Nao me Importo com o que Pensam a meu Respeito

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Mãos...

Precisamos das mãos que laboram
Das que tem essência e não choram
Das que venham esculpir a esperança
Das que não se mancham de vingança

Precisamos de mãos postas para liberdade
De mãos que não se esquecem da dignidade
De mãos abertas contemplando em oração
De mãos que erram, mas procuram solução

Precisamos das mãos que amam e labutam
Das que na vida ao irmão amigo escutam
Das que abram as portas da compreensão
Das que fecham pro preconceito no coração

Precisamos de mãos que cavem o recomeço
De mãos que escrevem histórias de apreço
De mãos que falem a linguagem da emoção
De mãos que gozem da dádiva da criação

Precisamos das mãos com capacidade de cura
Das que tragam luz ao dissabor da amargura
Das que redirecionam os caminhos em vão
Das que digam sim aos encontros com o não

Precisamos das mãos, de mãos... Em louvor
E que nos conduzam ao Criador

Luciano Spagnol

Madurar

Os adultos não sabem que não são crianças
Vivem reclamando, chorando por suas mães
Não perceberam na vida as totais mudanças
Clamam por suas ingenuidades perdidas sãs

Os adultos querem ser meninos e meninas
Eternamente...
Deitar no colo e permanecerem traquinas
Eternamente...
Querem não ter dever e nunca terem rotinas
Eternamente...

Os adultos esquecem que um dia tem que dobrar as esquinas
Da vida, madurar
Eternamente...

Luciano Spagnol

saudade de amor

a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só trás dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes

achamorrados
indesejados
carente

e assim, sofrente
de dentes cerrados
não mais que de repente
já de olhos vergados
mira o mundo à frente
e se põe novamente enamorado

e nesta ciranda de querer e opor
num coração sulcado
se tem a saudade de amor

Luciano Spagnol

Se fala tanto em tempo
Como se o tempo fosse cura
Como se fosse uma estrutura
Alterável e não mutável como é
Pois ele devasta, afasta e avança
Tem pressa, se torna lembrança
Num piscar de olhos é só recordação
Então tenha no tempo mais emoção
E neste tempo para tudo
Use o amor como escudo

Luciano Spagnol

A vida não tem ponteiro
marcando as horas,
nem letreiro

ENTÃO

Me traga dor
Saudade
Só não me deixe sem amor
Eterna felicidade
Pois, assim, é morte
Juntemos o sofrimento
Num sentimento forte
E neste aprendizado
Sorte
E façamos dele ansiado
Direcionando o norte
E o coração
Suporte
Encante, uma canção
Me dê amor!
Emoção
Oferte uma flor
Me deixe sem chão
Só não me tires o amor
Então...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Não é preciso muito para ser feliz, olhe com olhar de amor ao redor, e verás tudo muito melhor.

Não te rendas, não cedas
ainda que o sonho te queime.
Aprendas a apagar as labaredas,
do fado. Insista, queira, teime...
A vida tem curvas e alamedas.
Veja a cor do por do sol, diversidades.
Adoce as frutas azedas.
Viver tem sempre possibilidades.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano

SUSPIROS (soneto)

Um pesar tão mais saudoso, assim não vejo!
Um vazio no silêncio, barulhento, sem pudor
De tão é a infelicidade, que terebrante é a dor
Que vagar algum pode ofuscar o tal lampejo

Dias rastejam, noites em romarias no andor
Da angústia, que enfileiradas num cortejo
Levam preciosos instantes, pra num despejo
Jogá-los ao luar, sem quer um pejo, amor

Ah! Que bom seria, eu ter qualquer traquejo
No dom da oração, e me ouvisse o Criador
Através do meu olhar, rogando por ensejo

Essa saudade tão mais triste, ainda é clamor!
Inda estão nos versos que no poetar eu adejo
Tentando recreio, para os suspiros transpor

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano

SONETO RESOLUTO

Daí ter que ter decisão, se desejais
Não deixai o sonho vivo na solidão
De que vale de a felicidade ter fração
Se sentado estás na beira do cais

Do anseio e da fé não se abre mão
Qual rumo tiveres, quantos e quais
A sorte conquistada vale muito mais
O que tem importância é a questão

Se contra o vento estão os seus ais
Arremesse as ilusões do coração
Semeie as quimeras de onde estais

Então, só assim, o viver terá razão
Daí o que tu queres, dará os sinais
E numa proporção, terás realização

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano

VOCÊ CRÊ (soneto)

Quando nos vemos nos olhos que não vê
A incerteza nos traz o desespero, solidão
Temos um bem maior que é a consagração
Tudo pode naquele que fortalece, você crê?

Acredito no amor paternal, na Trindade:
O Pai, o Filho e o Espírito Santo, amém!
Pois Ele venceu a morte, e o mau também
Acredito no verbo eterno, a única verdade

Ele veio e anunciou trazendo a vida nova
Acredito! Pois o seu amor no amor renova
E em sua compaixão, nos ama com paixão

Que a fé nossa de cada dia seja a prova
Do perdão que se clama em hino e trova
Eu acredito na Cruz de Cristo, a salvação!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

para a mãe que já não está entre nós

hoje é o dia de visitar a recordação,
onde a celebração da vida é saudade.
do vazio o meu, parabéns, em oração,
e neste abraço que se faz pela metade,
minha saudação.
nesta data querida, de descontinuidade...
a gratidão, o amor, em contas dum rosário,
de lembrança, de afeto, onde a dor brade.
onde estiver, mãe, feliz aniversário!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
julho
Cerrado goiano

DELÍRIO (soneto)

Descalço, mas pro cerrado não cabe tento
Em no teu chão, a total admiração extasia
E, em frêmitos pasmos, o meu olhar dizia:
- suntuoso, com todo possível argumento

Cantam os jatobás, encantados, ao vento
Fremente, os Joãos, Marias... os bóias-fria
Vão nos caminhos, cada qual na teimosia
Fazendo do dia em um novo nascimento

Em suspiros, seriemas, num agudo grito
No horizonte se misturam com o infinito
Regendo a alma do sertão num frenesi...

Neste fazer arrepiar em um doce arpejo
Na admiração, a diversidade em cortejo
Tudo se cala, ordena o delírio... Obedeci!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/11/2018, 06’06”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

carnívora

a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só traz dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Abjurar

Desejo não mais desejar
Como se fosse corredio
De fácil sentença, aceitar
Só de imaginar dá arrepio
Faz a alma regurgitar
Assombro, melancolia
Na especiaria do amar
Desejar independe do desejo
É cobiça, sede, é frescor
Nunca abjurar o almejo
Pois no desejo se tem amor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23'08", 10 de agosto, 2012 – cerrado goiano

Canção

Não te carde da pequenez nem da solidão
que as desventuras por ventura nos traz
do amor, que os ventos pravos arrastam
dos desejos, e tanta dor ao coração faz.
Em vão... acredite, ínsita, é doce razão
seja audaz, e não demores ali tão longe
em cantinho secreto, e tão cheio de ilusão
neste decreto o afeto não pode ser monge
nem tão pouco um analfabeto da paixão...
Apresente-se agora, o momento é a hora
e a emoção vare na eternidade, assim, então
apressa-te antes que a vida vá embora
e o outrora torne-se poesia na tua canção!
Ame!... e não o toque na caixa de pandora...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 05’06” - Cerrado goiano

Cantiga de adeus

Quando fores embora
ó saudade, seja breve
na tua hora, não me leve

Se acaso não possa
deixar-me no prazer
vista a tua saragoça
e saia sem nada dizer

Não me puxe pela mão
nem tão pouco no pensar
me deixe na agridoce ilusão
melhor do que te acompanhar

E, se ainda não queira
deixar-me sem os teus
argumentos, a tua asneira
então, me diga logo adeus
e vá sem qualquer besteira

Me deixe no esquecimento!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020 - Cerrado goiano

⁠Pai, na saudade.
Quando me dei conta da ausência
Na idade madura me encontrava
O senhor não era mais suficiência
Herói e vilão, já não mais estava
Outro tempo, outra realidade
O passado, passou, ali te amava
Te amo! Hoje, na dura saudade!

⁠AMAR É TUDO

Não há poética maior que encante
Nem há maior sentir que se iguale
A essa sensação que o prazer cante
O amor. Deste doce e gracioso vale

E se sabemos que é correspondido
Amigo, n’alma é só aquele acalanto
Portanto, se tem sustento e sentido
Se divertido, ah! contenta-se tanto

Já nas controvérsias, tem sua parte
Vário aparte, pois, é afeto humano
E não apenas um simples encarte

É poesia, ação, e nenhum engano
Quando o sentimento nele se farte
Então ame, ama, sem sê-lo profano

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04, junho, 2021, 08’00” – Araguari, MG

⁠Se não semear, não nasce
Se não cativar, não há enlace
Se não amar, não regar... perece!
Assim o amigo, afeto em prece
No rosário do viver... Aí acontece!

Feliz dia do AMIGO!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 20/06/2021

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