Nao Tente Adivinhar o que
Cicatrizes que sussurram
Estou em pé, mas não inteira, há frestas em mim onde a luz hesita, esquinas da alma onde o medo ainda mora, e a vergonha sussurra antigos nomes.
Carrego silêncios que pesam mais que gritos, feridas que não sangram, mas ardem baixinho.
Já quis fugir de mim,calar partes que doem só de existir.
Mas hoje aprendo a me sentar comigo,
a ouvir sem julgar, a tocar cada sombra com mãos de ternura, e chamar pelo nome o que antes eu escondia.
Porque há beleza também no imperfeito,
força no que um dia foi queda, e cura, talvez, em simplesmente não fugir mais.
escrever significa que existe um mundo inteiro de pensamentos dentro de nós , onde não há mais espaço pra ser guardado ...
Se o auge do teu ministério é uma foto sua pregando, então talvez não seja Cristo que estejas anunciando, mas a ti mesmo.
Amar os inimigos não significa aprovar o mal que essas pessoas fazem a si mesmas e aos outros. Amar quem te persegue é deseja o bem mesmo assim, por causa de Jesus.
Em busca do que sei. Digo, não sei mais quem sou... Sê venci! Me pergunto: Onde estará o prêmio tão vil? De valores sem sentido, inexprimível ao desejo de não ter vencido.
Sopro Sagrado
No silêncio entre o ser e o não ser,
um nome eterno começa a viver.
No inspirar do ar que entra em mim,
Ao expirar de um sopro que chega ao fim.
Yod — combustível da Luz em mim,
He — no sopro que chega ao fim.
Waw — no ar que entra em mim,
He — último adeus ao chega ao fim.
É impronunciável, diz a tradição,
pois não estamos prontos nessa dimensão.
Mas em cada alento, em cada pulmão,
ressoa o Eterno em pura vibração.
Sem fala, sem som, sem direção,
Deus se revela em inspiração.
Pois cada respiro é oração velada,
Somos centelha da Fonte sagrada.
Vivemos o Nome, sem precisar dizê-lo,
pois Ele vive em nosso próprio anelo.
E a cada suspiro, sem nem perceber,
pronunciamos Deus… enquanto viver.
Os pais são a moldura que rodeiam a imagem que é sua criança.
Se é um quadro bonito ou não, depende do prego que sustentou essa moldura.
O ateu não tem aversão ao seu Deus.
Só possui a consciência que são seus pés e visão que o levarão para o sucesso ou não.
Desafiei o impossível não por arrogância, mas porque entendi que meus limites eram apenas muros que ainda não ousei escalar.
Não troque a mulher que passou um inferno com você por outra pra passar a fase boa.
Se passou a fase ruim contigo, merece a fase boa também.
Graças a mais um dia! Não precisamos procurar coisas extraordinárias durante o dia! Estar vivo é extraordinário!
Eu não sei! E não tenho como explicar por que as coisas chegaram a esse ponto de eu ter me deixado perder tanto assim? Por você e por todos esses sentimentosque eu sinto hoje por demais. E por que de tudo isso que está acontecendo com a gente? O que fizemos de tão errado para estarmos vivendo e passando por tudo isso hoje? Se dizem que o amor sempre vence qualquer barreira e supera tudo, e por que só o nosso amor não foi capaz de vencer ainda essa barreira em que estamos presos nela sempre? E nem superou essa situação que estamos vivendo e passando até hoje? E nem se desfez ainda com o tempo, então tem como explicar isso?
Depoimento do abismo
Fui lançado — não nasci.
Arrancado do seio do Olimpo e cuspido no ventre escuro do submundo.
Como Michael, caí.
Mas não houve batalha. Não houve glória.
Só a queda.
Afundei nas águas estagnadas do Aqueronte,
onde o tempo não corre, onde a existência apodrece em silêncio.
Ali, não se morre — tampouco se vive.
Ali, a única sobrevivente é a dor.
E mesmo ela, cansa.
O amor é uma lembrança malformada.
A paz, um conceito sem tradução neste idioma feito de gritos mudos.
A esperança... uma piada cruel, contada em ecos por almas vazias.
Tentei respirar.
Mas as águas negras não são feitas de matéria,
são feitas de ausência — ausência de tudo.
São a substância daquilo que não deveria ser.
E nelas, minha alma se desfaz, lentamente.
Não há carne.
Não há forma.
Não há identidade.
O "eu" é um sussurro perdido na margem da consciência.
Sou e não sou.
E, nesse estado, compreendo o que é a antítese da vida:
não a morte, mas a permanência involuntária no não-ser.
O sofrimento aqui não grita.
Ele murmura, ele sussurra, ele escava.
É uma erosão constante da alma,
um delírio sem sonho.
Sou parte do rio agora.
Sou sua densidade, sua ausência de luz.
E quanto mais fundo me torno,
mais compreendo:
O inferno não é fogo.
É o esquecimento de si mesmo.
É saber que se sente dor,
mas não lembrar por quê.
Não se esqueça de que a vida é composta por momentos, mas não se resume a um único instante. Portanto, não pense que o amanhã deixará de existir e que tudo lhe é permitido no presente.
