Navegar
Educar não é apenas transferir informações, é ensinar a navegar num mundo onde verdades e mentiras se disfarçam com a mesma eloquência.
Ficção e esperança
A ficção é um devaneio,
um navegar nas águas do tempo,
um cavalgar sem as rédeas da razão,
sem o controle dos sentimentos.
É uma ilusão real, um sonhar acordado,
ou uma completa abstração da realidade,
onde se materializa em proza, versos e rima,
a mais fértil imaginação do autor.
Mas a ficção está a serviço da esperança,
e nos permite visualizar num cenário imaginário,
os ideais capazes de gerar uma nova abordagem,
dos nossos próprios problemas e conflitos reais.
Com uma visão mais pacífica e conciliadora,
permite acreditar que o ser humano
ainda é capaz de se relacionar sem interesse,
de desejar apenas uma amizade sincera
e amar sem o intento de querer dominar.
A realidade não muda através das palavras,
mas as atitudes podem se transformar,
se deixarmos as palavras germinarem
e fazerem brotar a esperança
no solo árido do nosso coração.
Navegar para o coração de uma mulher é descobrir um oceano de segredos, pela qual só irá tomar posse, o homem que mergulhar sem medo.
Viver é navegar mares encantados,
conduzindo barcos não planejados,
com perícia que não viemos dotados,
para alcançar portos não imaginados.
Água cristalina que banha
Os pés, a cabeça, a vida
Água de beber, de nadar, navegar
Precioso néctar da Terra
Fonte da renovação e do despertar
Traga de dentro de nós a consciência
A cura,fé, esperança
Mergulhados na límpida essência
Para nos renovar...
Viver é como entrar num navio e navegar em alto mar. Haverá dias ensolarados, tempestuosos, nublados, e enfim. O mar ficará revoltado e tentará derrubar o navio, mas também ficará calmo quando tudo estiver bem. Enxergará muitas vezes o horizonte, como se não conseguisse alcançar um objetivo, mas uma hora a felicidade virá e você poderá finalmente gritar "terra à vista".
Navegar pela leitura é preciso
Traz emoção, sonho, destino
Nos aventurando no paraíso
Do fingidor, do sábio, do divino
Inspiradas no poder conciso
Da junção grifada no livro.
Tente! Experimente!
Assim, sem qualquer compromisso
Se deixando levar pela mente
Mergulhada na imaginação
E não mais que de repente
Vai estar apaixonado pela composição...
De corpo e alma ao ter o livro nas mãos.
Flor e sol, verde, mar...sonhos perdidos em portos estranhos ...Sou eu, a navegar. Rios, mares...em busca de mim. De me descobrir, de me achar. Ventos, vôos...Ventania, maresia. Medo de naufragar !
Porto inseguro, escuro. Frio: chuvas, trovoadas, nevadas.
Lugares distantes...pedras, barreiras, montes, morros.
Horas certas, incertas...que passam, que ficam.
Sou eu nessa busca incessante de me descobrir, sentir.
Céu, lua...estrelas cadentes
Amores: errados, errantes !
Abri a porta, senti o mar
Vi as flores, o vento...
Naveguei nas lembranças
Te encontrei a navegar,
Te olhei, te senti...amei.
Amei, te amar !
Praia, barco, navio a navegar,
São longes lugares que vou
Sentidos contrários, tortos...
Sigo por caminhos, ruas
Vou buscando, tentando
Cruzar horizontes
Abrir porteiras,
São assim meus passos
Voos distantes, desertos
Pensamentos, só.
Cruzo vilarejos,
Naufrago
Avenidas largas
Matas distantes,
Vou sem direção
Sem remo...
Mas há um caminho
Onde chegar
Talvez longe, talvez perto...
Um caminho que me busco
Me procuro,
Um caminho
Onde vou me encontrar.
Saberei quem sou
Para onde fui
De onde virei
A onde estou.
Navegar é meu canto, meu refúgio...entre pedras e areias naufrago de encontro as ondas, sou levada pelo vento, carregada pelo som da madrugada até a imensidão do mar.
Dinheiro não me seduz, poder não me inspira: o que me faz navegar nas ondas, viajar no mar, dançar por entre rios e flores, são teus olhos quando se perdem nos meus !
Daria tudo para senti
para tocar,
faria mais que o possível
iria bem mais...
navegar,
naufragar em teus olhos
mergulhar
entregaria minha alma
meu corpo,
qualquer coisa daria
para me libertar
das correntes, do vazio.
Não encontro mais nada
além,
Não vejo
nada mais que saudade.
Sonho livre
sou.
Voar por rios
fontes, navegar.
Sobre oceanos
caminhar,
jardins e mares.
Em canções
versos e cores.
Tou na pele
no bico,
nas asas de beija-flores.
Cai cai nos meus braços
Desliza por entre meus dedos
Vamos navegar nessa praia
De mãos dadas arrepiar a pele
Senti o sol, o mar...
Vamos brincar de pega
Vamos colar num abraço !
Carnaval é todo dia
São corpos que sabam
No mesmo passo
Ritmo
Alegria
Me segura
Me leva...
Carnaval é uma tarde
Eu e tu
A sós
Chega de repente
Me joga risos
Acelera alma
E se vai !
Deixando sonhos
Esperança
Cai cai
Pra nós ainda é folia
Gingado
Olho no olho
festa, melodia !
Tempo do Tempo.
Navegar é preciso.
Quem decide o tempo em que vivemos somos nós:
ancorado ao passado, como um barco que nunca sai do porto;
desafiando os vendavais do tempo presente, em alto mar, e navegando rumo ao futuro, com destino a um porto aonde se quer chegar.
Tempo ao Tempo.
Monotonia atroz.
Sem a calmaria dos ventos e a fúria dos vendavais navegar seria uma monotonia atroz.