Nao sou a Mulher Perfeita sou eu

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Vou escrever alguma coisa que não sei o que seja, justamente para ficar sabendo. E que só eu posso me dizer, mais ninguém

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não eu vou me apaixonar
Eu não tava nem pensando
Mas você foi me pegando
E agora importa onde vá

Me ganhou vai ter que me levar
Você me vê assim do jeito que eu sou
É e faz de mim, tudo que bem quer
Eu que sei tão pouco de você
E você que teme em me querer

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não eu vou me apaixonar
Eu não tava nem pensando
Mas você foi pegando
E agora não importa onde vá
Me ganhou, vai ter que me levar
Com você é bom qualquer lugar.

Alguma coisa deu errado em mim, eu não sei te explicar e eu não sei como arrumar e nem sei se tem ajuda pra isso. Mas meu corpo inteiro se revolta quando gosto de alguém. Me armo inteira pra correr pra bem longe e pra lutar com unhas gigantes quem tentar impedir. Me mata constatar como é ridículo ficar com saudade só de você ir tomar banho. Ter que sentir ciúme ou mágoa ou solidão e sorrir para não ser louca. Eu sinto de um tamanho que eu não tenho e então começo a adoecer, como sempre.

Eu não tenho nada a esconder
Agora é pra valer, haja o que houver
Não to nem aí
Eu não to aqui pro que dizem
Eu quero é ser feliz, e viver pra ti
Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha
Meu Amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, Meu bem,
Acredite no final feliz...
Meu amor... Meu amor...

Eu que não sei quase nada do mar
Descobri que não sei nada de mim.

A estrela que eu escolhi não cumpriu com meu pedido e hoje não a encontrei
Pois caiu no mar, e se apagou

Espero que você pense em mim de vez em quando, só para eu não me sentir tão patética por pensar em você o tempo todo.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo

Martha Medeiros

Nota: Trecho adaptado de texto publicado por Martha Medeiros. Link

Você não me enganou, eu é que adorei enganar a mim mesma.

De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será. E olha só, passei tanto tempo fugindo de um alguém que hoje sofro por não ser totalmente meu. Agora me diz, por quê?

"Eu não temo morrer e ir pro Inferno ou (o que seria consideravelmente pior) ir para a versão popularizada do Paraíso. Eu espero que a morte seja um nada e, por me remover todos os medos possíveis da morte, eu sou muito agradecido ao ateísmo.”

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte.
Porque cansei dessa gente que manda ter mais calma.
E me diz que sempre tem outro dia.

Eu não tinha muito a oferecer, eu sei… Mas tudo o que eu tinha, era seu.

Eu não soube suportar a passagem das coisas. Tudo o que flui, tudo o que passa, tudo o que mexe sufoca e enche-me de angústia.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto

Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.

A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme. dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.

E eu impávida finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo. De noite fico sozinha no escuro, vazia, pousada num canto do chão. Meu silêncio fede. Ai de mim, que sou o receptáculo da morte das coisas.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Eu não vim pra explicar. Vim para confundir.

Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia

Agora preciso de tua mão, não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo. Sei que acreditar em tudo isso será, no começo, a tua grande solidão. Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor. Como eu, não terás medo de agregar-te à extrema doçura enérgica do Deus. Solidão é ter apenas o destino humano.
E solidão é não precisar. Não precisar deixa um homem muito só, todo só. Ah, precisar não isola a pessoa, a coisa precisa da coisa: basta ver o pinto andando para ver que seu destino será aquilo que a carência fizer dele, seu destino é juntar-se como gotas de mercúrio a outras gotas de mercúrio, mesmo que, como cada gota de mercúrio, ele tenha em si próprio uma existência toda completa e redonda.
Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça – que se chama paixão.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.