Não Sofra mais por Mim

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Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito. E que o seu silêncio me fale cada vez mais.

Senhora das nuvens de chumbo
Senhora do mundo dentro de mim
Rainha dos raios, rainha dos raios
Rainhas dos raios,
Tempo bom, tempo ruim
Senhora das chuvas de junho
Senhora de tudo dentro de mim
Rainha dos raios, rainha dos raios
Rainha dos raios
Tempo bom, tempo ruim
Eu sou o céu para tuas tempestades
Um céu partido ao meio no meio da tarde
Eu sou um céu para tuas tempestades
Deusa pagã dos relâmpagos
Das chuvas de todo ano
Dentro de mim, dentro de mim
Rainha dos raios, rainha dos raios
Rainhas dos raios,
Tempo bom, tempo ruim....

Mas eu minto melhor que você. Posso mentir até para mim mesmo.

Me sinto perdido no mundo. Ou dentro de mim, que seja.

Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim, é uma tranquilidade.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Os poetas mentiram pra mim, Roberto Carlos mentiu para a gente. O amor não é manso assim. Ele pega, invade e devora a gente.

Quarenta Anos

A vida é para mim, está se vendo,
Uma felicidade sem repouso;
Eu nem sei mais se gozo, pois que o gozo
Só pode ser medido em se sofrendo.

Bem sei que tudo é engano, mas sabendo
Disso, persisto em me enganar... Eu ouso
Dizer que a vida foi o bem precioso
Que eu adorei. Foi meu pecado... Horrendo

Seria, agora que a velhice avança,
Que me sinto completo e além da sorte,
Me agarrar a esta vida fementida.

Vou fazer do meu fim minha esperança,
Oh sono, vem!... Que eu quero amar a morte
Com o mesmo engano com que amei a vida.

Mário de Andrade
ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013.

Porque, quanto a mim, sinto de vez em quando que sou o personagem de alguém. É incômodo ser dois: eu para mim e eu para os outros.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Passei muito tempo vagando em mim (…) Preciso abrir minhas janelas.

E que você sinta vontade de precisar de mim. Mas não só quando houver necessidade, que você sinta isso mesmo tendo passado um dia inteiro comigo, que não veja e nem sinta as horas passando quando estiver ao meu lado, e que nunca seja o suficiente o tempo que passarmos juntos, que você sempre sinta vontade de mais, mais e mais.

Ainda que dentro de mim as águas apodreçam e se encham de lama e ventos ocasionais depositem peixes mortos pelas margens e todos os avisos se façam presentes nas asas das borboletas e nas folhas dos plátanos que devem estar perdendo folhas lá bem ao sul e ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentirei o cheiro podre das águas e meus pés não se sujarão na lama e meus olhos não verão as carcaças entreabertas em vermes nas margens, ainda assim eu matarei as borboletas e cuspirei nas folhas amareladas dos plátanos e afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que você me devoraria como eu devoraria você. Ah se ousássemos.

Por 1 minuto eu queria ser você, só para ter certeza se o que você sente por mim é mesmo verdadeiro

E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Meus amigos devem ter algum problema, porque gostar de mim é complicado.

Não sou perfeita, mas partes de mim são excelentes!

Odeio a parte de mim que perdoa o que é imperdoável.

(...) nada te posso garantir – eu sou a única prova de mim (...)

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica A noite mais perigosa.

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- Polícia: Qual a ocorrência?
- Tem 2 homens brigando por mim.
- E qual o problema nisso, senhora?
- O feio tá ganhando!!

Para mim, o órgão do Fotógrafo não é o olho (ele me terrifica), é o dedo: o que está ligado ao disparador da objetiva, ao deslizar metálico das placas (quando as máquinas ainda as tem). Gosto desses ruídos mecânicos de uma maneira quase voluptuosa, como se, da Fotografia, eles fossem exatamente isso - e apenas isso - a que meu desejo se atém, quebrando com seu breve estalo, a camada mortífera da Pose.

Eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim.

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