Nao Queira Reviver o Passado
Teu vazio, minha ruína.
Às vezes me pego revivendo o passado.
Lembrando do início de tudo, quando tudo era leve.
As horas passavam devagar,
como se o tempo gostasse de admirar nós dois.
Carrego um espaço no peito que tem o seu formato,
um vazio gritante
que nada é capaz de preencher.
Há noites em que eu te escrevo,
e outras em que desisto de escrever.
Pois lembro que há muito você não lê meus pensamentos,
não escuta minhas tentativas.
E então guardo dentro de mim
a saudade,
a mágoa,
o amor que nunca descansa na minha alma.
E, no fim de tudo, o que resta entre nós
é esse silêncio pesado,
que machuca,
que não responde,
que insiste em me lembrar
que talvez você não volte mais.
Memórias, lembranças, histórias, passado... Como viver o presente, como planejar o futuro, se tudo parece ter ficado lá atrás? Como seguir? Recomeçar?
Mas como recomeçar, se a dor do que foi vivido ainda atormenta o que será escrito?
Talvez o tempo seja apenas um consolo, uma promessa de que a dor diminuirá.
Ilusão.
O tempo não cura.
Ele apenas continua.
Indiferente ao seu destino.
Ele gira, e gira, até que nós sejamos o que ficou para trás.
Diante de tudo e entre lembranças e sonhos, sigo meu próprio ritmo, mesmo com fantasmas do passado, dançando no meu compasso.
Quero algo que me leve ao passado. Aos sentimentos explosivos, aquele amor que curava e matava. Quero algo que me leve ao passado. Aonde havia tanta ingenuidade, tanta inocência. Quero me sentir viva outra vez, com o vigor da juventude, e o meu velho estilo emo. Com a paixão que arrebatava e tirava o meu juízo, destruindo qualquer suspiro da razão.
Quero algo que seja como foi há tanto tempo. Antes de morrer ao ponto de perder o irrecuperável. Sinto falta de ser uma explosão de sentimentos, sonhos e ideias pro futuro. Sinto falta da melancolia e da alegria ao encontrá-la. Sinto falta de como cada acorde meu soava. Era o sentimento ganhando voz na canção.
- Marcela Lobato
Caminhando em direção ao futuro
Ah, o passado, às vezes tão presente em nossas vidas! Às vezes por coisas boas, às vezes por algumas tristezas, ele sempre está lá. Mas o que temos que entender é que nem sempre é possível reviver o passado. As coisas mudam, as pessoas mudam. Por isso, temos que nos libertar do passado e seguir sempre em frente para viver o que nos espera no futuro.
Passado…
Ah, o passado.
Se eu pudesse contar em estrelas o quanto ainda me volto a ti,
faltariam céus para abrigar tantas.
E se fosse em grãos de areia,
seria o triplo das praias do mundo inteiro.
Ah, passado… por que fuges de mim?
Por que corres, levando contigo as risadas, os dias de sol,
as glórias que hoje só vivem em lembranças?
Foste abrigo, e hoje és ausência.
Cruel em tua distância,
duro em tuas lembranças.
O presente tenta seguir, mas tropeça em ti —
num tempo que já não é meu,
num amor que se perdeu entre o que fomos
e o que nunca mais seremos.
A cultura é a tessitura invisível que une passado, presente e futuro é por meio dela que a humanidade reconhece a si mesma e transcende o tempo.
A existência humana pode ser compreendida a partir de três pilares fundamentais:
1. O passado é um lugar onde a alma já habitou, mas não deve fixar morada.
Quem insiste em reviver antigos rostos perde a chance de reconhecer o presente. Se alguém não caminha mais ao teu lado, é porque a vida já decidiu que seu destino era apenas ser capítulo, não epílogo.
2. O homem se transforma porque o saber o expande ou porque a dor o obriga.
Aprender é a forma mais doce de metamorfose, contudo, sofrer, a mais amarga. Mas ambas são necessárias, pois ninguém permanece íntegro diante do tempo sem que algo dentro de si se quebre ou se alargue.
3. Não há companhia eterna senão a de Deus.
Até as sombras nos abandonam quando faltar a luz e os homens, quando lhes falta interesse ou força. Apenas Deus permanece na escuridão, guardando o fogo secreto que nos ilumina por dentro...
"Entre o passado de prisão que ecoa no inconsciente, existe um futuro que anseia por um grito de liberdade.”
Minha alma jamais encontrará paz enquanto carrego os pecados do meu infortúnio passado. Toda vez que tento ser melhor, sou levada a julgamento — e meu acusador é a minha própria consciência dilacerada.
Do nada, chega uma mensagem e aí constata que foi desarquivado por um passado em que foi muito amado, porém com melancólico final. Duas hipóteses: curiosidade mórbida para saber se ainda está vivo; ou, apesar dos muitos anos passados, sugere que ficou algo de si. À luz do romantismo, a primeira hipótese.
Esqueça o que você era no passado. Se importe mais com o que você é no presente, e com o que será, no futuro.
Palavras folheiam conversas
do passado, essas fofoqueiras
que sempre recontam fatos e,
coisas quase acontecidas,
temperando o papo com páginas passadas;
abrem a boca de sentimentos
outrora calados agora tagarelas....
elas leem a fala aberta no
alô do poeta em uma ligação
sem fio trrrim-trrrim
Leonardo Mesquita
