Nao me Deixa te Odiar
O suicida não deseja a morte. A sobrevida talvez. O cansaço de ser.
Apagar a lembrança quase intermitente do que é. Ele morre para pontuar.
E colocar um ponto infeliz ao final de sua história.
O que importa é a forma como a gente viveu e vive um sentimento. Não importa que nome ele tenha. Não importa se é um amor, um estar apaixonado, um gostar. O que importa é querer que aconteça. O que importa é querer que seja bom. Não importa se vai durar um dia ou uma vida inteira.
Não sei explicar. Quando gosto imenso de uma pessoa, nunca digo a ninguém o seu nome. Seria como que entregar uma parte dela. Habituei-me a manter o segredo.
Parece ser a única coisa que nos pode tornar a vida moderna misteriosa, ou maravilhosa. A coisa mais banal adquire encanto simplesmente quando não revelada. Quando me ausento da cidade, nunca digo aos da casa para onde vou. Perdia todo o prazer, se o fizesse. É um hábito tolo, confesso, mas, de certo modo, traz algum romantismo à nosa vida.
(O Retrato de Dorian Gray)
Talvez eu seja a menina sonhadora
Que vocês não conhecem
Ou até mesmo a menina delicada
Que vocês nunca viram
Ou a menina colorida
Do mundinho preto e branco
A menina que sabe a fórmula
Mas não tem o dom de amar
Se por trás de toda folha
Há uma gota
Se em cada flor
Há uma borboleta
Se existe em todo campo
Um singelo beija-flor
Por trás da minha tristeza
O arco-íris do amor
Não há ascensão que não doa. Toda metamorfose faz doer. Não penetro nesta música, se primeiro não sofri com ela. Porque ela não deve passar do próprio fruto do meu sofrimento.
Quem ama não desiste, não trai, não mente. Quem ama é paciente, confia, entende. Amar é virtude que poucos têm.
Lembranças
Ontem quando acordei me lembrei de você. Não me pergunte o motivo porque ele não existe, ainda não o inventei. Voltei à última vez que e meus olhos conseguiram te seguir, mas subitamente me lembrei do momento em que você sumiu de minha vista. Perdi a vontade de levantar, fechei novamente meus olhos e tentei voltar a dormir, pelo menos você estava perto de mim, em meu sonho. Mas não é sempre que consigo continuar os meus sonhos, e como estou falando de você isso parecer se tornar impossível. Respirei fundo e me levantei. Abri meu guarda-roupa, seu perfume. Percebi então que não foi só em minhas lembranças que você ficou. Ainda conseguia sentir o seu perfume na madeira, e aquilo não foi muito legal. Sua letra estava em minha parede, no meu espelho, na minha agenda, na minha pele... em meu coração. Suas promessas ainda mantinham a minha esperança viva, mas ela morre a cada dia, a cada tarde cinza, a cada noite sem estrelas, a cada vez que demoro a dormir... Seu fantasma ainda me assombra.
Porque no fim você não vai se lembrar do tempo que passou no escritório ou movendo a mobília. Por Deus escale aquela montanha.
Daqui, ligando pontos, encaixando peças, eu me surpreendo: não tive muita coisa que eu queria, mas tive tudo de que eu precisava.
A nossa crença na realidade da vida e na realidade do mundo não são, com efeito, a mesma coisa. A segunda provém basicamente da permanência e da durabilidade do mundo, bem superiores às da vida mortal. Se o homem soubesse que o mundo acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os antigos cristãos, na medida em que estes estavam convencidos de que as suas expectativas escatológicas seriam imediatamente realizadas. A confiança na realidade da vida, pelo contrário, depende quase exclusivamente da intensidade com que a vida é experimentada, do impacto com que ela se faz sentir.
Me entenda. Eu não sou como um mundo comum. Eu tenho a minha loucura, eu vivo em outra dimensão e eu não tenho tempo para coisas que não têm alma.
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