Nao sou uma Pessoa que Espera a Elogiar

O que não se compreende, não se possui.

O tempo não se ocupa em realizar as nossas esperanças: faz o seu trabalho e voa.

A mediocridade é a arte de não ter inimigos.

Quando eu era moço observei que nove das dez coisas que eu fazia fracassavam. Como não desejava fracassar, eu trabalhava dez vezes mais.

Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem,
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

É inútil querer discutir e tirar de alguém as suas ideias; as pessoas não querem deixar-se convencer; o melhor é deixá-las.

Muitos não sabem quanto tempo e fadiga custa a aprender a ler. Trabalhei nisso 80 anos e não posso dizer que o tenha conseguido.

Devem exigir que eu procure a verdade, não que a encontre.

Contra o calar não há castigo nem resposta.

Quem se entrega à vaidade e não se entrega à meditação, com o tempo invejará aquele que se esforçou na meditação.

A memória é muito vigorosa nas crianças e por isso a imaginação é excessivamente viva, pois esta não é mais que uma memória dilatada e composta.

O falhado é um homem que errou, mas não é capaz de converter o seu erro em experiência.

Puxar em comum, mas não pensar em comum.

O homem não crê no que é, crê no que ele deseja que seja.

O caráter não é esculpido em mármore, não é algo sólido e inalterável. É algo vivo e mutável, e pode tornar-se doente, como se torna doente o nosso corpo.

Morremos quando não há mais ninguém por quem tenhamos vontade de viver.

A grandeza consiste em tentar ser grande. Não há outro meio.

A natureza parece quase incapaz de produzir doenças que não sejam curtas. Mas a medicina encarrega-se da arte de prolongá-las.

Aquilo a que chamamos acaso não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido.

Erguer um monumento a quem está vivo significa declarar que não se pode confiar nos seus pósteros.