Não quero Alguém que Tenha outro Alguém

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Um dia de salto, outro de sandálias Havaianas.

Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê
Minha flor, meu bebê

Eles pareciam saber que quando o amor era grande demais e quando um não podia viver sem o outro, esse amor não era mais aplicável: nem a pessoa amada tinha a capacidade de receber tanto. Lóri estava perplexa ao notar que mesmo no amor tinha-se que ter bom senso e senso de medida. Por um instante, como se tivessem combinado, ele beijou sua mão, humanizando-se. Pois havia o perigo de, por assim dizer, morrer de amor.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Como se esquecer um amor? Amando outro amor.

Por um lado, não me sinto como as outras pessoas e, por outro, sou exatamente como elas."

Cansados da eterna luta por abrir caminho pela matéria bruta, escolhemos outro caminho e nos lançamos, apressados, aos braços do infinito. Mergulhamos em nós mesmos e criamos um novo mundo.

Não dê tanta importância ao que o outro fala de você. Ele, com certeza, gostaria de estar no seu lugar, vivenciando a sua vida, sentindo o que você sente, usufruindo do que você usufrui. Quando a crítica é desmerecedora, camufla uma inveja ressentida. Cada um tem o seu espelho, e aquele que critica o faz para si mesmo, pois não tem coragem de assumir o que realmente é ou deseja. Não se incomode com isso. Não entre na energia daqueles que não são capazes de ousar para ser como gostariam. Por eles, faça uma oração, deseje-lhes o melhor, torça pela sua felicidade. Faça o contrário daquilo que eles fazem por você, pois assim, estará atraindo o melhor para você mesmo.

E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, no tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido?

"E sabe que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer."

"Quando ele sorri, doce, imagino meus filhos."

Meu marido, como gosto de imaginá-lo, tem os ombros largos de proteção e abraço eterno. Tem uma mão grande que serve para tudo: desde atravessar a rua segura até sentir prazer sem medo das horas.
"(...)Quando ele sorri, doce, imagino meus filhos. Exatamente com aquela ironia pura estampada na cara: um misto de esperteza com falsa esperteza. Quando ele acorda e eu acordo, e nos olhamos, é sempre uma promessa de que a vida não vai acabar porque sempre acordaremos juntos. E para sempre vamos nos amar mesmo com o desgaste das olheiras e remelas. Respiro aliviada e mesmo distante de Deus eu sinto que ele abençoa tudo aquilo."

A Flor

Ouvi dizer
Que o teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...

Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...

Tua flor me deu alguém pra amar
E quanto a mim?
Você assim e eu, por final sem meu lugar
E eu tive tudo sem saber quem era eu...
Eu que nunca amei a ninguém
Pude, então, enfim, amar...vai!

A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia. Somos pra sempre.

Numa terra distante havia dois jardineiros: um alegre e otimista, outro ranzinza e pessimista.

O ranzinza tinha a melhor terra, o melhor adubo, e as mudas das mais belas plantas.

O alegre tinha um terreno árido, um adubo pobre, e plantas não muito vistosas.

Ao amanhecer o dia, o ranzinza já chegava no jardim a reclamar. Ah, aquela folha secou! Aquela outra flor despedaçou. Esta planta cresceu demais! Esta outra cresceu de menos. E era um resmungar sem fim enquanto ele trabalhava, porque onde quer que ele olhasse, encontrava defeitos em seu jardim.

Já o alegre chegava no jardim sorridente, e ainda que não encontrasse uma realidade de sonho, cumprimentava suas plantas com um sorriso largo no rosto e um animado 'bom dia!'. E enquanto ele trabalhava, assobiava, cantarolava, acariciava suas plantas, e mesmo que elas não estivessem tão bonitas, ele não cansava de elogiar: 'como vocês estão lindas!'

E depois de algum tempo, as plantas do jardineiro ranzinza estavam secas ou murchas e tristes, enquanto que as do jardineiro alegre estavam formosas, alegres e perfumadas.

E a quem quer que perguntasse ao jardineiro alegre, afinal, qual era o seu segredo, já que ele não tinha bom adubo, nem boa terra, nem mudas de belas plantas, ele simplesmente respondia: 'bons olhos... o segredo é ter bons olhos.'

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro, evita o aperto de mão de um possível aliado.

Todo dia é dia de pedir mais

A gente podia ser mais tolerante um com o outro. Fazer uma corrente do bem, dos bons pensamentos, da sinceridade, da tribo do romance e da delicadeza. E pedir mais. Muito mais. Mais amor. Mais gente fina, elegante e sincera. Mais contas pagas. Mais unhas fortes. Mais bunda lisinha. Mais coxas firmes. Mais beijos na bochecha, na testa e na boca. Mais beijos de língua. Mais beijos de cinema. Mais gente que cuida da própria vida. Mais liquidação.

Mais bom dia, boa tarde e boa noite. Mais educação. Mais com licença, de nada, me desculpa, obrigada, por favor. Mais livros. E mais leitores. Mais cheirinho de casa limpa e roupa nova. Mais feriado. Mais dias de sol e vento no rosto. Mais outono e primavera. Mais namoro. Mais mãos dadas. Mais abraços acolhedores. Mais conforto. Mais carinho nas costas. Mais massagem nos pés.

Mais dinheiro achado no bolso da calça. Mais água de coco e espumante geladinhos. Mais Pringles e Doritos. Mais shampoo que deixa o cabelo brilhoso. Mais segurança. Mais ar-condicionado. Mais saúde para dar, vender e emprestar. Mais cama boa para deitar. Mais banhos de banheira com espuma. Mais rímel que não borra. Mais calça que não aperta. Mais sapato que não machuca.

Mais soninho depois do almoço. Mais pôr-do-sol. Mais lambida de cachorro. Mais conversa para resolver os problemas. Mais respeito de telemarketing. Mais respeito no trânsito. Mais respeito no condomínio. Mais respeito na fila do banco. Mais respeito. E ponto.

Mais amor ao falar. Mais paciência ao ouvir. Mais cautela ao lidar. Mais roupa bonita no closet. Mais amigos de verdade. Mais sorrisos de verdade. Mais amores de verdade. Mais verdade. E só.

Mais programa bom na televisão. Mais pessoas de boa índole. Mais atenção nas pequenas coisas. Mais decência ao se vestir. Mais silêncio no cinema. Mais condições em hospitais e escolas. Mais noção na cabeça de presidente, governador, prefeito, deputado e vereador. Mais gente ajudando pessoas e bichos. Mais punição para quem faz o mal. Mais chances para quem se mata de tanto trabalhar. Mais criança na escola. Mais pais conscientes. Mais gente que bebe e pega táxi.

Mais amor próprio. Porque antes de amar qualquer coisa ou pessoa você tem que amar você mesmo primeiro.

Inserida por thamynf

Se você ver um par de sapatos, um pra cima outro pra baixo
Ou um surfista elegante, de sociedade
Se você sentir que está ventando demais e não tiver agradável
O vento que tava tão bom
Então se lembre de mim

Inserida por Priscillanjos

Tome conta do seu dia!

Hoje é o seu dia!
Sim, não existe outro dia para ser feliz.
Ao passado não podemos regressar.
E por vezes, é no passado que encontramos a frustração,
o nosso motivo de insatisfação.
Então, é hoje o dia de ser o seu dia.

Muitos projetam a felicidade para o amanhã.
Dizem que amanhã será melhor.
Mas como será melhor se o dia de hoje não for bom?
Isso é contar com a sorte,
igual a esperar Papai Noel na janela,
sair de casa num dia quente com camisa de flanela!

Hoje é o seu dia!
Abrace-o como se fosse o último (e poderá ser).
Não se deixe levar nem pela impressão
nem pelas frustrações dos outros.
Cada um pegue o seu barco e reme…

Não entregue a sua felicidade nos braços de ninguém.
Não faça da sua alegria, uma dependente de alguém.

Sua paz, sua autoestima, sua vida enfim,
dependem única e exclusivamente do seu olhar interior.
Aquele que ao acordar, olha para o espelho e diz:
- Tai uma pessoa feliz!
Esta pessoa é você, e eu repito:
- Hoje é o seu dia!

Tome conta dele, é o seu tesouro.
Não deixem que os vampiros da alegria,
os “dementadores” que andam soltos por ai o levem.
Aredite em você e na sua capacidade de ser feliz.
Tome conta do seu dia.

Inserida por Epena

Cada um chama de bárbaro o que não é de seu uso, como, em verdade, não parece que tenhamos outro padrão de verdade e de razão que o exemplo e a idéia das opiniões e usanças do país de onde somos. Lá esta sempre a religião perfeita, o emprego perfeito e acabado de todas as coisas.

Inserida por Psycho

Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir — é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.
Apagar tudo do quadro de um dia para o outro, ser novo com cada nova madrugada, numa revirgindade perpétua da emoção — isto, e só isto, vale a pena ser ou ter, para ser ou ter o que imperfeitamente somos.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol. I.
Inserida por glanz

O corpo de um, sendo a metade perdida do corpo do outro.

Inserida por isacalegari

A Mãe colocará seus sete filhos na Balança
Cinco de um lado
Três de outro
E a diferença entre eles
Será de XXI quilos

31/07/2010

Inserida por AugustoBranco