Não quero que Alguém Morra por Mim

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Como saber o que ele pensa quando me olha? Quando tá sozinho ou quando perguntam de mim? Saber disso, facilitaria as coisas pra mim.

E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo.

Muita gente riu de mim
Quando eu disse que podia fazer o que quisesse da minha vida
Foram muitos anos de vivência,
Muitos baldes de água fria na cabeça
Muitos goles a mais, alguns passos para trás
Só flagrando a cena
Eu aprendi o bastante pra poder sorrir
Pois ainda estou aqui, tentando conquistar o meu espaço
Com muito pouca condição
Mas a cabeça não abaixo

O divino para mim é o real.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não pise na bola, nem cometa erros comigo. O troco pode doer, e se depender de mim, a dor não passará tão cedo.

Eu não posso causar mal nenhum.
A não ser a mim mesmo.
A não ser a mim mesmo.
A não ser a mim...

Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom.

O que aprendi, já esqueci, mas tenho a certeza de que de algum modo ficou em mim.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica San Tiago.

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É incômodo ser dois: eu para mim e eu para os outros.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Uma vontade de benzer-se pedindo proteção, afasta de mim, Deus.

Tão secreta é a verdadeira vida que nem a mim, que morro dela, me pode ser confiada a senha, morro sem saber de quê. E o segredo é tal que, somente se a missão chegar a se cumprir é que, por um relance, percebo que nasci incumbida – toda vida é uma missão secreta.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil.

Eu sorri. “Ele é um pouco novo demais pra mim”. A carranca de Jacob se aprofundou mais ainda. “Ele não é assim tão mais novo do que você. É só um ano e alguns meses.”
Eu tinha uma sensação de que não estávamos mais falando de Quil. Eu mantive minha voz leve, zombeteira. “Claro, mas considerando a diferença de maturidade entre rapazes e garotas, não temos que contar como a idade dos cachorros? O que isso me torna, uns doze anos mais velha?”
Ele sorriu, revirando os olhos. “Ok, mas se vamos começar a ser seletivos assim, você tem que contar o seu tamanho também. Você é tão pequena que teria que descontar uns dez anos do seu total”.
Quando nós chegamos em La Push, eu estava com vinte e dois anos e ele estava com trinta - ele definitivamente estava colocando a balança a favor das habilidades dele.

Tenho tanto de você em mim que temo perder-me.

O melhor momento para mim é quando não tenho nenhum problema de que eu não possa me safar.

Não ligo se gostarem de mim em partes.
Mas desejo que eu me aceite por inteiro.

Não faça nada por mim... não vá pensando que sou seu...

E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros têm para me dar.

Não se prenda a mim, não se limite, não pare de olhar para fora. Daqui a pouco vai ser muito tarde, eu sei que é assim porque eu sinto isso.

Das leis, da moral e dos costumes
eu sigo o que me convém.

Sou dono de mim e meu juiz,
e considerando que não estou preso,
nem internado, nem morto,
vê-se que não sou tão mal menino assim...