Nao me Arrependo de ter te Amado tanto assim

Aquele que, de certa forma, não vive para os outros, raramente vive para si mesmo.

Soneto da Desesperança

De não poder viver sua esperança
Transformou-a em estátua e deu-lhe um nicho
Secreto, onde ao sabor do seu capricho
Fugisse a vê-la como uma criança.

Tão cauteloso fez-se em seus cuidados
De não mostrá-la ao mundo, que a queria
Que por zelo demais, ficaram um dia
Irremediavelmente separados.

Mas eram tais os seus ciúmes dela
Tão grande a dor de não poder vivê-la,
Que em desespero, resolveu-se: - Mato-a!

E foi assim que triste como um bicho
Uma noite subiu até o nicho
E abriu o coração diante da estátua.

É preciso saber o valor do dinheiro: os pródigos não o sabem e os avaros ainda menos.

As crianças não têm passado, nem futuro, e coisa que nunca nos acontece, gozam o presente.

Pode querer bem aos outros quem não quer bem a si mesmo?

Se o vosso médico não acha bom que durmais, que useis vinho ou tal carne, não vos preocupeis: encontrar-vos-ei outro que não será da opinião dele.

Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.

Segui o vosso caminho e não deis conselhos a quem não vo-lo pede.

Não pode haver educação onde não há discrição.

A sabedoria tem os seus excessos e não é menos necessário moderá-la do que à loucura.

Não existe maior loucura no mundo do que um homem entrar no desespero.

Não há menos tormento no governo de uma família do que no de um Estado inteiro.

Não gosto de Deus, porque não o conheço, nem do próximo, porque o conheço.

Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.

Não provoques o Poder, que ele se tornará cruel e despótico no seu desagravo.

As oportunidades do indivíduo não as definiremos em termos de felicidade, mas em termos de liberdade.

Os negócios não assentam nos sentimentos.

Chorarmos por daqui a cem anos não estarmos vivos é loucura semelhante à de chorarmos por não termos vivido há cem anos.

Sem os males que contrastam os bens, não nos creríamos jamais felizes por maior que fosse nossa felicidade.

Não há no mundo palavras tão convincentes como as lágrimas.