Nao me Comove mais

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Não entendo por que gostamos tanto de alguém a ponto de todos os dias lembrarmos dela e de como ela é importante em nossa vida.

Jamais serei o mesmo! Fiz demais e me arrependi! Dei o meu melhor e não valeu a pena! Fui melhor do que a mim mesmo e nada mudou! As pessoas tem tudo e o Todo em sua frente e só se tocam disso, quando já é tarde.

O sonho de hoje me revelou, que ainda há esperanças e que não é preciso se entristecer, mas acalmar o coração 🙏😌

Bondade não é Fraqueza! Bondade é Unicidade! Bondade é Sabedoria! É deixar uma marca em alguém, de que somos únicos e de nós, existem poucos.

O que nos move a pensar, julgar, questionar e reclamar muitas vezes não é a razão pura, mas o medo. Esse medo, silencioso e persistente, retém o gesto simples de estender a mão. Ele nos impede de ajudar, sobretudo quando o outro despreza aquilo que não compreende, quando rejeita o que é diferente.
O diferente, no entanto, não é ameaça: é construção. Ele edifica mundos novos, ainda que camuflados pela resistência de quem não ousa enxergar. O medo, ao escolher a cegueira, não encontra o valor do verdadeiro eu.
O verdadeiro eu não se esconde em máscaras, não se limita a julgamentos superficiais, não se perde em reclamações vazias. Ele floresce na coragem de acolher o que é diverso, na força de reconhecer que cada ser humano carrega uma centelha única.
Estender a mão é mais do que um ato de bondade: é um gesto de libertação. Libertação do medo, da indiferença, da prisão das aparências. É nesse encontro que o eu autêntico se revela, despido de preconceitos, aberto ao aprendizado e à transformação.
Assim, o que nos move não deveria ser o medo, mas a coragem. A coragem de ver além das diferenças, de construir pontes onde antes havia muros, de encontrar no outro o reflexo que nos devolve ao nosso próprio valor.

Quando o Amor Carrega o Crepúsculo da Culpa.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.


“Não há culpa em amar-te, mesmo quando esse amor me devora em mortes sucessivas. E, quando de ti necessito, aceito que venha envolto no presságio funesto que já habitava a primícia do próprio sentir.”

Nesta formulação, o amor surge como sacramento e sentença, um movimento que exime de culpa porque nasce inevitável, anterior à vontade. A “primícia funesta” torna-se o anúncio silencioso de que todo afeto profundo carrega sua sombra desde o primeiro gesto, e que ainda assim escolhemos permanecer.

Que o peso e a luz dessas palavras se tornem um caminho onde a dor e o desejo se reconciliam na busca pela imortalidade.

TEMPO INTERIOR E O PESO DO OLHAR ALHEIO.
Do Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.

Há um instante na vida em que a presença do outro se torna uma espécie de espelho de profundidade. Não o espelho superficial que devolve formas, mas aquele que devolve densidades. Quando alguém se inclina para compreender aquilo que guardamos sob as camadas do cotidiano, desperta-se uma tensão antiga: reconhecer-se, permitir-se e, ao mesmo tempo, temer-se.
A filosofia clássica recorda que o ser humano é dividido entre o que conhece de si e o que evita conhecer. A psicologia aprofunda esse paradoxo ao mostrar que nossas regiões mais sensíveis raramente se revelam por vontade, mas por contato. E o contato que tenta desvendar nossas zonas obscuras é sempre grave. Há uma penumbra que pulsa, uma sombra que observa, uma quietude que denuncia o quanto somos opacos até para nós.
Essa aproximação do outro funciona como rito. Exige cuidado, lucidez e um silêncio que escuta. É antropologicamente raro e é espiritualmente comprometido, pois trata do mistério da interioridade humana. Quem adentra o território da alma alheia participa de um processo tão antigo quanto as civilizações que refletiram sobre a intimidade, a confiança e o vínculo.
E, no entanto, o verdadeiro movimento filosófico surge no interior daquele que percebe essa aproximação. A alma, antes reclusa em seu próprio labirinto, começa a se ver pelos olhos de alguém que não teme a escuridão. Isso provoca uma espécie de iluminação discreta, uma revelação que não estoura, mas amadurece.
O drama existe, mas não é destrutivo. É drama de reconhecimento. É a constatação de que somos feitos de camadas que só se revelam quando alguém se aproxima com coragem e intenção sincera. Nesse gesto repousa a grandeza da psicologia do encontro humano: a alma só se completa quando aceita ser lida.
E toda leitura profunda, ainda que assombre, sempre reacende a força que sustenta a travessia.

Que cada olhar que te alcança em profundidade te lembre de que a verdadeira imortalidade começa no instante em que alguém percebe quem você é.

⁠" Não tropece no que já se encontra abaixo de você. "

" Segundo Sêneca, em Cartas a Lucílio, “não é livre aquele que se inquieta por conservar o que teme perder.” Essa inquietude é a espada invisível de todos os que constroem sua paz naquilo que não depende de si: riquezas, status, controle, aprovação. O que Dâmocles aprende não é apenas o medo, mas a urgência de renunciar ao ilusório em nome da serenidade. "

"Como o homem, o animal tem aquilo a que chamais consciência, e que não é outra coisa senão a sensação da alma quando fez o bem ou o mal? Observai e vede se o animal não dá prova de consciência, sempre, relativamente ao homem. Credes que o cão não saiba quando fez o bem ou o mal? Se não o sentisse, não viveria."
Charles, Espírito.
- Revista Espírita,julho,1860 -

O Silêncio incomoda quem não sabe pensar.

" Triunfar sobre o orgulho é aprender a amar em silêncio, onde a palavra não chega e onde o gesto simples de fraternidade se torna um evangelho vivo. "

Eu te desejo.
Mas não te desejo como quem tem fome.
Te desejo como quem deseja pele.
Pele que não é pele, pele que é carinho, cobertor.
Pele como a tua, que é o silêncio, a música.. pele que é dor.


Eu não desejo teu corpo, desejo tua presença.
Ouvir tua respiração, sentir o colchão afundar com teu peso ao meu lado.


Silêncio. Apenas silêncio..
Silêncio pesado, poético, como se o simples fato de existir junto contigo já fosse íntimo demais..
E talvez seja.


Não é sobre o ato.
Não é sobre querer-te nu.
É sobre fechar os olhos.
Não para imaginar o corpo,
Mas sim pra sentir
A ideia dele ali.


A proximidade. O toque. A respiração.
É bonito.
Melancólico.
Poético, quase erótico.
Não é por te querer por inteiro, mas sim, por te querer por perto.


E assim, eu deixo guardado no peito..
Esperando por um toque que nunca será feito..
Tudo fica estático.
E o que faz as coisas voltarem a girar é a tua imagem.

O tempo.
A vida.
Às vezes não consigo entender,
Como passam tão rápido, sem nem ao menos dar-nos chance de perceber.

Ontem mesmo,
Tremia ao trocar o lápis pela caneta.
Hoje, sou poeta, e não sei mais o que fazer.
Já tenho de tomar um caminho, fazer escolhas.. Mas tenho medo de crescer.

Só queria pedir ao tempo,
que fosse um pouco mais indolente.
Que andasse mais devagar,
E me desse espaço para respirar.
Que não me arrancasse da infância, mas que comigo, deixasse ela caminhar.

Que não insistisse em colocar relógios sobre meus ombros.. que não me desse datas, expectativas.. e chamasse isso de futuro.

Mas lá no fundo
Não acho o tempo algo tão ruim assim.
Já que tenho alguém que me acompanha.
Que me lembra
Que eu não preciso carregar tudo sozinha
Que não preciso seguir sempre na linha.
É ela que me lembra
De ás vezes
Ver as coisas como criança
E pensar que talvez, crescer não seja perder.
Talvez seja aprender
E carregar ela pela mão.
Que se tudo parece pesado..
Que eu não pese sozinha.

E ela é quem eu, todos os dias, vejo no espelho.
aquela criança
que um dia fui.
E que ainda em mim, descansa.

Antes mesmo de começar à escrever,
Aprendi à temer.

Quando não passava de uma criança,
Cheia de esperança,
Que brincava de boneca, e sonhava em ser princesa.

Aprendi cedo demais,
Que de fazer maldade, qualquer um é capaz.

Que não precisa ser estranho, pra nos roubar a infância, e impedir de ser criança.

Cresci com o peito doendo,
Tentando curar uma ferida
Que eu nem sabia de onde vinha.

Vivia com uma culpa que não era minha, E um peso tão grande que minhas mãos tão pequenas não sabiam como carregar.

Não conseguia lutar, e ninguém eu tinha pra fazer isso por mim.
Todo mundo me dizia:
"Deixa isso passar!"
E assim, deixei.
Mas o que foi embora, não foi a dor.
Fui eu mesma quem ficou pra trás.

Ninguém ensina
Como crescer direito
Depois de ter a sina
De ser roubada a inocência.

Ninguém me contou
Como se vivia
Depois de ter sido objeto
Antes de sequer poder lembrar
Que eu existia.

Me disseram que o tempo cura,
Mas esquecerem de dizer que o tempo também cobra.
E que se uma ferida não for cuidada, O tempo cicatriza torto, e a dor nunca vai embora.

Hoje, já cresci.
Mas não cresci inteira.
E sim, com um pedaço de mim faltando.

E por isso, carrego comigo um grito antigo.
Que não foi ouvido, mas sim abafado..
E isso antes de eu sequer poder entender o que, e por que tinha acontecido.

E eu sei que não é justo comigo
Carregar sozinha
Algo que nunca foi culpa minha.
Mas ainda sim, fico em silêncio.
E quando a dor chega com força,
Eu pego meu caderno e escrevo.

Por que essa dor
Não vai embora, só ameniza.
Por que não tem como não doer,
Sendo que eu nunca vou saber
Quem eu poderia ter sido.
Se eu não tivesse temido,
Antes de ao menos ter a chance de aprender escrever.

-Victória Licodiedoff Lemos

A consciência dos ciclos da vida não elimina a perda,
mas nos ensina a atravessar, com lucidez, o que vem e o que se vai.


William Contraponto

“Uns buscam explicação para o que veem; eu só indago-me se não é possível realizar as coisas mais abstratas que imaginei.”

Um dia vamos celebrar tudo o que não vivemos juntos. E isso também chamaremos de livramento.

Uma organização que fala sobre carreira não promete futuro — ela permite construí-lo.

Chega um momento em que a distância já não dói, ela esclarece. Olhamos para trás e entendemos que nem tudo o que não aconteceu foi perda. Houve planos interrompidos, conversas que não avançaram e histórias que não seguiram adiante não por falta de amor, mas por falta de sentido. Com o tempo, aprendemos algo difícil de aceitar: algumas relações não acabam para nos ferir, acabam para nos preservar. E quando a maturidade finalmente chega, conseguimos chamar de livramento aquilo que um dia chamamos de destino.