Nao Magoe um Alguem

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Mundo Engraçado

O mundo está cheio de coisas engraçadas; quem se quiser distrair não precisa ir à Pasárgada do Bandeira, nem à minha Ilha do Nanja; não precisa sair de sua cidade, talvez nem da sua rua, nem da sua pessoa! (Somos engraçadíssimos, também, com tantas dúvidas, audácias, temores, ignorância, convicções...)

Abre-se um jornal – e tudo é engraçado, mesmo o que parece triste. Cada fato, cada raciocínio, cada opinião nos faria sorrir por muitas horas, se ainda tivéssemos horas disponíveis.

Há os mentirosos, por exemplo. E pode haver coisa mais engraçada que o mentiroso? Ele diz isto e aquilo, com a maior seriedade; fala-nos de seus planos; de seus amigos (poderosos, influentes, ricos); queixa-se de algumas perseguições (que aliás, profundamente despreza); às vezes conta-nos que foi roubado em algum quadro célebre ou numa pedra preciosa, oferecida à sua bisavó pelo Primeiro Ministro da Cochinchina. O mentiroso conhece as maiores personalidades do Mundo – trata-as até por tu! Seus amores são a coisa mais poética do século. Suas futuras viagens prometem ser as mais sensacionais, depois dessas banalidades de UIisses e Simbad... Certamente escreverá o seu diário, mas não o publicará jamais, porque é preciso um papel que não existe, um editor que ainda não nasceu e um leitor que terá de sofrer várias encarnações para ser digno de o entender.

Em geral os mentirosos são muito agradáveis, desde que não se tome como verdade nada do que dizem. E esse é o inconveniente: às vezes, leva-se algum tempo para se fazer a identificação. Uma vez feita, porém, que maravilha! – é só deixá-los falar. É como um sonho, uma história de aventuras, um filme colorido.

Há também os posudos. Os posudos ainda são mais engraçados que os mentirosos e geralmente acumulam as funções. O que os torna mais engraçados é serem tão solenes. Os posudos funcionários são deslumbrantes! Como se sentam à sua mesa! Como consertam os óculos! Que coisas dizem! As coisas que dizem são poemas épicos com a fita posta ao contrário. Não se entende nada – mas que diapasão! Que delicadas barafundas! Que sons! Que ritmos! Seus discursos e as palmas que os acompanham conseguem realizar o prodígio de serem a coisa mais cômica da terra pronunciada no tom mais sério, mais grave, mais trágico – de modo que o ouvinte, que rebenta de rir por dentro, sofre uma atrapalhação emocional e consegue manter-se estático, paralisado, equivocado.

Os posudos, porém, são menos agradáveis que os simples mentirosos. Os mentirosos têm um jeito frívolo, como se andassem acompanhados de um criado que anunciasse: "Não creiam em nada do que o meu amo diz!" Mas os posudos levam um séqüito de criados, todos posudos também, que recolhem nas sacolas, grandes e pequenas gorjetas, porque uma das qualidades do posudo é andar sempre com muito dinheiro – que não é seu!

Os outros nunca sentem.
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada? Não sei...
Um nada que dói...

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Só aceitamos uma verdade quando primeiro a negamos do fundo da alma, que não devemos fugir de nosso próprio destino, e que a mão de Deus é infinitamente generosa, apesar de seu rigor.

Sem cultura moral não haverá nenhuma saída para os homens.

Albert Einstein
Como vejo o mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.

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Não ter forças para lutar era o meu único perdão.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O conformista é inerte e mentalmente preguiçoso.
Não exerce suas escolhas por medo de assumir os riscos.

Você tem que aprender que certas pessoas permanecerão no seu coração. Mas não na sua vida.

Tenho que faxinar você da minha vida, não posso permitir o atrevimento de você estar aqui sem estar aqui.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa. Nunca precisei fingir que eu não to nem aí quando eu to mais aí do que aqui. Não faz meu tipo. Me esforço às vezes pra ser romântica, pra acreditar nos planos. Pra acreditar nas pessoas. Nunca chorei pra convencer. Talvez porque não faço questão de convencer. Ou, como você mesmo diz, sou direta. Fria. Seca. É. Nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito.

Não nego nada do que eu fiz, também não tenho arrependimentos ou mágoas: eu não poderia ter agido de outra maneira - mesmo em relação a você - levando em conta o quanto eu estava confuso naquela época.

A humanidade é desumana mas ainda temos chance... o sol nasce para todos, só não sabe quem não quer!

O problema é que não temos as respostas pra todas as nossas perguntas, é que sempre queremos saber demais. O problema é que além de tentar entender a nós mesmos temos que tentar entender aos outros. O problema é que o seu amor é indefinível, indecifrável, e sempre certo. Pare então de perder as suas noites de sono, com os seus milhões de pensamentos rodando, e rodando e rodando. Procure viver mais, viver por você mesmo.

Não confie em qualquer palavra, qualquer sorriso, qualquer beijo, qualquer abraço, qualquer olhar. As pessoas fingem, e muito bem.

Não falo pelo outros, só falo por mim. Ninguém vai-me dizer o que sentir.

Criaturas que nasceram para ser devoradas, não aprendem a deixar-se devorar.

Eu não preciso e não quero ser gente boa com todo mundo, até porque odeio falsidade.

Não confunda fragilidade com inocência. Sou frágil, não idiota.

O segredo da vida consiste em recusar qualquer emoção que não seja conveniente.

Há coisas que não mudam só porque você pede desculpas.

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