Nao me Comove mais

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Pelo exemplo de Beatriz compreende-se / facilmente como o amor feminino dura pouco, / se não for conservado aceso pelo olhar e pelo tacto do homem amado.

O que devo temer se não temo a morte?

O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, não havendo nenhum desgosto de que uma hora de leitura me não tenha consolado.

É sempre assim. Morre-se. Não se compreende nada. Nunca se tem tempo de aprender. Envolvem-nos no jogo. Ensinam-nos as regras e à primeira falta matam-nos.

Aquele que tenta reformar o seu próximo não deve cultivar nunca uma grande amizade com ele antes do objetivo ter sido atingido.

Aquele que se eleva nas pontas dos pés não está seguro.

Covarde é aquele que não abre novos caminhos na vida, nem emprega as suas forças para enfrentar os obstáculos.

Ao longo da tua vida tem cuidado para não julgares as pessoas pelas aparências.

Hoje, não poderia conceder demais à minha desconfiança, visto que, agora, não é tempo de agir, mas apenas de meditar e de conhecer.

A filosofia que cultivo não é nem tão bárbara nem tão inacessível que rejeite as paixões; pelo contrário, é só nelas que reside a doçura e felicidade da vida.

O que fizeste para a mulher, isso ela pode esquecer, mas nunca esquecerá aquilo que para ela não fizeste.

Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair.

As crianças acham tudo em nada, os homens não acham nada em tudo.

O crime de pensar não implica a morte. O crime de pensar é a própria morte.

George Orwell
ORWELL, G, 1984, Companhia das Letras, 2009

Não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser talvez um homem inteiramente bom.

É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.

A gratidão é um fruto de grande cultura; não se encontra entre gente vulgar.

Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes.

O progresso dá-nos tanta coisa que não nos sobra nada nem para pedir, nem para desejar, nem para jogar fora.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Passeios na Ilha, 1952

Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.