Chegamos neste Bicentenário
com tudo aquilo que fomos,
somos, seremos e sonhamos,
É preciso saber que somos
feitos de vinte e sete estrelas
que representam nossos vinte
seis Estados e a Cidade-Estado
onde fica a União que nos governa.
É essa a União que guia a nossa Soberania inequívoca
que nos faz esta Nação magnífica
de corpo, alma e coração
do Chuí ao Monte Caburaí:
Brasileiros são todos aqueles que
nasceram ou escolheram amar aqui.
No meu 'Brasil 200' e por todos
os séculos que estão porvir
nada deterá a liberdade
e a genuína felicidade de sorrir.
Entregando pistas
como quem te dá
bombons com a boca,
aos poucos entrego
tudo o quê para nós
nunca foi segredo.
Fingindo sempre
que não entendo
mantenho você preso,
porque sei quase
tudo ao teu respeito.
Enfeitiçando através
das minhas pistas
assim é perversão
doce para inquietar
dia e noite o coração
a vir me encontrar.
Domando assim
as manias de brincar
com o coração alheio,
no silêncio poético
construí o meu castelo.
Caminhando mesmo
sem pensar você virá
imparável porque sou
tudo o quê o teu instinto
sempre esteve a buscar
e o teu coração a sonhar.
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