Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
eu amava as chuvas de verão e agora só posso usa-las para chorar escondido
penso se não serão as mesmas nuvens que muitas vezes mandavam gotas de chuva beijar seu rosto quando vivíamos nossos pequenos infinitos..
Hoje eu fui deitar
E me imaginei deitando ao seu lado
E nos imaginei deitados lado a lado
Apenas ouvindo nossas respirações
Que cena mais linda eu imaginei
Pensei em você tocando a minha mão
Imaginei nos dois juntos outra vez
Mas nunca existiu uma primeira vez
Então eu só imaginei
Eu não sei o que quero,
Mas quero muito alguma coisa que ainda não sei.
E apesar de não saber
Já sei que quero!
Será que eu quero???
Talvez eu não saiba que isso me move a querer esse algo que quero mas que não tenho ideia do que seja...
Deve ser algo muito bom,
Muito gostoso de sentir ou tocar,
Não sei se é de comer ou chorar, não sei se tem sabor ou cor
Mas sei que pode ser algo além disso
Só não sei o que é...
Nós nos amamos
Nos amamos muito.
Nós acabamos nos machucando
Brigas e intrigas
Eu fui o culpado...
Talvez por não saber ter paciência
Por não conseguir te entender,
Talvez por ser egoísta
Por não saber lidar
Ou simplesmente por você ser demais
Demais para um simples amante como eu.
Eu só quero seu perdão
Para que minha alma descanse em paz
Em profunda escuridão
Você acredita em Destino
Eu, em probabilidades
Você acredita em amor a primeira vista
Eu acredito no amor dessa cidade
Você acredita em Deus
Eu, na singularidade
Você acredita em anjos
Eu não confio nas minhas amizades
Nós não somos iguais
Apenas menos diferentes
Eu acredito em você
E o mundo não acredita na gente.
Ajuda-me
Eu quero calar o meu ego
Eu desejo tomar decisões
Não quero ficar em cima do muro
Por favor não me tire a razão
Preciso de repostas
Para acalmar o meu coração
São tantas incertezas
Sufocando as emoções
Olhos lacrimejando
Palavras vazias
Dores no peito
Sem alegria
Doença da alma
Parando o meu ser
Só desejo nesta vida
O direito de viver
Não me cale a boca
Não me negue o meu falar
Gritar liberta a alma
A prisão não é o meu lar
Talvez eu seja romântica
E amando só por desejos
Porém trago comigo uma certeza
De seguir amando-me primeiro
Ontem já foi, amanhã não faço ideia.
Eu quero é viver o hoje, ser intenso, inteiro e andar por aí a passear com as minhas vulnerabilidades, que me lembram de que tudo é fragil e que tenho de apreciar cada brisa que sinto.
Castelo de São Jorge
Oceano Poesia
"Caminhava eu há tempos
com o peito abafado
no olhar o desalento
e o semblante enrugado
Sentimento como esse
não havia experimentado
como se a alma gritasse
sem ninguém ter escutado
Era como se minha alma
fosse um imenso redemoinho
e pra dentro dela sugasse
as coisas do meu caminho
Era como se o miocardio
Fosse um imã desregulado
que pra dentro de sí atraísse
coisas de tudo que é lado
Se eu via alguém chorando
ou um casal apaixonado
se eu via alguém ajudando
ou alguém sendo assaltado
A gargalhada do bebum
ou o grito do estressado
se eu via um gesto obceno
ou um fiel ajoelhado
Isso muito me tocava
dentro do meu peito ficava
tudo junto e misturado
Dentro de mim ja não cabia
tanta coisa que eu sentia
Sentimento a revelia
me deixando atordoado
Caí de joelho ao chão
com as mãos no coração
O pranto escorria ao chão
formando um pequeno lago
E desse pranto salgado
nasceu minha poesia
mistura da amarga revolta
com a doce alegria
Mistura minha devossão
com a minha rebeldia
Mistura minha submissão
com a minha teimosia
E o pequeno lago de pranto
um riacho formaria
Sua água salgada deságua
e com o oceano fundiria
Quem nele nada, se afunda
nas suas águas profundas
ondas ricas e fecundas
do Oceano Poesia."
Eu sei que Deus está comigo
Mesmo se eu estiver em perigo
Mas mudando de assunto totalmente
Eu vou dizer o que passa na minha mente
Estou com saudade
Daqueles sorrisos que me enchiam de felicidade
Uma parte do meu coração quer muito reve-los
Mas a possibilidade disso não acontecer sempre está em meus pesadelos
Mas como a tempestade eu quero que isso passe e um novo dia floreça com muito brilho
Que eu possa um dia encontrar essas pessoas no meu trilho
Mas eu aguardo um novo dia
Para eu poder recomeçar sempre irradiando com muita alegria
E o que eu escrevo em homenagem a pessoas muito importantes que chamamos de amigos
Eu conheço um grande mau
Que destrói seu próprio lar
Mata sem pensar
Por riquezas sem valor
Tenta disfarçar
Sua ambição por poder
Ignorando o seu amor
Ele luta por prazer
Pensa no futuro
Esquece o presente
Acaba não vivendo honrosamente
Perde amizades
Mas ganha inimigos
Acha que é Deus
É apenas um menino
Vive em batalhas bancando o bad boy
Mas vontade não é coragem
E ganhar não é ser herói
Olhos do demônio
Acaba observando
É mais uma alma
Que ele vê levando
Homem mau entre certos sucessos
Compartilha o caos.
Eu sempre estou aqui esperando você chegar,
Quase sempre se atrasa, então me diga onde você está.
Ah...
Sabe de mim que sou refém, pois sabe que escrevo sobre você.
Sabe que sofro por estar aquém, melhor assim do que sem te ter.
Que morra em mim todo o amor do mundo,
Mas que não morra em mim a vontade de escrever...
Que morra em mim todo sentimento do mundo,
Mas que enterrado fique aqui em mim, você.
CARTAS DE AMOR
Ah se eu pudesse ler o que as cartas de amor não dizem
Cada suspiro que vai nas entrelinhas
O silêncio guardado em cada espaço em branco
Ah se eu pudesse ler cada pergunta que não é feita
O que se esconde atrás das vírgulas
A história que continua após o ponto final
Os sentimentos que impregnam o último verso
Quisera eu saber ler cartas de amor
Mas elas não se deixam ler
Ou não seriam cartas de amor.
A VIDA
Mirei o horizonte remoto
Sonhei acordado fantasias
Do cerrado eu fui devoto
Da vida as trovas vazias
Era sonho tão maroto
Com tortas caligrafias
Das quimeras de garoto
Seguintes as tais ironias
De um tal amor imoto
Raras as companhias
Com o verso canhoto
Ortografei as urgias
Então, neste viver piloto
Riscados nas heresias
De poeta e feliz louco
Versejaram os meus dias
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano
A Flor e Eu
Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.
Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.
Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.
Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.
Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.
Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.
Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...
RENOVO (soneto imperfeito)
Quisera eu o dissabor fosse menor
que os dias tivessem só harmonia
acalmando meu coração tão aflito
e na convicção ter dito: obrigado!
Quisera ser no fado um reto caminho
de suavidade, além do fatal conflito
necessário pra evoluir na infinidade
do, porém, e portar afeto bem intenso
Quisera que o imenso dom do viver
na magia do é e ser, encantasse
pra eu mergulhar nas glórias da fé
E assim, como errante e reles mortal
no final, o ardor da esperança restar
e todo dia, fosse, renovo neste amor!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano
Ah! Se eu pudesse apressar
Os ponteiros do meu relógio
- Só para te abraçar! -
Ah! Se eu pudesse correr,
Junto com o tempo
Para nunca mais te perder.
Ah! Se eu pudesse revelar
A cor dos teus lindos olhos,
E por eles me declarar...
Ah! Se eu pudesse me aproximar,
Para recuperar o tempo perdido,
- E resgatar o tempo de amar! -
Os teus olhos são tão lindos...,
Eu não vou contar como eles são,
Só sei que por eles, entreguei tudo;
Entreguei a minha vida e o coração.
Os teus lindos olhos tão íntimos,
Tão castos e repletos de cores,
Por eles morro sempre de amores;
Com direito a todos os mimos.
Ah! No pestanejar e no brilhar,
Os teus olhos me tocam inteira;
Como plumas a me acariciar...
Ah! Não conto o que sou capaz
De fazer por estes olhos;
Sim, darei a volta ao mundo,
E por eles sou capaz de ir atrás.
"Pêra"
Se a palavra Pêra pudesse representar tudo que eu não sei definir sobre você…Então,
Pêra seria todo o medo que eu tenho de continuar gostando de você.
Pêra seria toda a coragem que eu tenho para continuar gostando de você.
Pêra seria toda falta de paciência que eu tenho para esperar você.
Pêra seria toda a paciência que eu tenho para esperar você.
Pêra seria toda insegurança que eu tenho de te perder.
Pêra seria toda a certeza que eu tenho que não vou te perder.
Pêra seria raiva e paixão, pêra seria minha esperança e minha desilusão. Pêra seria o amargo de não receber uma mensagem sua, Pêra seria a gargalhada acompanhada de cada mensagem sua.
Pêra seria o tempo sem você, Pêra seria o tempo com você.
Pêra seria a expectativa que eu não quero ter, seria a expectativa que eu me desespero em ter.
Você seria Pêra.
Você é Pêra.
Doce, pequena, cara.
É a fruta que eu mais desejo fora de sua estação.
O mar não mais me faz brisa
A brisa não mais me sopra o rosto
E agora, que faço eu?
Perdido num mar d'aquilo que me vem
Em minha divagações taciturnas
O brilho da lua realça tuas ondas
Teu brilho negro-prateado me sorri
Tuas garras afiadas me prendem o pescoço
Que sou eu?
Refém, diz tu
Refém do quê?
Refém de si
Refém de teus pensamentos
Refém de tua luxuria insalúbre
Refém desse mundo sórdido
Refém das pernas abertas projetadas à vista
Mas que faço eu? Que sou tão pequeno homem
Quero tu, apenas tu, além de tu, perco-me em mim
Mas a ti me encontro, e reencontro-me dentro de tu
E a lua realça teu corpo
E a brisa volta a meu rosto
E o sopro é bom
E as tuas ondas batem contra meu peito
E tu respira suave
E tu é meu mar
E tornamo-nos um
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