Nao Obrigo que Ninguem Goste de Mim

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O amor é uma coisa que depende da gente. Um objeto que a gente gosta e não quer que quebre. Tem que cuidar, limpar todo dia.

Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo.

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. E o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.

Artur da Távola

Nota: Trecho de um texto do autor.

Canção

Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!

Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!

Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo...

Cecília Meireles
MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Se não tem alma está errado

Neste mundo, somos todos aprendizes, e quando alguém pisa fora da linha, não nos cabe discriminá-lo ou puní-lo, mas pegá-lo pelo braço e dizer "vem por aqui." Sozinhos, não chegaremos a lugar nenhum.

Diz-me com quem tu andas, que se não for eu, eu não vou.

Sem um sentido de equanimidade, amor e compaixão imparcial não pode sequer começar.

Quero voar para bem longe mas hoje não dá...

A mulher que não consegue reconhecer
o valor que há em um botão de rosa,
não é merecedora de um jardim inteiro.

A terra possui recursos suficientes para prover às necessidades de todos, mas não à avidez de alguns.

Não precisa fazer sentindo. Não precisa parecer filme. Não precisa príncipes ou princesas. Precisa ser amor, só isso.

Quando dizem “o que é seu virá”, não significa que você deve esperar sentado.

"Não existe GPS que assegure que estamos no caminho certo. Só nos resta prestar atenção."

É assim o mundo: falam como se conhecessem tudo, e se você ousa perguntar, não sabem nada.

(...) não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação também não tenho vontade de mais nada.

Mulher... jamais permita ser escravizada por um alguém que não te mereça.
Não seja nunca!!! Um boneco fantoche, nas mãos de um homem.
Nascemos livres, para amar, sermos amadas, e viver! Cabe a nós escolher, aquilo que queremos ter.

Mulher... não perca seu tempo com alguém, que não lhe merece, que às vezes até te esquece.
Não fique horas a fio esperando por um encontro, e esse encontro não acontecer?
Corre o risco de você ver o dia amanhecer, e esse homem não aparecer.

Mulher... não permita que teu coração chore, por alguém que te ignore.
Seja mais você, permita homens honrados pisar na terra do teu coração, pois para homens covardes não tem perdão. Procure homens, que os faça sorrir e não se deprimir.

Mulher... és vencedora desde o dia que Deus lhe criou. Tens a chave do sucesso, não deixe que roubem esse galardão. Cuide da sua alma, da sua integridade. Na hora certa te aparecerá um homem de verdade.

Mulher... não permita ficar linda, a espera de um homem que nem te observa. Não se torne nunca escrava de um deles. Não caminhe em direção de alguém, já que esse alguém, está querendo desviar-se de ti. Não vale a pena!

Mulher... não tire sua coroa de MULHER, está, é só sua, lhe pertence, não permita que um qualquer venha tirar de você, é tua marca.

Mulher, não deixe que venham tirar de você toda sua garra, todo seu poder, lhe tirando a paz. Não deixe que sentimentos, como raiva, ódio, solidão ou desprezo, venham fazer de você uma mulher amarga, mal amada.

Mulher... seja sempre você sem precisar andar com os pés de um homem, que te chama de carrapicho, e na verdade ele quem é um lixo. Não permita que homem algum venha dizer seu nome em vão. Seja mais você e tenha sempre em mão a mulher heroína que tens na tua alma. Nunca deixe ninguém tirar sua dignidade de ser MULHER. Mas tenha certeza... nem todos os homens são iguais, o seu deve estar escondido/guardado/esperando em algum lugar... mulher forte como é, irá logo encontrá-lo.

Mulher... não permita que alguém venha apagar a sua luz, pois é o teu brilho que lhe conduz... ao caminho de ser UMA VERDADEIRA MULHER.

É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.

Zirtaeb Onamaac
Ordinairement extraordinaire. 2015

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída ao livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.

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Não consigo deixar de pensar nos tempos em quartos solitários, quando as únicas pessoas que batiam à minha porta eram as senhorias cobrando o aluguel atrasado ou o FBI. Vivia com ratos e camundongos e vinho, meu sangue escorria pelas paredes em um mundo que não conseguia compreender e ainda não compreendo. Em vez de levar a vida que eles levavam, eu passava fome. Fugia para dentro de minha própria mente e me escondia. Fechava todas as cortinas e ficava olhando para o teto. Quando saía, era para ir a um bar onde eu mendigava por bebida, andava a esmo, apanhava nos becos de homens bem alimentados e confiantes, de homens idiotas e com vidas confortáveis. Bem, ganhei algumas lutas, mas só porque era louco. Fiquei anos sem mulher, vivia de manteiga de amendoim e pão amanhecido e batatas cozidas. Eu era o idiota, o estúpido, o louco. Queria escrever, mas a máquina de escrever estava sempre penhorada. Então eu desistia e bebia...

Quando eu ficava sozinha não havia uma queda, havia apenas um grau a menos daquilo que eu era com os outros, e isso sempre foi a minha naturalidade e a minha saúde.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.