Não se Pede Ninguém em Amizade

Ninguém se torna senhor das coisas possuindo-as todas: é preciso tornar-se senhor das coisas desprezando-as por completo.

Tenho a certeza que, desde que pude fazer pleno uso da minha razão, nunca mais ninguém me ouviu rir.

Todos reclamam da sua falta de memória, mas ninguém se queixa da sua falta de senso.

Ninguém pode salvar ninguém. Temos de nos salvar a nós próprios.

Ninguém deve ser igual ao outro, e sim igual ao mais alto!
Como realizar isto? Que cada um seja completo em si.

A pobreza não tira a nobreza a ninguém, a riqueza sim.

Aquele que na vida partiu do zero para não chegar a nada, não tem que agradecer a ninguém.

Ninguém sente em si o peso do amor que se inspira e não comparte. Nas máximas aflições, nas derradeiras do coração e da vida, é grato sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão das penas, nem soldar o último fio que se está partindo. Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência..

Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar.

Ninguém pode escrever a vida de um homem a não ser que tenha comido, bebido e convivido com ele.

A dor que não ajuda ninguém é absurda.

Sou rico? Todos estão prontos a dar-me a própria pele; / sou pobre? Ninguém me quer dar nem uma moeda.

Muitos pensam que ter talento é sorte; não vem à mente de ninguém que a sorte pode ser uma questão de talento.

Aquele que elogia a todos não elogia a ninguém.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

Ninguém sabe aquilo que é capaz de fazer antes de ter tentado.

A estima consegue-se menos quanto mais se busca; depende do respeito alheio e assim ninguém a pode adquirir sem a merecer dos outros e sem a aguardar.

Se você tem de dizer aos outros quem é, você não é ninguém.

Ninguém se pode gabar de nunca haver sido desprezado.

Talvez ninguém possa ser poeta, ou mesmo apreciar a poesia, sem uma certa perversão da mente.