Nao Importa o que eu Diga
Nunca diga nunca mais de duas vezes. Assim, você evita contradições, tanto na linguagem quanto na vida.
Deve haver quem diga, ainda hoje, que o nazismo foi o melhor período da história para a Alemanha, claro, apenas para as "pessoas de bem".
Há quem diga e defenda que o amor espera ou suporta tudo. É bastante bonito dizer isso, além de romântico. "O amor que suporta tudo" é um ideal para muitos invejável.
Um saco tá entendendo.
O passado já foi, já aconteceu, e nada do que a gente diga ou faça vai mudar isso. Ficar preso a ele não traz nada de novo, só desgasta e impede de viver o presente.
Eu já cansei de ouvir as mesmas histórias, as mesmas lamentações. A vida não anda para trás, e eu também não. Cada um escolhe onde quer ficar: preso no que já passou ou focado no que ainda pode conquistar. Eu escolho seguir em frente.
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Ha quem diga que apenas as mulheres sejam perfeitas, talvez, por isso, os homens busquem tanto a perfeição.
Há quem diga que amar
é como andar de bicicleta,
quem aprende uma vêz,
nunca mais esquece,
mas se amar
é como andar de bicicleta,
é por uma razão de equilíbrio,
se parar de pedalar, cai.
Deixe o emocional fluir, se quiser chorar, chore; quando quiser sorrir, sorria. Diga o que quer dizer: expresse.
Não troque o que possui, pela promessa de felicidade.
Há quem diga que o futuro pode ser amargo. Prefiro acreditar que ele seja a sobremesa do momento que agora estou saboreando.
Há algum anacronismo.
Júlio Cesar, nunca foi chamado de Imperador, a seu tempo. Embora se diga que foi o fundador da era imperial de Roma, o nome "imperador" não existia. O que os romanos conheciam era o termo "rei", mas este não era um termo bem quisto, dada a má fama que a era monárquica gozava na era republicana. Júlio César, portanto, se autodenominava o cônsul de Roma, assim como, defensor da república, nunca um rei.
PRENDA
Diga a poesia! A poesia compreenderia
O prazer contido em um poeta a compor
A luz do olhar, da lua, o espectro da flor
Que faz nascer d’alma a imensa magia
Traz os sonhos na noite e doce utopia
A ensopar a prosa com beleza e sabor
Enchendo os versos com alumiada cor
Desenhando as quimeras de cada dia
A cada gota de inspiração, o encanto
Vida que rima com alegria e o pranto
Inda que a lágrima seja para disfarçar
Cala no coração o fascínio tão fundo
Dos mais e entre as graças do mundo
O afago de então, a prenda de poetar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 dezembro, 2023, 15’47” – Araguari, MG
AINDA III
Espero que o verso, verse ainda
A poética que a emoção encante
Onde diga, que importa, e cante
O amor, enfim, uma paixão linda
E ver na prosa, uma rima amante
Ouvir na trova a cadência infinda
Que corteja, entoa, tão bem-vinda
No cântico de prazer bem gigante
Ai então, em demorada serenata
O desejo rimado em ouro e prata
Com aquela sensação em chama
Pois, quero é um tal encantamento
Tão cheio de sedução e sentimento
No olhar, dizendo que ainda me ama!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 março, 2024, 14’44” – Araguari, MG
INTEIRAMENTE ...
Tenho saudade do que algo mais diga
Amor de silêncio valeroso e inteiramente
Amor que tece prosa, sensação e cantiga
No mistério, magia e poética pra gente
A proximidade que no desejo causa liga
E, assim, na emoção ardente e fremente
Aquele afeto duma cumplicidade antiga
Amiga, sem nunca com paixão ausente
A atração socia, amante e enamorada
Amor que embala a cortês madrugada
Acalentando as mãos, forma e segredo
O amor tal ao perfume da primavera
Caprichoso e, olhar cheio de quimera
Sem privação, solidão e sem degredo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/02/2021, 10’11” – Triângulo Mineiro
Se tem algo pra me dizer, que diga agora, amanhã pode ser tarde demais! Amanhã é quem sabe, pode ser, talvez, sei lá...
Quando você se deparar com alguém assim (fazendo selfie) fora do País, diga:
- Olá, Zuca!
Porque é brazuca!!
E a gente gosta mesmo!
Dá licença, s.v.p.!?