Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
Hoje eu aprendi que, amigos, vão e vem com o tempo, que brigas acontecem e que sonhos acabam,
Hoje eu aprendi que o para sempre talvez não seja infinito e que o tempo pode não ser eterno,
e hoje eu aprendi que um sorriso pode esconder uma dor, e que uma lagrima pode ser falsidade,
e hoje eu aprendi que amigos de verdade são eternos mesmo quando estão separados,
e hoje eu aprendi que devemos valorizar quem nos valoriza, que devemos orar para Deus não para pedir favores, mas sim para agradecer pela vida, e hoje eu aprendi que amores são feitos de momentos e que cada instante é único,
Hoje eu aprendi que tempo não volta, nem para. É precisamente perfeito.
Hoje eu aprendi que ha pessoas que passam pelas nossas vidas e ficam, quando não ficam algumas deixam marcas,
Hoje eu aprendi que outras não ficam, somente deixam rastros...
Hoje eu aprendi a valorizar o HOJE e tudo o que nele há, porque o amanhã, não sei...
Se estarei aqui para valorizar O MEU HOJE...
Hoje eu coloco diante de Ti, Deus que governa o Universo, cada centímetro do lar que preparo em meu coração.
Que a varanda seja abrigo de brisa e orações, rede que acolhe silêncios, plantas que respiram a Tua criação.
Que a sala tenha o aconchego de um abraço: sofá claro, luz amarela, cortinas dançando com o vento, perfume que anuncia paz.
Que a cozinha seja mesa posta para encontros, onde eu e meu filho partilhamos risos, músicas e gratidão.
Que os quartos sejam refúgios de descanso, com janelas abertas para a vida e para a Tua presença.
Que a casa inteira exale limpeza, alegria, cheiro de começo.
Profetizo liberdade para meu filho: que ele caminhe seguro, que conquiste a habilitação, que o automóvel chegue como símbolo de novas estradas e possibilidades.
Que nada do antigo peso permaneça, nem poeira de memórias que feriram.
Que cada dia nesta morada provisória seja etapa de cura, preparando-nos para a casa definitiva — erguida do zero, estruturada pela Tua mão, testemunho vivo da Tua Palavra.
Declaro, em fé, que o Universo ecoa o Teu comando.
Que os anjos digam amém, que as portas se abram, que a vida floresça.
Tudo vem de Ti, Dono do ouro e da prata, Aquele que constrói e recria.
Recebe este sonho, Senhor, e devolve-me em realidade.
Que este lar, presente e futuro, seja morada de luz, de paz, de recomeço, para sempre.
Hoje eu queria
Hoje eu queria poder não sentir.
Queria não precisar confessar a profundidade do que me atravessa.
Queria não dizer o quanto sinto falta,
nem admitir que tantas ausências ainda doem.
Queria poder afirmar que não sinto falta.
Queria poder jurar que não dói.
Mas dói.
E eu sinto.
E esse sentir me quebra por inteira,
mesmo quando parece me manter de pé.
Hoje eu queria poder não sentir,
mas é o sentir que me parte e, ao mesmo tempo, me revela.
Eu sou uma construção de algo tão genuíno
que não sei onde me encaixar como peça.
Aonde abrirei espaço neste quebra-cabeça chamado vida?
Se faço parte dele, por que me deixas tão solta,
a ponto de sentir que não me encaixo?
Será que é porque ainda estou em construção
e minhas arestas não têm forma definitiva?
De fato, um dia estarei completa,
com estrutura firme e forte,
a ponto de me encaixar e encontrar a perfeita completude.
Mesmo genuína, buscando acertar,
ainda tropeço em meus próprios erros e medos.
Medos que me impedem de tentar,
até mesmo de errar ou de aceitar.
Eles me travam, me bloqueiam,
tomam minha mente e me conduzem
a lugar nenhum.
Será que, para me encaixar,
preciso me quebrar tantas vezes
até caber em formas
que talvez nunca foram feitas para mim?
Hoje não
Eu luto contra esse dia todos os dias, exaustivamente.
Antes era um dia de cada vez, um dia por vez.
Hoje é uma frase que me acompanha todos os dias.
Hoje não. Não será hoje.
Mas, de forma consciente, venho me fragmentando.
Deixando pedacinhos de mim soltos.
Em tudo que faço, silencio, ouço ou digo.
Onde escrevo, onde publico.
Pedacinhos.
Talvez parte de um quebra-cabeça que não faça sentido
para quem olha hoje...
Caso, em algum momento, essa exaustão me vença,
tudo isso ganhará uma clareza e deixará de ser invisível a olhos nus.
Tudo que é invisível hoje fará sentido na minha ausência,
no momento em que todos aprenderem a ver com o coração
cada pedacinho solto de mim deixado por aí.
E isso só será possível na minha ausência.
Hoje não.
Hoje só me fragmento mais um tiquinho...
Sinto Muito
Eu não sei,
não transparecer o que sinto.
E sinto muito —
por sentir demais,
por deixar que o coração se derrame nos olhos,
na voz, no gesto.
Sinto o que não cabe em mim,
o que não se explica,
o que insiste em escapar em forma de silêncio.
Não sei fingir leveza quando há peso,
nem esconder ternura quando há verdade.
E talvez seja isso:
meu erro, minha beleza,
minha entrega.
Sinto muito.
Mas é o sentir que me mantém viva.
Perdão pelas Ausências
Peço perdão a todos que eu não consegui responder, nem me conectar.
Perdão àqueles a quem eu disse que estava tudo bem — só para não preocupar, só para não precisar explicar o que nem eu sabia dizer.
E peço perdão também a quem um dia recebeu um “oi” meu, um pedido simples de atenção, de conversa, de oito minutos de presença…
Mas que talvez também estivesse travando suas próprias batalhas, e não percebeu que aquele gesto era um pedido de socorro disfarçado.
Hoje eu entendo: a ausência não é só minha.
Vivemos todos cercados por presenças que não estão de fato aqui.
As redes sociais estão cheias de gente, e, ao mesmo tempo, tão vazias de encontro.
Ninguém parece realmente preocupado com o “eu” verdadeiro de mais ninguém.
E os poucos que ainda se preocupam, se afundam, como eu, no excesso de sentir.
Sentem por todos, carregam o mundo nos ombros e, aos poucos, se afogam na própria empatia.
Talvez o silêncio não seja falta de amor, mas o peso de sentir demais num mundo que sente de menos.
Deus me enviou pessoas
Eu pedi a Deus, anjos.
E Ele me enviou pessoas.
Eu não sabia pedir ajuda.
Ainda não sei.
Não diretamente, não com palavras.
Mas eu já gritei, de todas as formas possíveis.
Gritei aos céus.
Gritei no meu quarto, trancada, abafada pelos travesseiros.
Gritei com a mão na garganta.
E gritei em silêncio, com o olhar perdido no vazio.
Mas Deus ouviu.
E me enviou pessoas.
Pessoas que eu nem imaginava,
mas que estendem as mãos e apoiam outras vidas,
inclusive a minha.
São poucas, mas conseguem me alcançar.
Cuidam de mim, mesmo sem entender tudo.
E eu… eu não tenho palavras pra agradecer.
Eu queria sorrir, gritar, voar, abraçar.
Dizer o quanto isso me faz bem, o quanto me faz feliz.
Mas ainda não consigo.
Quimicamente, meu corpo não permite.
Estou tão exausta que, às vezes, não consigo nem falar.
Quando elas estão por perto, eu me sinto perdida,
tentando apenas dar conta,
retribuir um pouco do que recebo.
Queria poder devolver o sorriso,
não deixá-las tão preocupadas.
Mas, por dentro, às vezes,
eu ainda estou gritando.
Enquanto olho pra elas,
tentando achar em mim alguma coisa
um sinal de vida,
um recomeço,
um pouco de mi
PACIÊNCIA — por Jorgeane Borges
Às vezes eu sinto que o mundo corre rápido demais para mim.
Como se tudo pedisse pressa respostas, decisões, coragem
enquanto eu mal consigo acompanhar o ritmo da própria respiração.
Dizem para ter paciência.
E eu tento.
Juro que tento.
Mas há dias em que a paciência pesa mais do que o cansaço,
e tudo que eu queria era um lugar onde o tempo parasse,
onde eu pudesse me recolher sem culpa,
onde ninguém exigisse que eu fosse forte só porque já aguentei demais.
A verdade é que eu tenho carregado um silêncio enorme.
Um silêncio cheio de medos, de urgências internas,
de vontades que eu nem sei se são minhas ou do mundo.
E mesmo assim, continuo esperando
por um alívio, por um respiro,
por um pouco de luz que me lembre que ainda vale a pena.
Mas paciência não é só esperar.
É sobreviver ao intervalo.
É suportar o próprio peso sem desabar de vez.
É acordar mesmo sem querer,
levantar mesmo sem força,
e acreditar que talvez, só talvez,
o amanhã não doa tanto quanto hoje.
E enquanto eu não encontro todas as respostas,
eu sigo no meu tempo.
No meu ritmo.
Nas minhas pausas.
Tentando não me cobrar por não ser mais rápida,
por não ser mais forte,
por não ser aquilo que esperam
quando a única coisa que eu consigo ser agora
é alguém que luta em silêncio para não desistir de si.
E se paciência é isso,
então eu estou aprendendo.
Devagar, no passo que dá,
no passo que eu posso.
E talvez seja assim mesmo:
algumas coisas não chegam quando a gente quer,
mas quando a gente enfim consegue respirar.
Eu sempre soube que tudo ia dar errado
Eu sempre soube que um dia, a luz ia se apagar
Eu sempre soube que você estava com medo, mesmo assim não pude te ajudar
Eu sempre soube que iria ter que perguntar
Posso ir com você?
Não digam que fui rebotalho,
que vivi à margem da vida.
Digam que eu procurava trabalho,
mas fui sempre preterida.
Digam ao povo brasileiro
que meu sonho era ser escritora,
mas eu não tinha dinheiro
para pagar uma editora.
Eu Amo!
Olhar você e me perder na tua imensidão.
Estar só e mesmo assim não sentir solidão...
Mergulhar em você ainda que sinta medo,
E correr o risco de você me roubar deste mundo.
Tua força me fascina.
Tua beleza me seduz.
Fecho meus olhos e a paz invade minha alma.
Tua música me acalma.
Fico imaginando o que se esconde nas tuas profundezas e esse mistério me encanta.
Tens o poder de fazer eu sentir um turbilhão de sentimentos, as vezes totalmente contraditórios...
E ainda assim amo você.
De um jeito doido e intenso...
Exatamente como você.
Ah! Que eu não morra sem provar, ao menos
Sequer por um instante, nesta vida
Amor igual ao meu!
Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontre
-Um anjo, uma mulher, uma obra tua,
Que sinta o meu sentir;
Uma alma que me entenda, irmã da minha,
Que escute o meu silêncio, que me siga
Dos ares na amplidão!
- Que em laço estreito unidas, juntas, presas,
Deixando a terra e o lodo, aos céus remontem
Num êxtasis de amor!
Eu deixo a maré subir até cobrir tudo.
Não me apresso a segurar o que a água leva.
Deixo que o sal lave o que não serve mais,
mesmo que, por um instante, pareça que nada reste.
Quando a água recua,
vejo o que brilha no fundo:
fragmentos de conchas, pequenos lampejos de vida,
tesouros que só aparecem depois da tormenta.
Não é preciso contar o que a corrente arrastou.
Basta o que ficou,
a beleza simples que resiste
e que só se revela quando o mar se acalma.
Sou daqui.
Sou nordestino e te digo
o quanto orgulho me traz
quem fala mal eu não ligo
a minha resposta é a paz
a seca é um grande castigo
maior que ela é o perigo
que o preconceito é capaz
Eu nunca quis,
ser um erro para você,
Isso é o que eu vim aqui para dizer.
Mas se eu estava errado,
Então eu sinto muito,
Eu não vou deixar isto ficar no nosso caminho.
Minha cabeça dói,
quando eu penso sobre,
as coisas que eu não deveria ter feito.
Mas, vida é para viver,
Todos nós sabemos,
E eu não quero vivê-la só.
Medos contemporâneos,
Eu sinto medo. quem não sente? Medo do obscuro, do desconhecido. Medo de tudo não sair como eu quero - e nada sai - , medo de amar demais, amar de menos. Medo de me surpreender com as pessoas das quais apostaria todas minhas fichas, e medo surpreender pessoas que apostariam em mim. Medo de ser apenas mais ou nesse mundo que é de poucos. Sinto medo apenas de sentir mais medo...
Eu sempre to muito confusa. Meus sentimentos ficam embaralhados. As vezes o coração aperta tanto... outras ele tá leve. As vezes da saudade de casa... as vezes da vontade de ficar longe. As vezes dá saudade da dependência, do não ter com o que se preocupar... as vezes se quer ser livre, dona do próprio nariz. As vezes dá saudade de um, as vezes dá do outro. Ressaltando que esses dois nunca poderão ser meus. Mas mesmo assim eles me dão bola! (Dá pra entender? Eu queria entender pq essas coisas só acontecem cmg! Ou pq só acontecem essas coisas comigo, melhor dizendo). As vezes dá vontade de ficar, outras vezes ir. Às vezes dá vontade de dormir, outras ficar acordada. Dá vontade de gritar, externar, chorar, se quebrar pra poder se reconstruir, às vezes dá vontade de parar, respirar fundo e continuar inteira. As vezes dá vontade de orar, outras de ficar em silêncio. Dá vontade de contar e outras vezes calar. Dá vontade de sentir um colo, as vezes não se quer estar perto. Às vezes dá vontade de tomar um sol, outras ficar no escuro. Não se sabe se rir ou se chora... se fica ou vai embora. Às vezes dá vontade de entender, outras de deixar pra lá. Às vezes dá vontade de beijar, outras de abraçar, ou nenhuma das duas coisas. Às vezes se quer ser normal, outras quebrar todas as regras. Às vezes se entende, às vezes fecha os olhos e os ouvidos.
O que é paradoxo? Sou eu.
Agora eu quero chorar... mas daqui a pouco eu vou querer sorrir!!!!
Eu hoje acordei triste, - há certos dias
em que sinto esta mesma sensação...
E não sei explicar, qual a razão
porque as mãos com que escrevo estão tão frias...
E pergunto a mim mesmo: - tu não rias
ainda ontem tão feliz... diz-me então
por que sentes pulsar teu coração
destoando das humanas alegrias?...
E, nem eu sei dizer por que estou triste...
Quem me olha não calcula com certeza,
o imenso caos que no meu peito existe...
A tristeza que eu sinto ninguém vê...
- E a maior das tristezas é a tristeza
que a gente sente sem saber por quê!...
Pois eu não posso fazer você me amar
Se você não quer
Você não pode fazer seu coração sentir
Algo que você não sente
Aqui no escuro
Nestas horas finais
Eu abrirei meu coração
E sentirei a energia
Mas, você não
Não, você não
Pois eu não posso fazer você me amar
Quando você não ama...
