Nau

nosso amor
(nau frágil)
em naufrágio

um corpo flácido
lixo tóxico
permanece estático

no piso gélido
na noite tímida
desgosto e náusea

da partida asmática
sufocante
apática
as marcas

Assopra os ventos,
Tenho as velas do veleiro!
Abrir caminhos...
Impulso ganha a nau,
A vida me levar...

Se e pra espera que seja pela pessoa certa nau por qualquer outra ‘

Fico aqui pensando se voc estar bem, mais nau sei se eu estou '

Tenho vários medos, mais geralmente o meu maior e que voc nau volte nunca mais ' *~*

Corro um risco muito grande de acabar te iludindo , nau quero fazer com voc o que voc fez comigo um dia ' pq qui se faz aqui se paga ' :D'

SER O MAR

Você quer ser o mar...
E eu,
a nau a deslizar.
Uma proa,
tua boca a tocar.
O vento.
que ajuda a navegar.
Vela que cativa
teu olhar.
Ser timão
ao suave toque
da sua mão.
Estrela do seu
Norte.
Ondas a me embalar
no doce
balanço do teu
mar.

A Nau é Outra?

Em novos mares,
Navegar é preciso.
Viver é impreciso...

Aventura desastrosa

Como numa tempestade no oceano
Onde a nau perde o seu rumo
O coração pulsa forte sem dano
Você me faz perder o prumo

Marinheiro de primeira viagem,
Não sou! Mas me apaixonei.
Aventurei-me no meio da vadiagem
Agora o que fazer? Eu não sei.

Enveredei nas longas noites,
Estrelas infinitas eu contei,
Momentos maravilhosos e doces.

Porém, o tempo passou e viajei...
No oceano dos lindos segredos,
Mas na aventura desastrosa, dancei!

ONDE NAVEGAR MINHA NAU?


Onde navegar minha nau?
Tudo anda tão seco, árido
Esturricado pela desilusão
Sem encanto, sem vento
Desamparado, sem manual!

Onde navegar minha nau?
Sem água, sem dia, noite
Ferido no próprio coração
Perdido na solidão do tempo
Vivendo como um Bacurau!

Onde navegar minha nau?
Se não existe porto, mar
Tudo anda revolto na imensidão
Sem ver na linha do horizonte...
Um destino que possa atracar!

PERDI O CÉU

Eu vim com a "volúpia do infinito".
E como estrangeiro desta nau terrestre, extravasei para além de mim...
Sou o que restou da estação primaveril. Emissário das sinistras vinculações angélicas, vivi entre as pedras afogueadas.
Ser antiético e cético era o que mais queria...
Finquei raízes em ilhas dos amores; e com o credo dos ateus, perdi o céu.

10.10.16-

Os golpes do destino


Aparar os golpes do destino e manter a nau humana na direção ao porto do otimismo exige esforços que nos sustentem na sintonia dos ideais promissores.
Para desatar os nós apertados dos desacertos que provocam angústias e tristezas, não podemos relaxar em momento algum, é um constante desafio a nós mesmos.
No momento dos escorregões é preciso segurar em algo para não cairmos e a vontade de acertar e de vencer pode ser decisiva a fim de que não cheguemos ao fundo do poço.
Esperar por dias melhores sem esboçar nenhuma reação favorável para mudá-los é uma ação que, mais tarde, apenas nos fará comprovar os nossos enganos.
Desistir sem ao menos haver tentado é o mesmo que assinar dentro da própria alma a soltura das rédeas da vida e, assim, ela passará a correr solta como os ventos de um redemoinho que não se sabe aonde vai parar.
Não aceitemos os revesses, trabalhemos por modificá-los. Há muito tempo ainda para darmos um rumo às nossas vidas. Não nos deixemos ser como a semente que não germinou ou que, conseguindo germinar, lhe faltou a habilidade do jardineiro no regar e no adubar, que nos proporcionariam a felicidade.
Deixar a vida somente na introdução é o mesmo que criar muitas expectativas, atrair muita ansiedade e transtornos que poderiam ser evitados.

humana
uma anã
uma nau
sem norte

Marujo

Força motriz, a nau segue o momento..
Vento vem de arreio, surge do norte.
O mar quente escalda o remo forte.
E sem rumo vaga o pensamento.

Ele pensa sem cessar
Sobre o que seria amar.
Mas a vida prossegue sobre o mar...

De zero a Dez

Seguiram os dois na nau desgovernada;
Um por querer tudo
O outro por não querer nada.

No caminho nada se ajeitou,
Um não sabe por que foi
O outro não sabe por que voltou.

Nenhum deles entendeu,
Olharam-se nos olhos no adeus,
Para finalizar um no outro um beijo deu.