Nao sou uma Pessoa que Espera a Elogiar
Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre (...) Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exacta do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.
Adoro sua voz. E da sua mão quente e do seu beijo calminho e intenso. Eu não gosto nunca de nada e gostei tanto de você.
O vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é resposta a meu – a meu mistério.
Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão. É que “quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Embora não aguente bem ouvir um assovio no escuro, e passos.
Quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.
É melhor eu não falar em felicidade ou infelicidade – provoca aquela saudade desmaiada e lilás, aquele perfume de violeta, as águas geladas da maré mansa em espumas pela areia. Eu não quero provocar porque dói.
(Mas quem sou eu para censurar os culpados? O pior é que preciso perdoá-los. É necessário chegar a tal nada que indiferentemente se ame ou não se ame o criminoso que nos mata. Mas não estou seguro de mim mesmo: preciso perguntar, embora não saiba a quem, se devo mesmo amar aquele que me trucida e perguntar quem de vós me trucida. E minha vida, mais forte do que eu, responde que quer porque quer vingança e responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois. Se assim é, que assim seja.)
Irei até onde o ar termina, irei até onde a grande ventania se solta uivando, irei até onde o vácuo faz uma curva, irei aonde meu fôlego me levar.
Apesar das decepções e do coração partido, é cedo demais pra dizer que não vale a pena tentar de novo com outra pessoa.
Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la.
Nota: Adaptação do pensamento original de Santayana. A citação também costuma ser atribuída a Edmund Burke. A confusão acontece porque Burke tem um pensamento com uma ideia semelhante.
...MaisJá passou, já passou. Se você quer saber, eu já sarei, já curou. Me pegou de mal jeito mas não foi nada, estancou.
A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem.
Não estava abatida de chorar. (...) E sua tristeza era um cansaço grande, pesado, sem raiva.
Não basta abrir a janela
para ver os campos e o rio.
Não é o bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem...
SEM PRESSA
Um Guerreiro da Luz não tem pressa para nada na vida. O tempo trabalhara a seu favor sempre, se ele conseguir dominar a própria impaciência. Andando cada vez mais devagar, ele nota a firmeza de seus passos. Sabe que, como todos no mundo, que participa de um momento decisivo para a história, e precisa mudar a si mesmo antes de querer mudar o mundo. Como disse Lanza
del Vasto, "uma revolução precisa de tempo para se instalar". Pouco a pouco, o guerreiro muda sua vida e vai percebendo as diferenças. Gradualmente, enfrenta desafios maiores, que requerem mais esforço. Um guerreiro da Luz não pode ter pressa para conseguir o que deseja. Ele não pode colher o fruto enquanto ainda está verde. Por isso, ele espera o seu tempo.
Amigos, amigos verdadeiros, têm muito mais a ver com o fato de que temos um coração quente, não o dinheiro ou poder.
Mesmo sem querer a vida te ensina, que você se importar com as pessoas não é motivo suficiente para que elas também se importem com você.
A ambição é o puro senso de dever pois a si só não produz frutos realmente importantes para a pessoa humana, pelo contrário, os frutos verdadeiros derivam do amor e da dedicação para com as pessoas e as coisas.
Temos o direito de fazer promessas de amor que nunca serão cumpridas. Não há graça nenhuma em falar somente aquilo que se pode fazer.
Triste é não chorar, se eu também chorei, e não, não há nenhum remédio pra curar essa dor que ainda não passou, mas vai passar, a dor que nos machucou. E não, não, há nenhum relógio pra fazer voltar, o tempo voa.
